terça-feira, 30 de agosto de 2016

Eleições 2016

As eleições municipais começaram oficialmente no Brasil e estão em evidência nos meios de comunicação, nas mesas de bares, praças e escolas.

A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão iniciou no dia 26 de agosto e segue até o dia 29 de setembro. A novidade é que ocorreu a redução no período de transmissão (de 45 para 30 dias) e no tempo de veiculação que passou de trinta para dez minutos: no rádio, um bloco será apresentado das 7h às 7h10 e o outro de 12h às 12h10; e na TV, das 13h às 13h10 e de 20h30 às 20h40.  Os/as candidatos/as a vereador(a) não terão espaço diariamente, mas em dias alternados, definidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL).

De acordo com as informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em relação ao pleito municipal de 2012, o eleitorado no Estado de Alagoas saltou de 1.861.419 para 2.146.520 eleitores. Em 2016, o eleitorado alagoano é composto por mais mulheres (1.142.487) que homens (1.004.033); e ainda, ocorreu o aumento no número de jovens entre 16 e 18 anos aptos a votar. E no próximo 2 de outubro, aproximadamente 25 mil pessoas atuarão como mesários nas quase 6.300 sessões eleitorais. 

No site http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2016 é possível acompanhar todas as informações sobre as candidaturas e estatísticas eleitorais em todo território nacional. Foram registrados 7.183 candidatos(as) em Alagoas, desses, 70,43% afirmaram que são negros (pardos e pretos); 31% do sexo feminino e 69% masculino. 

A diversidade parece que será o diferencial, seja na autodeclaração sobre a etnia, seja na divulgação das questões de gênero e crenças religiosas. Cada um entoará suas concepções de mundo e preceitos políticos, destacando as propostas e promessas, e utilizando as mais diversas armas para conquistar o seu voto. 

Resta agora, os cidadãos e cidadãs avaliarem atentamente quais são as candidaturas ficha-limpa; quem realmente possui compromisso social e ações que contribuam para o desenvolvimento dos municípios. O país precisa de mudança; combater todos os níveis de corrupção; defender uma postura comprometida com a ética e a verdade! 

Em relação aos crimes eleitorais (propaganda irregular e compra de votos), a população pode denunciar através do aparelho celular no aplicativo Pardal – sistema de denúncias via smartphones android e web, ou ainda, no site do TRE/AL (www.tre/al.jus.br), que contam com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público Estadual. 

Vote consciente!


Fonte: Coluna Axé – 406ª edição – Jornal Tribuna Independente (30/08 a 05/09/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

domingo, 28 de agosto de 2016

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Agosto da Cultura Popular 2016

No sábado (27.08), a sociedade alagoana e turistas poderão reverenciar a cultura do povo alagoano. O AGOSTO DA CULTURA POPULAR é uma iniciativa da Articulação dos Grupos de Cultura Popular e Afro-Alagoana, encontra-se na sétima edição e representa um espaço democrático e de empoderamento sociocultural. Eis uma grande festa em alusão ao Dia do Folclore (22 de agosto), e também, uma justa homenagem ao trabalho desenvolvido cotidianamente por mestres da cultura popular, grupos artísticos e folclóricos.

A programação iniciará na Escola Municipal Deraldo Campos (Vergel do Lago) com a oficina de Percussão e Trupé do Coco Alagoano... “Pra todo mundo pisar - Grupo segura o coco” (Projeto contemplado no Prêmio Eris Maximiano), dividido em duas etapas: das 9h às 11h, Percussão com Sandro Santana e Fagner Drubrown; e das 14h às 16h - Trupé e roda de conversa com Nildo e Geninho Verdelinho. Contato: (82) 99691-7264. 

A partir das 14hs, na sede do Núcleo Cultural da Zona Sul (Rua Cabo Reis, Vergel, ao lado do Unicompra), o Movimento Cultural Alagoano - MOVA CULTURA apresenta "Mais inteligente, a Arte ou a Burocracia?”, Teatro-Fórum com GTO OcupaTudo, com o debate Por um Lei Popular de Incentivo à Cultura Alagoana.

E às 15hs, a Praça Santa Tereza no bairro da Ponta Grossa em Maceió torna-se um palco a céu aberto agregando a diversidade, o talento, alegria e beleza das manifestações artísticas. Dentre as atrações estão: Roda Aberta de Capoeira (Morcego Preto/Abadá Capoeira); Ludo Capoeira: Dinâmicas, expressões e musicalidades (Mestre Besourão/Escola de Capoeiragem); Banda Fanfarra da Escola Edson Bernardes (Maestro Claudio Galego); Duelo de bois: Bumba meu boi Águia, Trovão e Força Bruta; Rap: MagoJow, Alyne Sakura, os Comparsas e Mzs Crew; Segura o Coco (Part. Esp. Mestra Zeza do Coco); Afro Zumbi (samba reggae); Coletivo AfroCaeté (Participação Especial da Mãe Vera de Oyá Igbalé); Companhia Star Dance (Brincadeiras Populares); Batuque Yá; Afro Afoxé (samba reggae); Rogério Dyas e a Trincheira (Part. Esp. Mestre Cordelista Jorge Calheiros); Tequilla Bomb; e Babylon Fya.

Mais informações: (82) 98845-4068.


Fonte: Coluna Axé – 405ª edição – Jornal Tribuna Independente (23 a 29/08/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Preconceitos olímpicos

Em tempos de jogos olímpicos... costuma-se valorizar a resistência, explosão muscular, dedicação, a conquista de títulos e índices. Porém, o fair play (em português: jogo limpo) anda esquecido fora dos locais de competição e nas redes sociais, já que os/as covardes continuam destilando seus venenos e contribuindo para a cultura do ódio e intolerância. 

O fair play é uma filosofia adotada no meio esportivo, que nasceu em 1896 nas primeiras Olimpíadas da Era Moderna em Atenas que preza pela ética e o bem estar dos/das atletas, ou seja, os/as praticantes devem jogar de maneira justa e não prejudicar propositalmente seus adversários(as). 

Durante as olimpíadas do Rio de Janeiro, teve internauta que ressaltou o sobrepeso da ginasta mexicana Alexa Moreno e a comparou à personagem infantil Peppa Pig; a brasileira Poliana Okimoto (medalha de bronze na maratona aquática) com 33 anos de idade, foi considerada velha para participar da competição; atletas negros(as) continuaram sendo chamados de macacos fedorentos; e os atletas gays (assumidos ou não) também foram hostilizados, inclusive, houve muita crítica à jogadora de rúgbi Isadora Cerullo que recebeu pedido de casamento da sua namorada depois de uma partida.

E o caso mais polêmico, foi direcionado à goleira da seleção brasileira Bárbara Micheline do Monte Barbosa, quando o integrante do Conselho Federal de Administração (CFA) Marcos Clay utilizou uma rede social e comentou: "Eu odeio preto, mas essa goleira do Brasil tinha chance". Depois de várias críticas, defendeu-se: "Foi uma brincadeira de mau gosto, até já tirei o post. Uma brincadeira que infelizmente algumas pessoas se ofenderam, mas não era minha intenção. Tanto é que minha esposa é negra, todo mundo sabe disso. Quem me conhece sabe que eu não sou racista, tenho vários amigos que são negros, não tenho problema com isso", afirmou Clay. 

É preciso respeitar as pessoas, independente, de ser ou não um/uma grande medalhista, classe social, crença, cultura e histórias de vida. Mais amor, por favor! Axé! 

Fonte: Coluna Axé – 404ª edição – Jornal Tribuna Independente (16 a 22/08/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

sábado, 13 de agosto de 2016

Copa Brasil de Maratona Aquática em Alagoas

Alagoas sediará um grande evento esportivo no dia 04 de setembro! Trata-se de uma realização da Federação Aquática do Estado de Alagoas (FAEAL) em parceria com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e o apoio do Governo de Alagoas.

A praia da Pajuçara será invadida por um cardume humano oriundo de várias partes do país. Infelizmente, ainda não estou com o preparo físico para encarar 5km da Copa Brasil. Mas, o importante é curtir a festa e participar da prova local de 2.500m, e ainda, tentar baixar o tempo. Prestigie!


Saiba mais: www.cbdaweb.org.br/al.



terça-feira, 9 de agosto de 2016

Meado de Agosto 2016

A Comunidade Poços do Lunga localizada no município de Taquarana (AL) será o palco de mais uma expressiva edição da Festa Meado de Agosto. 

Essa é a maior expressão festiva de resistência e fé das comunidades quilombolas do agreste alagoano, tradição secular, desde a ocupação dos negros e negras remanescentes do Quilombo dos Palmares na Serra do Lunga, o Rio Lunga, a Lagoa do Mocambo, a Serra dos Bangas e toda a configuração histórica do Quilombo Lunga.  Tem como objetivo, agradecer ao ritual da colheita em terras de sobrevivência, por meio dos toques, cantos e danças. 

A programação festiva inicia hoje(09.08) com contação de Histórias Africanas, roda de diálogos e dinâmicas sobre Empreendedorismo Negro; e até sexta, terão várias oficinas como: Teatro Experimental do Negro, Cabelo e Consciência, Turbante, Percussão, Dança Afro e Entendendo os Orixás. No sábado, terá o Cortejo de Batuqueiros; Chegada ao Umbuzeiro – Saudação as Mães Ancestrais Yamins e as mulheres do povoado; e Quizomba do Umbuzeiro. No domingo, continuam as oficinas de Percussão e Dança pela manhã e às 14h terá o Chá da Memória – Museu da Cultura Periférica. 

No dia 15 de agosto, às 6h, terá o Ritual Religioso no Rio Lunga e às 11h o público presente participa da Roda de Diálogos – “Identidade, Gênero, Território, Religiosidade e Resistência das Comunidades Tradicionais em Alagoas”; às 12h, a Procissão da Santa no Quilombo Poços do Lunga, seguido do Leilão da Comunidade e apresentações artísticas. No dia 16, a partir das 15h, terá o Cine Sesc no Quilombo. 

Contatos: (82) 99632-6584 / 98200-9392/ 98849-2085 / quilombolunga@hotmail.com.


Fonte: Coluna Axé – 403ª edição – Jornal Tribuna Independente (09 a 15/08/16) / Cojira-AL /  Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

sábado, 6 de agosto de 2016

Viciada em esportes

Olimpíadas Rio-2016 ... o maior evento esportivo realizado no Brasil. Um momento histórico e inesquecível para todos que amam esportes. Esperamos que a paz e a superação reinem!

Essa peça publicitária do banco Bradesco ficou incrível.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Demandas da Seppir

Em busca de oxigenar as ações da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em meio ao turbilhão de mudanças no governo federal, que limitaram os trabalhos em prol da população negra, na última semana a secretária Luislinda Valois realizou atividades para discutir questões que requer um olhar atento e cuidadoso a exemplo do diálogo do Brasil com países africanos.

O estreitamento das relações entre o Brasil e Angola, foi pauta de discussão da Seppir. A secretária Luislinda Valois esteve na embaixada de Angola no Brasil, reunida com o embaixador Nelson Manuel Cosme para discutir a agenda entre os dois países acerca da pauta racial. A finalidade do encontro foi manter a antiga relação que já rendeu muitos frutos e planejar novas ações para o futuro. Ficou encaminhada a realização de uma reunião de trabalho entre as equipes da embaixada e da secretaria para verificação do estágio em que está a cooperação entre as duas instituições e planejar o que ainda é possível avançar.

Valois ressaltou que vivemos o período da Década Internacional de Afrodescendentes, que requer que “nos debrucemos sobre essas questões que não são somente nossas, mas de todo o mundo”, completou. Diante da constatação que, ainda, há muito a ser feito, nesta mesma semana, para tratar sobre a violência contra a mulher negra, a Seppir em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e o Grupo de Embaixadores e Chefes de Missões Africanas em Brasília realizaram o seminário “Ano dos Direitos Humanos na África com destaque para os Direitos das Mulheres”, quando foi reafirmada a discussão a cerca da vulnerabilidade da mulher negra brasileira.

O tema geral do encontro: “O Direito à Vida, à Integridade e à Segurança da Mulher”, trouxe a discussão sobre assédio moral e sexual, o tráfico de mulheres e a superlotação da população carcerária feminina, que em todos os itens ocorre em maior proporção para as mulheres negras. Valois afirmou que “a mulher preta continua na Senzala, mas ela não é fraca nem inferior às outras”, destacou, se referindo aos dados do Mapa da Violência, que apontam as mulheres negras como as que mais sofrem com as agressões.

O evento contou ainda com painéis temáticos, que discutiram: Punição e Ressocialização dos Agressores; Mecanismos e Serviços Acessíveis para Informação, Reabilitação e Reparação Eficazes para Vítimas de Violência contra Mulheres. A proposta do seminário está entre os objetivos da Seppir em reforçar às ações da Assembleia da União Africana, que declarou 2016 como o "Ano Africano dos Direitos Humanos com especial destaque para os Direitos das Mulheres". A mobilização é necessária e as ações, além do campo teórico, são essenciais para legitimar o fortalecimento do povo negro. Demandas não faltam para continuarmos na luta!

Fonte: Coluna Axé – 402ª edição – Jornal Tribuna Independente (02 a 08/08/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com