O carnaval é sem dúvidas o momento mais esperado do ano para muitos brasileiros e brasileiras, seja para os que gostam de se esbaldar na folia; e ainda, para aqueles que aproveitam para se recolher. Mas, uma boa parte da população trabalha intensamente nos quatro dias para ter uma renda extra e amenizar o sofrimento gerado pelo desemprego, e acredite, na sua maioria são afro-descendentes: ambulantes, catadores de latinhas, seguranças, puxadores de corda nos trios elétricos, etc.
Em Alagoas, as prévias é que consegue atrair multidões no histórico bairro do Jaraguá e shows privados nos clubes sociais, já no período carnavalesco mesmo, a cidade de Maceió fica praticamente deserta, tornando-se literalmente a capital do descanso. Infelizmente, neste ano, o concurso dos tradicionais bois de carnaval ficou para depois do período festivo, só esperamos que a mudança de data não ofusque a criatividade dos grupos e não desanime o público.
Já as escolas de samba têm sofrido para conseguir os recursos financeiros necessários que garante as melhorias na infraestrutura e adereços, e a expectativa se estende até os últimos instantes próximos às apresentações. De acordo com o presidente da Liga das Escolas de Samba de Alagoas, Nivaldo Santana, todos os anos a situação se repete: as escolas só recebem as verbas depois do Carnaval. A ajuda da Prefeitura de Maceió vem de verbas de custeio, através da Fundação Municipal de Ação Cultural, e a do Estado, é oriunda de um convênio firmado com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) – devido ao atraso a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) o repasse financeiro ficou prejudicado.
Vamos torcer para que no sábado de carnaval (05.03) a partir das 19 horas, ocorra realmente o desfile das cinco Escolas de Samba de Maceió: Girassol, Arco-Íris, 13 de Maio, Jangadeiros e Gaviões da Pajuçara. A área de concentração será em frente à balança de peixe (Vila dos pescadores), passando pela Avenida Cícero Toledo (sentido Jaraguá) e a dispersão na Praça Marcílio Dias no Jaraguá. Desejamos mais respeito para a cultura popular alagoana, já que todas as ações são feitas realmente com amor e superação de muitos obstáculos durante os doze meses. Precisa-se ter mais incentivo do poder público, assim como, da sociedade. Precisamos dar valor ao que é de casa! Axé!
Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (01/03/11)
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