terça-feira, 29 de julho de 2014

Mulheres negras em destaque

Na última sexta-feira(25.07), foi celebrado o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, marco internacional da luta e da resistência da mulher negra, criado em 25 de julho de 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, na República Dominicana. Também é o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra instituído através da Lei nº 12.987/2014. 

E para marcar a data foram realizados vários eventos pelo país, buscando ampliar a discussão sobre a desigualdade de gênero e etnia que acometem as mulheres negras, principalmente no mercado de trabalho, além de combater o racismo e do machismo. Também teve a realização do lançamento nacional da Marcha das Mulheres Negras 2015 – contra o racismo e pelo Bem Viver, que está sendo organizada pela sociedade civil e discutida em várias cidades brasileiras. 

Em Alagoas, teve um seminário no auditório do Banco do Brasil, com a presença da palestrante Regina Nogueira (RS), ativista e médica em saúde mental. Já o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial-Conepir/AL realiza hoje (29.07) o seminário “Mulheres Negras: Realidade e Desafios”, a partir das 8h30, no auditório da Escola de Magistratura de Alagoas (Esmal) no bairro do Farol em Maceió.

Foram convidadas como palestrantes a professora Cida Batista de Oliveira, coordenadora do Núcleo Temático Mulher e Cidadania da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e integrante do Conselho Estadual  dos Direitos da Mulher  (Cedim); e Regina Trindade, socióloga e pesquisadora; Valdecir Pedreira do Nascimento, integrante do Odara - Instituto da Mulher Negra (Bahia) e do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial; Isabel Clavelin, jornalista da Assessoria de Comunicação da ONU Mulheres. 

E os temas a serem discutidos são: violência contra a mulher negra em Alagoas; racismo institucional; Mulheres negras e comunicação com foco na Década dos Afrodescendentes e Pequim +20; e a Marcha das Mulheres Negras 2015. A inscrição é gratuita e o evento é destinado para todos os públicos: donas de casas, estudantes, profissionais das diversas áreas, líderes comunitárias, representantes dos segmentos afros e de movimentos sociais. Participe! 


Fonte: Coluna Axé – 305ª edição – Jornal Tribuna Independente (29/07 a 04/08/2014) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica – cojira.al@gmail.com

terça-feira, 22 de julho de 2014

Enecom 2014

Pela terceira vez,o Estado de Alagoas sedia o Encontro Nacional dos Estudantes de Comunicação Social.

A 35º edição teve início no sábado (19.07) e segue até o dia 26 de julho de 2014, no Campus da Universidade Federal de Alagioas (Ufal) em Maceió, com o tema central: “Educação às avessas – Da formação que temos a comunicação que queremos”.

Trata-se de uma realização do Coletivo Alagoas da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos) em parceria com o Diretório Acadêmico Freitas Neto (DAFN). 

A programação é formada por painéis; palestras; oficinas; vivências - visitas para conhecer comunidades e projetos sociais; grupos de discussão; apresentação de trabalhos acadêmicos; Cinecom (produção cinematográfica) e atrações culturais. 

E nessa sexta-feira (25.07) terá o Ato pela Democratização da Comunicação, com concentração prevista para às 14h, na Praça Centenário, no bairro do Farol em Maceió. Esse será o momento de diálogo com a sociedade sobre o modelo de comunicação imposto em nosso país, de reflexão sobre o monopólio da mídia, cujas concessões públicas dos veículos estão nas mãos dos políticos “donos da mídia” por vários anos e que ditam o conteúdo que a população deve ter, além de serem instrumentos estratégicos para propagar seus interesses políticos e comerciais. 

Os participantes do encontro oriundos de várias partes do Brasil, além de profissionais de comunicação e lideranças de movimentos sociais levantarão a bandeira “Comunicação é um direito, não um privilégio!”. Saiba mais no site: www.enecos.com.br/enecom2014

Festival
Um dos destaques do 35º Enecom, sem dúvidas, é o Festival Mundaú de Cultura Alagoana que foi amplamente divulgado na imprensa alagoana e conta com o apoio da Prefeitura de Maceió. Teve início no sábado e segue até a noite de 26 de julho, a partir das 22h, com uma programação repleta de qualidade e diversidade de ritmos, e ainda, valorização das manifestações folclóricas. E nessa quarta-feira (23.07) terá a noite Quebra de Xangô, em respeito aqueles que lutaram contra a intolerância religiosa e como reflexão ao massacre do fato histórico de 1912. A cultura afro estará representada com o projeto Inaê, o maracatu do Coletivo Afrocaeté e a jovem cantora Janaína Martins, que tem se destacado no cenário local com sua voz marcante. Prestigie!  (Foto: Larissa Fontes)



Fonte: Coluna Axé – 304ª edição – Jornal Tribuna Independente (22 a 28/07/2014) / Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-AL) / Editora: Helciane Angélica / Contato cojira.al@gmail.com

terça-feira, 15 de julho de 2014

Mulher Negra

O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha é celebrado no dia 25 de julho e foi criado no ano de 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, na cidade de Santo Domingo, República Dominicana. 

Trata-se de um marco internacional na luta e resistência da mulher negra, onde busca refletir sobre a condição de opressão de gênero e racial/étnica em que vivem estas mulheres, além de fortalecer as organizações de mulheres negras, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. 

Pensando nisso, o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir) realizará no dia 29 de julho, o Seminário “Mulheres Negras: Realidade e Desafios” das 8h30 às 14 horas, no auditório da Secretaria de Estado do Desenvolvimento e da Assistência Social (Seades) localizado no bairro do Poço em Maceió. 

Foram convidadas como palestrantes: Valdecir Pedreira do Nascimento, integrante do Odara - Instituto da Mulher Negra (Bahia) e do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial; e a professora Cida Batista de Oliveira, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e integrante do Conselho Estadual  dos Direitos da Mulher  (Cedim). O encontro também dará visibilidade a articulação da Marcha das Mulheres Negras 2015, que está sendo organizada pela sociedade civil e discutida em várias cidades brasileiras. 

Essa é uma grande oportunidade para refletir sobre a realidade que a mulher negra vive no Brasil e discutir sobre os avanços das políticas públicas.


Coluna Axé – 303ª edição – Jornal Tribuna Independente (15 a 21/07/2014) / Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-AL) / 
Fonte: Editora: Helciane Angélica – cojira.al@gmail.com

terça-feira, 8 de julho de 2014

Copa e racismo

No próximo domingo (13.07) terá a grande final da Copa do Mundo de futebol, que tem sido considerada pela imprensa estrangeira como a “copa das copas”. A todo tempo, é vendida a imagem de harmonia entre as torcidas, dentro dos estádios, nos bares, nos transportes públicos, além da divulgação dos exemplos de solidariedade de cidadãos honestos que devolvem ingressos e objetos perdidos. 

No entanto, o desrespeito é visível e pouco criticado, quando palavrões e insultos são entoados para a presidente do país que sedia a competição, ou quando, esses mesmos anfitriões vaiam o hino do país adversário. Bom, alguns diriam que isso é liberdade de expressão e é extremamente normal. E quando o assunto é preconceito, são várias as formas de expressão e que não recebem qualquer tipo de punição, apesar da ampla campanha #copasemracismo. 

As postagens racistas, de xenofobia e até mesmo de incentivo à pedofilia, tem sido encaradas como práticas comuns, não só direcionadas às equipes e jogadores, e sim, atingindo diretamente suas famílias e culturas. As pessoas estão passando do limite, se fortalecem em frente às telas dos equipamentos eletrônicos, para disseminar o ódio.

Enquanto isso, a Fifa tenta ao longo dos anos investir em ações que promovam o combate do racismo e outras formas de intolerância, inclusive, incentivou que os jogadores e torcedores fizessem algumas selfies nas redes sociais postando a frase #DigaNãoAoRacismo. 

A partir dos jogos pelas quartas de final na Copa do Mundo, os capitães das seleções leram no idioma oficial do país a mensagem: "Rejeitamos qualquer tipo de discriminação de raça, orientação sexual, origem ou religião. Através do poder do futebol, podemos ajudar e livrar o nosso esporte e a nossa sociedade do racismo. Assumimos o compromisso de perseguir esse objetivo e contamos com você para nos ajudar nesta luta". E após a execução dos hinos, todos os jogadores titulares e o trio de arbitragem posam para os cinegrafistas e fotógrafos segurando uma faixa com a frase: "Say no to racism" (Diga não ao racismo). 

Toda iniciativa que busque promover a paz e o respeito são bem vindas, porém, as mudanças de atitudes precisam ser mais evidentes e constantes. Caso contrário, seguiremos para o mundo da barbárie. 



Fonte: Coluna Axé - 302ª edição - Jornal Tribuna Independente (08 a 14/07/2014) / Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL) 
Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com