sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Aos amig@s da CPT: MUITO OBRIGADA!!!

"Seja em você a mudança que quer para o mundo" (Ghandi)


Dois anos e meio, foi o tempo de atuação na Assessoria de Comunicação na Comissão Pastoral da Terra em Alagoas! A CPT-AL é uma pastoral social e ecumênica, vinculada à Arquidiocese de Maceió que existe há 27 anos. É uma entidade que se dedica na efetivação da reforma agrária como política de Estado, de forte atuação sócio-política, reivindica pelos direitos das famílias camponesas acompanhadas em acampamentos Sem-Terra e assentamentos rurais que investem na produção agrícola e na criação de animais, sem comprometer, o meio ambiente.

Nesta entidade, pude estar presente em algumas reintegrações de posse; manifestações em Maceió com intuito de chamar a atenção da sociedade sobre as dificuldades vivenciadas no cotidiano dos pequenos agricultores; ocupações de prédios públicos para cobrar maior comprometimento dos gestores; atividades de cidadania a exemplo de doação coletiva de sangue ao Hemocentro e doação de alimentos na comunidade Sururu de Capote; na Romaria da Terra e das Águas presenciei a renovação da fé e a coragem; Jantar Italiano Solidário em parceria com a Associação Pachamama; Assembleias e formação política; e as Feiras Camponesas onde é possível exaltar a cultura camponesa e conferir a real importância da reforma agrária, que é levar alimentos saudáveis para a nossa mesa.

Tive a oportunidade de crescer pessoal e profissional, além de exercer um trabalho comprometido socialmente e desenvolver várias ferramentas midiáticas, a exemplo: do jornal Caminho da Roça, atualização do blog e redes sociais, atuação como mestre de cerimônia e coordenação na rádio-poste Caminho da Roça. Estive, inclusive, entre as finalistas no Prêmio Braskem de Jornalismo 2010, na categoria Assessoria de Imprensa, e recebi uma menção honrosa pelo Case “Feira Camponesa: Ações de comunicação e valorização dos feirantes/agricultores”.

Foram muitos os desafios e conhecimentos conquistados que levarei para o resto da vida. Aqui, aprendi a dar mais valor ao povo simples e guerreiro do campo que luta por vida digna e o respeito da sociedade; que querem continuar trabalhando naquilo que dão prazer e sem ter o medo de ser expulso da terra, da sua essência e cultura, para ser jogado à marginalidade, violência e o sofrimento.

E eu só tenho a agradecer a todos os coordenadores da CPT pela confiança, técnicos agrícolas pela amizade, ativistas dos movimentos agrários pela troca de experiências, e principalmente aos camponeses pelo respeito e ensinamentos. Isso não é uma despedida, e sim um até logo. Pois, mesmo afastada, continuarei reverenciando esta bandeira e pronta para ajudar quando for preciso.

É chegado o momento de fazer escolhas, por novas oportunidades profissionais e seguir outras trajetórias. Mas, sem perder de vista as origens, humildade, a vontade de melhorar cada vez mais e a sede por transformação social.

Muito obrigada! Sucesso e cheiro em tod@s!!!


Helciane Angélica Santos Pereira


Maceió-Alagoas, 30 de setembro de 2011.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Durban, 10 anos depois

A Organização das Nações Unidas convocou para a Assembleia Geral, da quinta-feira (22/9), em Nova York, líderes de todo o mundo para reforçar o compromisso dos países com o enfrentamento do racismo e da desigualdade racial. A reunião estratégica no Ano Internacional das e dos Afrodescendentes serviu para avaliar o 10º Aniversário da Declaração e do Plano de Ação de Durban.

Essa Declaração, na verdade, são os resultados da 3ª Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação, a Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, realizada em 2001, em Durban, na África do Sul. Os documentos contribuem para o enfrentamento do racismo, que ainda viola os direitos humanos de milhões de mulheres, crianças, jovens e homens afrodescendentes no mundo inteiro. Estiveram presentes 173 países, 4000 organizações não-governamentais e 16 mil pessoas.

O atual secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu à sociedade civil que fuja dos "políticos extremistas" que alimentam o racismo e a xenofobia, principalmente em difíceis momentos econômicos como os atuais. "Devemos resistir aos políticos que polarizam (posições e) que jogam com os medos das pessoas e utilizam estereótipos para ganhar vantagem eleitoral", afirmou. Também destacou a necessidade de acabar com o antissemitismo, a islamofobia, a discriminação contra os cristãos, assim como com qualquer atitude negativa em direção a "raça, cor, língua, opinião política", da mesma forma que de gênero e orientação sexual.

Diferentemente de muitos países que ainda tentam boicotar a D&PA de Durban, as organizações da sociedade civil e o governo do Brasil tem se destacando no desenvolvimento de ações no combate do racismo e outras formas de preconceitos correlatos. “Vale destacar que o racismo é crime desde o texto constitucional de 1988. Ademais, o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado no ano passado, orientou o Plano Plurianual 2012-2015, que inclui o enfrentamento ao racismo como um de seus programas mais inovadores. O que se faz agora é uma ampla pactuação ministerial para aprofundar a implementação do Estatuto e regulamentar o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), de modo a integrar as ações nas esferas federal, estadual e municipal. No momento, é necessário assegurar práticas educativas que possam abarcar tanto a escola como os meios de comunicação”, destacou Luiza Bairros – ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República e conselheira do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social).

Essa reunião serviu para fortalecer o debate e renovar o compromisso sócio-político e impulsionar o enfrentamento ao racismo e a discriminação racial. Eis uma luta árdua que não deve ser esquecida: “Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos” (Nelson Mandela)


Fonte: Coluna Axé - nº169 - Tribuna Independente (27.09.11)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

7º EJAC

Nos dias 23 e 24 de setembro, aconteceu em Marechal Deodoro o 7º Encontro Estadual de Jornalistas Assessores de Comunicação (Ejac) promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal), com o tema “Liberdade e Expressão: O Desafio do Jornalista nas Assessorias de Comunicação”. Foram eleitos como delegados para participar da etapa nacional em Natal (RN), os jornalistas: Flavio Peixoto, Adriana Cirqueira, Emanuelle Vanderlei, Helciane Angélica e Riane Rodrigues – as três últimas são integrantes da Cojira-AL.














Foto tirada por Pablo de Luca

sábado, 24 de setembro de 2011

Trilha sonora - Fim de semana (24 e 25.09.11)

Cordel Encantado, foi a melhor telenovela que já vi! Um misto de novela, cinema e teatro.
Humor, drama, contos diversos e mais uma história de amor que acabou com final feliz. Mas, o mais legal da trama foi ver crianças e adultos parados em frente à TV e se divertindo com o sotaque nordestino e os costumes regionais.  
Virei fã, não vou mentir!


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Entrevista: Irmã Terezinha Tortelli – Pastoral da Pessoa Idosa

Por: Helciane Angélica – Jornalista 


A Coordenadora Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, Irmã Terezinha Tortelli, será homenageada pela Câmara Municipal de Maceió nesta sexta-feira (23.09) a partir das 14h, no Teatro do Colégio Marista no bairro do Farol em Maceió. Ela foi indicada pela médica e vereadora Fátima Santiago (PP) para receber o Título de Cidadã Honorária da capital alagoana, durante a sessão pública com o tema “Em defesa dos Direitos da Pessoa Idosa”.

A religiosa nasceu no dia 05 de novembro de 1953, na cidade de Jacutinga, localizada no norte do Estado do Rio Grande do Sul. Seus antepassados vieram da Itália, oriundos das famílias Piva, Magrin e Tortelli. Pertence à Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente, também é formada em Enfermagem e é especialista em Gerontologia Social pela PUC/RS. Contribuiu para o fortalecimento da Pastoral da Criança; participou da equipe organizadora da 1ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa em 2006; e desde o dia 18 de maio de 2010 assumiu a Coordenação Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa após ser nomeada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Confira abaixo a entrevista que fiz com a Irmã Terezinha Tortelli, para o site da Vereadora Fátima Santiago.


1. Durante vários anos, a Senhora atuou como enfermeira hospitalar, convivendo com várias realidades. Que lições foram aprendidas e levadas para a sua vida?


Terezinha Tortelli: O trabalho de enfermeira foi uma opção de vida em função das marcas adquiridas na infância. Iniciei esse trabalho aos 17 anos e posso afirmar que servi aos doentes com muito zelo, carinho e dedicação, creio que o fiz instintivamente até para recompensar tudo o que eu mesma recebi estando doente por longo tempo.


2. A senhora tem especialização em Gerontologia Social, como surgiu o interesse por essa área?

Terezinha Tortelli: Pela necessidade da missão. Quando ainda envolvida na Pastoral da Criança, já acompanhava um projeto chamado "Terceira Idade na Pastoral da Criança" - e foi a partir deste que surgiu depois a Pastoral da Pessoa Idosa.


3. Que outros cursos e capacitações já foram executados?

Terezinha Tortelli: Em função de outros projetos que eu acompanhava, fiz especialização em Planejamento Familiar na Universidade do Chile; depois, acompanhando um projeto de implantação da Pastoral da Criança em áreas indígenas, fiz capacitação no Centro Indigenista Missionário (CIMI) e acompanhei o projeto piloto em áreas indígenas nas cinco regiões do Brasil.


4. Como foi despertado o interesse em participar das pastorais sociais da Criança e da Pessoa Idosa?


Terezinha Tortelli: Foi a partir do convite que me fez a Dra. Zilda, primeiramente para coordenar a Pastoral da Criança no Estado do Paraná (1993 a 1997). E a partir de 1998, Dra. Zilda convidou-me a fazer parte da equipe nacional na qual permaneci até final de 2004, quando iniciou a Pastoral da Pessoa Idosa. Na Pastoral da Pessoa Idosa, desde o início estive como secretária executiva, sempre por convite da Dra.Zilda.


5. Há 1 ano e quatro meses encontra-se na Coordenação Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, quais foram os principais desafios encontrados?

Terezinha Tortelli: A sustentabilidade financeira da Pastoral da Pessoa Idosa. A Dra. Zilda sempre me confiou a parte prática da Pastoral, para pensar e elaborar os materiais educativos, preparar e executar as capacitações dos coordenadores e multiplicadores, etc. Buscar recursos financeiros foi sempre a função da Dra. Zilda. Na falta dela e sentindo-me de repente responsável por esta parte, realmente tem sido o maior desafio porque o trabalho voluntário não pode parar e tudo tem um custo.


6. Quais os seus planos a frente da Coordenação Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa?

Terezinha Tortelli: Fortalecer e animar os voluntários para que juntos possamos ir expandindo cada vez mais a Pastoral da Pessoa Idosa pelo país todo, pois o Brasil está envelhecendo rapidamente e há muitas pessoas bastante fragilizadas. Desejamos alcançar a todas essas pessoas para que tenham vida, dignidade e esperança.


7. Em sua opinião, que ações realmente têm contribuído para a efetivação dos direitos da Pessoa Idosa no Brasil?


Terezinha Tortelli: Primeiramente tornar conhecido o estatuto do idoso. Reconhecer o protagonismo das pessoas idosas e estimulá-las a se envolver nas discussões e ocupar os espaços de elaboração e definição das políticas públicas. Creio que a implantação e a efetivação dos conselhos municipais de direitos do idoso são um excelente contributo, porém há muito que se fazer ainda.


8. E no Estado de Alagoas, especialmente na capital Maceió, quais as iniciativas em defesa do envelhecimento digno merecem reconhecimento?


Terezinha Tortelli: Sem sombra de dúvida, quero destacar a iniciativa da Arquidiocese de Maceió lançando o Ano da Pessoa Idosa em outubro de 2010 e que vai até outubro deste ano.


9. Qual a importância da Pastoral da Pessoa Idosa para a sociedade?


Terezinha Tortelli: A Pastoral se ocupa preferencialmente por uma parcela da população talvez desconhecida da maioria, que são as pessoas idosas mais fragilizadas. Há um conceito errôneo para a maioria das pessoas, que vêem a pessoa idosa como aquela que passeia, viaja, se diverte. Existe isso também, mas é uma minoria que goza destes benefícios. A Pastoral mostra o outro lado da moeda.  Nosso empenho é para que as políticas públicas sejam pensadas e elaboradas também e principalmente para essa porção.



10. Mesmo morando tão distante, é uma referência para aquelas pessoas que defendem os direitos dos idosos em Alagoas. Como a senhora se sente ao receber o Título de Cidadã Honorária de Maceió?

Terezinha Tortelli: Muito honrada, mas quero afirmar que considero essa honraria dirigida à todos que fazem a Pastoral da Pessoa Idosa.


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Miss Universo


Nesses 60 anos do Miss Universo, quatro negras foram eleitas as mulheres mas bonitas do planeta! Foram elas (da esquerda para direita): Janelle Commissiong, Miss Trinidade e Tobago, aos 24 anos, foi a primeira negra a conquistar a premiação em 1977; no ano de 1998, Wendy Fitzwilliam, aos 26 anos, também de Trinidade e Tobago; em 1999, foi a vez da Miss Botsuana, Mpule Kwelagobe, a jovem de 19 anos; e agora, a Miss Angola Leila Lopes, com 25 anos.



Na segunda-feira passada (12.09) aconteceu primeira vez no Brasil o concurso internacional de beleza Miss Universo 2011, com transmissão ao vivo pela TV Bandeirantes e a NBC Universal, emissora americana que detém os direitos do concurso, exibiu em alta definição para cerca de 200 países. Ao todo foram 89 candidatas representando seus países, sendo umas 17 negras. Apenas, Leila Lopes, a Miss Angola foi a única negra classificada para participar da parte eliminatória composta por 17 participantes.

Com sua simpatia, sorriso envolvente e corpo escultural... conquistou muitos admiradores, inclusive, milhares de brasileiros que fizeram questão de exaltar sua preferência nas redes sociais em tempo real. E ela foi a grande vencedora, além da coroa, ganhou um ano de curso na New York Academy, além de despesas pagas como Miss Universo, acomodação de luxo em Nova York, viagens pelo mundo representando patrocinadores e ONGs e serviços de beleza e estética.

Agora, ela passou a ser conhecida como o “Diamante Negro da Angola” e pretende ampliar os trabalhos sociais que já se dedicava, principalmente, ao público juvenil e no combate às drogas. Sobre o engajamento na luta contra o preconceito racial, foi categórica: “Felizmente, o racismo não me atinge, pois são as pessoas racistas que tem um problema, as pessoas que ainda o têm deveriam procurar ajuda, pois não é normal pensar dessa forma em pleno século XXI. Devemos nos respeitar, independente do sexo, cor ou classe social".

Uma semana antes da competição, um site internacional que se define nacionalista branco e possui adeptos do ditador nazista Adolf Hitler fez ataques racistas e preconceituosos, postaram fotos das concorrentes do Miss Universo 20110 e links sobre elas com ofensas racistas às negras, afrodescendentes e mestiças. Também teve insultos às européias, colocando em xeque o "grau de pureza" racial das garotas, levando-se em conta a opção religiosa delas e questionamentos se elas são realmente brancas pelo fato de algumas não terem olhos azuis e cabelos loiros.

Esse não foi só mais um concurso de beleza, e sim, mais um paradigma que é quebrado. A beleza negra que durante muitos anos era vista por muitos como algo exótico ou até mesmo inexistente, passa a romper estereótipos e mostrar às meninas negras de todo o planeta que elas também podem e devem se sentir bonitas, tem potencial para seguir qualquer carreira e que devem seguir seus sonhos. A luta ainda é árdua, mas... sim, nós podemos!


Fonte: Coluna Axé - nº168 - Tribuna Independente (20.09.11)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Feriadão de paz

O meu feriadão em Alagoas foi assim ... de paz! Na Praia de Tabuba localizada no litoral norte, na Barra de Santo Antônio, com painho, amigos, sorrisos e cerveja gelada. Adorooooo!!!

























terça-feira, 13 de setembro de 2011

Frente Negra Brasileira

Por: Helciane Angélica


No dia 16 de setembro de 1931, foi fundada a Frente Negra Brasileira: movimento de repercussão nacional com atuação no campo sócio-político, que contribuiu para várias conquistas dos afro-descendentes no país. Existiu por seis anos e chegou a reunir cerca de 60 mil filiados espalhados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Espírito Santo, Maranhão e Sergipe. Dentre as lideranças estiveram: José Correia Leite, Arlindo Veiga dos Santos, Raul Joviano, Aristides Barbosa, Francisco Lucrécio, Marcello Orlando Ribeiro e Placidino Damaceno Motta.

Para Abdias Nascimento, ícone do movimento negro nacional que faleceu neste ano, foi a mais importante organização que os negros tiveram após a abolição da escravatura em 1888, e que serviu para preparar o negro para assumir uma posição política e econômica. No site, www.abdias.com.br, traz as lembranças do ativista que não participou desta Articulação porque na época servia ao Exército e não era permitido: “A Frente fazia protestos contra a discriminação racial e de cor em lugares públicos... sob a perspectiva de integrar os negros na sociedade nacional. Dessa forma combatia a FNB os hotéis, bares, barbeiros, clubes, guarda-civil, departamentos de polícia, etc. que vetavam a entrada ao negro, o que lembrava muito o movimento pelos direitos civis dos negros norte-americanos”.

Também atuou como partido político em 1936 lançando vários candidatos negros, inclusive, já sonhavam em ter um presidente negro; mas com a decretação do Estado Novo por Getúlio Vargas, todos os partidos políticos foram declarados ilegais e dissolvidos no ano seguinte. A partir daí, era preciso desenvolver outras formas de resistência para propagar os ideais.

No livro “Frente Negra Brasileira – Depoimentos” de Márcio Barbosa possui textos e entrevistas sobre a organização, atividades desenvolvidas e experiências vividas. “A Frente Negra funcionava perfeitamente. Lá havia o departamento esportivo, o musical, o feminino, o educacional, o de instrução moral e cívica. Todos os departamentos tinham a sua diretoria, e o Grande Conselho supervisionava todos eles. Trabalhavam muito bem. Dessa forma, muitas entidades de negros que cuidavam de recreação filiaram-se à Frente Negra” declarou Francisco Lucrécio.

São muitas as memórias e as lutas inspiradoras, até mesmo na área da comunicação foi uma referência, em 1933 fundou o jornal “A Voz da Raça”, periódico de caráter nacionalista que exaltava palavras de ordem como “Deus, Pátria, Raça e Família” e também teve o “Clarim da Alvorada”, que combatia o preconceito racial e tinha caráter pedagógico.

E para celebrar os 80 anos da Frente Negra Brasileira, nesta quinta-feira (15.09) terá uma cerimônia especial na antiga sede deste movimento – a partir das 19h, na Casa de Portugal, no bairro Liberdade em São Paulo (SP). A solenidade é uma promoção das Secretarias Estaduais de Cultura, e de Justiça e da Defesa da Cidadania, que contará com a presença de representantes de vários grupos do Movimento Negro Nacional e pesquisadores. Vale a pena conhecer um pouco mais sobre a FNB, temos muito que aprender!


Fonte: Coluna Axé - nº167 - Tribuna Independente (13.09.11)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

7º EJAC Alagoas - Inscrições abertas‏


7º EJAC debate sobre o Desafio do Jornalista nas Assessorias de Comunicação


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (SINDJORNAL) em conjunto com a Comissão Estadual de Jornalistas em Assessoria de Comunicação (CEJAC) realiza, nos dias 23 e 24 de setembro, o 7º EJAC – Encontro Estadual de Jornalistas Assessores de Comunicação. O evento acontece no Campus do CESMAC em Marechal Deodoro.

A programação conta com abertura, na sexta a noite, continuando o debate em todo o dia do sábado, além do Luau de encerramento no Baru – Barra Nova. O tema dessa edição é “Liberdade e Expressão: O Desafio do Jornalista nas Assessorias de Comunicação”. Durante o encontro acontece a eleição que define os delegados participantes do XVIII Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Comunicação (ENJAC), que acontece de 13 a 15 de outubro em Natal (RN).

O evento local, assim como o nacional, é um importante espaço de discussão sobre exercício da profissão do jornalista em assessoria de imprensa, o mercado de trabalho e de comunicação em Alagoas e no Brasil. O objetivo também é promover a interação entre os profissionais e estabelecer um canal de aperfeiçoamento das técnicas e instrumentos do exercício da profissão de jornalista em assessoria de comunicação e de imprensa.

O encontro já conta com o patrocínio da Prefeitura de Marechal Deodoro e da Algás, além dos apoios do Centro Universitário CESMAC, Iapois Brindes e Cerimonial, Baru Bar e Restaurante, Restaurante Bodega do Sertão, Associação da PM e CBM de Alagoas, entre outros. Atenção para os valores: sindicalizados adimplentes 30 reais; sindicalizados em aberto 40 reais; não sindicalizados 60 reais e estudantes de jornalismo 15 reais.

As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas na sede do SINDJORNAL, situado à Rua Sargento Jaime, 370, Prado. Outras informações pelo telefone: (82) 3326.9168 ou ainda no e-mail cejac.al@gmail.com.



PROGRAMAÇÃO

DATA: 23.09.2011 (Sexta)

19h – Credenciamento

20h – Conferência de Abertura: “Desafios do Campo Científico para a Assessoria de Comunicação” com Ricardo Moura – EMBRAPA – Fortaleza

22h – Coquetel de Abertura

Data: 24.09.2011 (Sábado)

8h30 – Aprovação do Regimento

9h – Conferência Principal - “Liberdade e Expressão: O Desafio do Jornalista nas Assessorias de Comunicação” com Leonardo Camacho – Jornalista de Minas Gerais – Diretor da Andaluz Comunicação

10h30 – Coffe Break

10h45 – Painel de Debate

- “Assessoria de Comunicação no Serviço Público” com os Jornalistas Alexandre Henrique Lino (MP/AL) e Jaques Cerqueira (MPE/PE)

12h – Almoço

13h – Passeio Cultural em Marechal Deodoro

14h – Painel de Debate

- “A Utilização das Mídias Sociais nas Assessorias” com Gustavo Aciolly – Consultor de TI da SEEKMÉDIA – Professor das Pós-Graduações em: Tecnologias WEB para Negócios e Marketing Digital

15h – Coffe Break

15h20 – Plenária Final

- Apresentação CEJAC

- Propostas

- Eleição CEJAC

- Eleição dos Delegados para o ENJAC


Fonte: Sindjornal

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MST: 12ª Feira da Reforma Agrária



Acontece hoje às 18h, na Praça da Faculdade em Maceió, o lançamento do documentário "O veneno está na mesa" (2011, 45min) do diretor Silvio Tendler, abrindo as exibições do Cineclube Cinema na Terra na 12ª Feira da Reforma Agrária em Alagoas. O filme aborda a escandalosa situação de envenenamento da população por agrotóxicos, em que se estima um consumo de cinco litros de veneno por ano por cada pessoa através do consumo de alimentos contaminados. A programação deste ano está maravilhosa, vale a pena conferir!!!



Outras informações:
(82) 9916-8547 / 8725-8333 / @rafasoriano003(twitter)
Rafael Soriano - Assessoria MST Alagoas

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Programa Brasil Quilombola


Criado em 2004, o Programa Brasil Quilombola (PBQ) é coordenado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) busca reunir ações do Governo Federal para garantir a preservação e o fortalecimento das comunidades remanescentes de quilombo. Na verdade, é uma política de Estado com o intuito de abranger um conjunto de ações integradas em diversos órgãos governamentais. Tem como principais objetivos a garantia do acesso à terra; ações de saúde e educação; construção de moradias, eletrificação; recuperação ambiental; incentivo ao desenvolvimento local; pleno atendimento das famílias quilombolas pelos programas sociais; e medidas de preservação e promoção das manifestações culturais quilombolas.

Com a missão de traçar um plano de trabalho para ser desenvolvido nas comunidades quilombolas no Estado de Alagoas, a Secretaria Estadual da Mulher da Cidadania e dos Direitos Humanos realizou nos dias 1º e 2 de setembro, no auditório da Faculdade de Alagoas (FAL), um Seminário Integrado com representantes do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas, gestores municipais de projetos quilombolas e lideranças quilombolas.

Cerca de R$ 30 milhões serão destinados para os investimentos nas comunidades quilombolas, e a meta do Governo Federal é que até 2014 várias ações sejam desenvolvidas para mudar o quadro atual dessas localidades, que estão em sua maioria em locais de difícil acesso e as famílias enfrentam diariamente dificuldades quanto ao saneamento básico, ausência de água de qualidade, não existe escolas e postos de saúde nas proximidades.

De acordo com a Fundação Cultural Palmares, órgão vinculado ao Ministério da Cultura, já foram mapeadas 3.524 dessas comunidades remanescentes de quilombos; mas outras fontes afirmam que pode chegar a cinco mil. Em Alagoas são 66 comunidades, onde 65 delas já receberam certificação de reconhecimento e asseguraram o direito constitucional de propriedade sobre a terra.

As famílias quilombolas não são descendentes de escravos, e sim, descendentes de guerreiros quilombolas que constituíram o Quilombo dos Palmares em busca de respeito, vida digna e liberdade – são pessoas que tentam manter suas heranças culturais ao longo das gerações e precisam de mais políticas públicas que os valorizem.


Fonte: Coluna Axé - nº166 - Jornal Tribuna Independente (06.09.11)
Com informações do site oficial da Seppir e da Ascom do Iteral

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

17º Grito dos Excluíd@s em Alagoas



Acontece amanhã (06.09), o 17ª Grito dos Excluíd@s em Alagoas com o tema: "Pela vida grita a TERRA... Por direitos todos nós!". Terá início às 16h na Praça dos Martírios e a caminhada percorrerá as principais ruas do Centro de Maceió. É uma realização das Pastorais Sociais vinculadas à Igreja Católica em parceria com os movimentos sindicais e sociais que atuam em diversos setores.

domingo, 4 de setembro de 2011

PENSAR É TRANSGREDIR (Lya Luft)


Hoje fui fazer concurso público para o Instituto Federal de Alagoas (IFAL), nos dois horários, provas de nível médio e superior. Pense no esgotamento físico e mental. Impressionante, Maceió participou em peso! Teve muita gente inscrita: em busca de um trabalho melhor e estabilidade financeira. 

Em uma das provas que não lembro mais qual foi, trouxe um belo texto de Lya Fett Luft (1938) - é uma romancista, poetisa e tradutora brasileira; também é professora universitária e colunista da revista semanal. 

Esse texto casou perfeitamente com o momento que estou vivendo e me motivou a pegar o mais rápido possível um livro dela para ler. Fantástico!

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Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.

Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.

Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.

Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"

O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.

Sem ter programado, a gente pára pra pensar.

Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.

Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.

Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.

Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.

Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.

Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.

Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.

Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.

Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.

Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.

Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.

Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.

E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.

sábado, 3 de setembro de 2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

CARTA DE APOIO – MESTRE CLAUDIO FIGUEIREDO

Maceió-Alagoas, 30 de agosto de 2011.


O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, organização não-governamental sediada em Maceió-AL, associada à entidade nacional Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) tem acompanhado vários emails e publicações em blogs sobre a insatisfação de quilombolas quanto a atual gestão do escritório representativo da Fundação Cultural Palmares/Ministério da Cultura no Estado de Alagoas, além de denúncias de abandono do Parque Memorial Quilombo dos Palmares localizado na Serra da Barriga no município de União dos Palmares. Porém o que nos chama atenção não são as críticas, e sim, as formas agressivas e a distorção dos fatos.

Viemos a público manifestar apoio ao Senhor Severino Claudio de Figueiredo Leite: funcionário público, professor de Educação Física, massoterapeuta, mestre de capoeira, ogãn, ativista do movimento negro há mais de 30 anos e que atualmente encontra-se como representante do Escritório Estadual. Homem simples, comprometido com a igualdade étnicorracial e no combate da intolerância religiosa, e que tem se empenhado em manter o diálogo com os diversos segmentos sociais, instituições públicas e privadas em busca da concretização das ações afirmativas.

Mestre Claudio assumiu a gestão do Escritório representativo no dia 26 de março de 2010, e sua indicação recebeu o apoio de entidades de diversos segmentos afros e autoridades. A solenidade de posse coincidiu com a inauguração da sede do escritório, também serviu para anunciar que naquele ano, a Fundação Cultural Palmares utilizaria R$ 200.000 reais para a reforma do Parque Memorial que garantiria a ampliação do restaurante Kúuku-Wànna, construção da área destinada para os ambulantes e a restauração dos espaços contemplativos – declaração realizada pelo presidente da época, Zulu Araújo.

O fato é que nos dois primeiros meses de atuação era necessário estabelecer a infra-estrutura adequada para o funcionamento do escritório e selecionar a equipe de trabalho. Em junho de 2010, vários municípios alagoanos foram arrasados pela enchente, inclusive, famílias quilombolas das comunidades Muquém (União dos Palmares), Filús e Jussarinha (Santana do Mundaú) passaram por sérias dificuldades. Mestre Claudio conquistou o respeito e a admiração dos quilombolas, era carinhosamente chamado como “o homem do carro branco”, pois com o veículo oficial da FCP levava os donativos da campanha que ele executou junto ao movimento negro e as cestas básicas do Governo Federal, além disso, o escritório serviu de abrigo para os desabrigados a exemplo de quilombolas, pessoas da comunidade, agentes florestais que trabalham na Serra, inclusive, o próprio Mestre Claudio que perdeu todos os pertences na casa que residia.

Em relação ao Parque Memorial Quilombo dos Palmares instalado em 2007, mesmo apresentando limpeza impecável, não é possível esconder a deterioração dos espaços contemplativos que desde a sua instalação são expostos cotidianamente ao sol, chuva, sereno e vento. A cobertura vegetal anda seca e ao ser tocada esfarela nas mãos; as placas estão sujas e algumas danificadas; assentos cobertos de musgos e a madeira ficando podre; e os áudios em quatro idiomas que não estavam funcionando são fatores que causam desânimo para qualquer visitante. Porém, por mais que o gestor faça as devidas cobranças em relatórios destinados aos seus superiores reafirmando a necessidade de manutenção, não existe uma dotação orçamentária específica para atender as demandas, assim como, por se tratar de uma área tombada nada pode ser alterado sem que haja a aprovação técnica do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) e da Fundação Cultural Palmares.

Mesmo diante das dificuldades burocráticas enfrentadas quanto às questões de infra-estrutura do Parque, a falta de pavimentação da estrada de acesso para a Serra da Barriga e a omissão do Governo estadual quanto ações de marketing e divulgação. Mestre Claudio fez tudo que estava em seu alcance para atrair o público amplo e heterogêneo, além de garantir a valorização do ponto turístico, a exemplo: das aulas gratuitas de capoeira para crianças e adolescentes que residem na Serra e nas adjacências; o encerramento do Encontro de Motoclubes; o 1º Mulheres Replantando o Axé; etc.

Queremos salientar que o Anajô não está fazendo uma defesa simplesmente por fazer, e sim, devido ao acompanhamento que desenvolvemos desde a nossa rearticulação em 2005. Fomos uma das entidades que mais se manifestou a favor da Serra da Barriga – Monumento Histórico, Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico – para garantir a preservação da fauna e flora nativa; execução de expressões afro-culturais; propagação da história; e o desenvolvimento do turismo étnico-cultural no Estado. Estivemos sempre atuantes, cobrando e apresentando propostas, sem a intenção de sermos personalistas ou com o intuito de manchar a Fundação Cultural Palmares. Dentre as ações destacam-se:

  • Desde 2007 realizamos encontros de formação e várias etapas do projeto Palmares in loco na Serra da Barriga com o intuito de propagar a história do Quilombo dos Palmares, organização sócio-político-econômica e vitalizar o Parque Memorial Quilombo dos Palmares (PMQP).
  • Realizamos dois encontros estaduais sobre a conjuntura da Serra e a importância do PMQP, nos anos de 2007 e 2008, respectivamente, com a presença dos gestores da FCP e o Secretário Estadual de Turismo Virgínio Loureiro.
  • Em janeiro de 2009, fomos conferir os estragos do incêndio que atingiu a Serra da Barriga. Fizemos o registro fotográfico das consequências da queimada que atingiu cerca de 20 hectares, destruiu várias plantas nativas e que esteve 60m próximo de atingir o Parque. Fizemos questão de divulgar em âmbito nacional a necessidade de ter maior acompanhamento da FCP e a necessidade de instalar um escritório para que a atuação não ocorresse apenas no mês de novembro.
  • Trabalhamos de forma efetiva junto ao Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef) para o lançamento da Campanha Nacional “Por uma infância sem racismo”, que ocorreu em dezembro de 2010 na Serra da Barriga.


Em suma, temos consciência que independente de quem esteja no cargo, os julgamentos serão frequentes e as dificuldades existirão. A Serra da Barriga é considerada um solo sagrado e de resistência negra, espaço de contemplação e homenagens aos guerreiros do Quilombo dos Palmares – negros, brancos e indígenas, homens e mulheres – que estiveram juntos na luta por justiça social! Todos nós temos o dever de cuidar e cobrar a valorização deste patrimônio internacional!

Atenciosamente,



Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô /APN-AL



Fiz a inscrição no Prêmio Nacional



Na última hora ... é tanta coisa para fazer, que a gente vai deixando outras ações para depois ou termina esquecendo.

Ontem, finalmente, enviei minhas inscrições no Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento para concorrer na categoria Internet, com três notícias postadas no blog da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (COJIRA-AL): uma publicada em 2009 e as outras duas em 2010.

Agora, é esperar a confirmação do recebimento dos envelopes, não sei se as matérias são boas para concorrer, mas, como também atuo na mídia étnica não poderia deixar de participar! Depois eu falo, se fui classificada.

Essa ação é uma ótima iniciativa para incentivar um maior número de produções midiáticas comprometidas com as questões étnicorraciais, recorte de gênero e respeito com as diversas crenças religiosas. Visite o site oficial do Prêmio Abdias Nascimento.