A mídia internacional, a cada dia tem ampliado suas atenções para o desenvolvimento sócio-político e econômico do Brasil, foi o que verificou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) ao divulgar em seu site reportagens especiais que destacam o cotidiano da população afrodescendente. De acordo com notícia publicada pela Agência France Presse (AFP) no último dia 23, a renda da população negra foi a que mais cresceu no Brasil entre 2001 e 2009, cerca de 45%, contra 21% dos brancos.
Já o jornal espanhol El País, destacou o empreendedorismo na população negra onde apontam dados do IBGE que, atualmente, 30% dos negros brasileiros são empreendedores, reflexo da elevação de renda e da diminuição da pobreza observada no país nos últimos dez anos, o que levou essa população a trocar o emprego doméstico ou a inatividade pelo empreendedorismo.
O presidente do Ipea e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), Marcelo Neri, afirma que vários fatores contribuíram para as mudanças sociais observadas, entre eles o aumento de renda do trabalho assalariado, a melhoria educacional nas camadas mais pobres, assim como, as políticas de cotas em universidades públicas.
Atualmente, os negros e pardos representam 50,3% da população brasileira, e, de acordo com o levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a quantidade de afrodescendentes na classe média aumentou de 39,24% em 2002, para os atuais 50,87%. No mesmo período, a quantidade de brasileiros na classe média saltou de 43,64% para 51,57%, ou seja, um avanço mais tímido, de aproximadamente oito pontos percentuais.
O poder de compra dessa parcela da população aumentou e são cada vez comuns a confecção de produtos específicos, porém, as desigualdades ainda existem e não deve-se abolir a implantação de políticas públicas.
Fonte: Coluna Axé - 252ª edição – Jornal Tribuna Independente (04.06.13)
Edição: Helciane Angélica / COJIRA-AL
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