Estiveram presentes ativistas, capoeiristas, quilombolas, várias autoridades e a população palmarina. Na mesa de honra, estiveram presentes: o Presidente da FCP, Zulu Araújo; o Secretário Estadual de Cultura, Osvaldo Viégas; o Prefeito Areski Freitas; o Vereador Benedito José dos Santos; a ialorixá Neide Martins (Mãe Neide Oyá D’Oxum); e o ativista e cientista social Carlos Martins.
De acordo com Zulu Araújo, a escolha do professor de educação física, Mestre Claudio, para ser o primeiro representante do escritório se deu na forma mais democrática possível e concorreu com o historiador Zezito Araújo, que também fez muitas ações a favor da temática negra no Estado. “A decisão se deu também como uma forma de homenagear e reconhecer a importância que a capoeira tem para o nosso país. No ano passado na Bahia foi feito o registro de patrimônio cultural da União e o nosso próximo passo é transformá-la como patrimônio cultural da humanidade, pois estar presente em 152 países”.
A solenidade serviu ainda para anunciar que neste ano, serão utilizados 200 mil reais para a reforma do Parque Memorial, que terá a ampliação do restaurante, construção da área destinada para os ambulantes e a restauração dos espaços contemplativos. O prefeito Kil também declarou que existe 1 milhão de reais empenhados, que irão resolver de uma vez por todas o calçamento da estrada que dar acesso à Serra. “Consegui boa parte do dinheiro com o Deputado Federal Francisco Tenório. Hoje a demora é apenas burocrática, com a licitação para a escolha da empresa que fará o serviço. Felizmente, o problema não é mais a falta de recursos”, declarou o gestor municipal.
A programação seguiu com a apresentação da orquestra de berimbaus composta por mestres de capoeira, uma roda de confraternização, o grupo de dança Aró Fun Fun Omanjerê e no encerramento teve a degustação da comida afro-brasileira. Esse foi um momento histórico, fruto de uma reivindicação do movimento social negro que existia há 30 anos; o escritório funcionará na Travessa Santa Maria Madalena, nº236, Centro da cidade. A Cojira-AL deseja axé e acredita que o povo afro-alagoano terá mais conquistas com este novo avanço!
Fonte: Coluna Axé - jornal Tribuna Independente (30.03.10)