A data 25 de julho celebra o Dia Internacional da Mulher Afro-latina Americana e Caribenha, criado em 1992, durante o I Encontro de mulheres Afro-latino-Americana e Afro-Caribenha, em Santo Domingo, República Dominicana, a data tornou-se o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra.
O Observatório Negro de Recife (PE) emitiu uma nota sobre a data conclamando toda a sociedade ao respeito: “Não somos comidas nem bebidas – somos mulheres. Não somos descartáveis como uma lata de cerveja – somos a presença contínua e renascente de nossas ancestrais, a reconstrução cotidiana de nossas experiências femininas. Não somos as Devassas, nem as Boas das cervejarias; não somos o “grande atoleiro de carne” de Gilberto Freyre; somos Mulheres. Nenhum rótulo. Mulheres indivíduos, mulheres coletivas, mulheres arquétipos. Desde nascidas, somos. Até o derradeiro instante, somos”.
Nos dias 22 e 23 de julho, aconteceu na Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo o II Seminário Internacional da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha. O evento foi promovido pela Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena em parceria com a Coordenadoria Municipal de Assuntos da População Negra. Teve como objetivo ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras do Estado, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais formas desigualdades raciais e sociais.
E nesta sexta-feira (29.07) terá um importante debate sobre a importância da data e a realidade das mulheres negras, além da "Participação da mulher negra nas conferências nacionais", com representantes dos 27 Estados da Federação. A videoconferência será promovida pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade (SEPPIR), a geração será iniciada às 10h, a partir da sede do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), parceiro da iniciativa responsável também pela rede receptora nas capitais brasileiras.
As mulheres representam 61% da população brasileira, mas é minoria nos espaços de poder. E quando se faz o recorte de gênero e etnia, a mulher negra é mais discriminada, possui os salários mais baixos e enfrentam inúmeras dificuldades para ascender politicamente-economicamente e socialmente. Axé para todas aquelas mulheres negras espalhadas por esse mundo afora, que se sacrificam todos os dias nas mais diversas áreas, por uma vida melhor, respeito e oportunidades de igualdade.
Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente - nº160 (26.07.11)
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