Na última sexta-feira (06.09), no auditório da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) localizado no bairro histórico do Jaraguá – ocorreu uma expressiva reunião com segmentos da cultura afroalagoana. A convocatória partiu do Presidente da FMAC, Vinícius Palmeira, em conjunto com o seu corpo técnico. Teve como objetivo destacar a importância dos editais públicos, que são ferramentas mais justas e democráticas para efetivar o patrocínio cultural e o repasse de recursos públicos.
Outro ponto expressivo foi a leitura da carta emitida por Jairo Campos, Reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), que transfere a seção do projeto “Xangô Rezado Alto” para o órgão municipal vinculado à Prefeitura de Maceió. “Há três anos, existe um esforço grande para consolidar o dia 02 de fevereiro e marcar a face negra e a valorização da negritude. Esse projeto já tem um convênio firmado com o Ministério da Cultura e queremos ampliar as atividades”, afirmou Vinícius Palmeira.
Também foi repassada a informação que o governo municipal pretende executar uma programação especial na semana da consciência negra, com: apresentações, exposição, feira de artesanato, oficinas e ações de estética.
No debate, foi ampliada a discussão sobre a revitalização das praças públicas que tem nomes de personalidades negras e exaltam a história afroalagoana; além definir um calendário afro-permanente com ações sócio-culturais e de formação durante o ano todo: Lavagem do Bomfim (janeiro); Quebra de Xangô (fevereiro); 21 de março – Dia Internacional de Combate ao racismo; 13 de maio – Dia Nacional de luta contra o racismo; Agosto popular; Mobilização pró Saúde da População Negra (outubro); 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra e de Zumbi dos Palmares; e o Dia de Iemanjá e Festa das Águas (dezembro).
No encerramento, ocorreu a composição de comitês para aprofundar as demandas do projeto Xangô Rezado Alto, e, outro grupo para refletir sobre a cadeia produtiva nas ações afro-culturais em Maceió. Estiveram presentes representantes de grupos afro-culturais (dança-afro, maracatu, afoxé), capoeiristas, religiosos de matrizes africanas e lideranças de organizações não-governamentais; além da representação do escritório estadual da Fundação Cultural Palmares/Minc em Alagoas.
Que o diálogo e a valorização da cultura afrobrasileira seja uma Política de Estado! Axé!
Fonte: Coluna Axé - 266ª edição – Jornal Tribuna Independente (10 a 16/09/2013).
Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
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