O 13 de maio, é uma data emblemática no Brasil devido a possível libertação das negras e negros escravizados no período colonial. Porém, é na verdade mais um dia para ampliar as discussões e reflexões sobre os 123 anos da Abolição da Escravatura e o Dia Nacional de Combate ao Racismo. Nesta sexta-feira pela manhã, terão ao mesmo tempo, duas sessões públicas na capital alagoana.
Na Câmara Municipal de Vereadores de Maceió, em frente à Praça Deodoro no Centro de Maceió, será abordada a importância do Programa Nacional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) intitulada “Por uma infância sem racismo”, que foi lançada no Estado de Alagoas em dezembro de 2010, na Serra da Barriga em União dos Palmares. Essa atividade é uma realização das vereadoras Fátima Santiago (PP) e Heloisa Helena (Psol), em conjunto com a Assembleia Legislativa de Alagoas representada pelo Deputado Estadual Judson Cabral (PT). Já confirmaram presença: coordenadores do UNICEF, a exemplo de Salvador Soler (coordenador nos estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba); ativistas do movimento negro alagoano; representantes das entidades parcerias em vários setores e municípios com selo UNICEF.
Já na Assembleia Legislativa, ao lado da Catedral Metropolitana, o Deputado João Henrique Caldas (PTN) realiza em parceria com o projeto Raízes de África – coordenado pela professora e publicitária Arísia Barros – uma sessão com o tema “Dia Nacional de Combate ao Racismo” e contará com a participação do cubano e cientista político Charles Moore Wedderburn (Carlos Moore), que falará sobre os “Antecedentes históricos e problematização contemporânea do racismo” e também lançará o seu livro “A África que incomoda”. E à noite, a partir das 18h, terá o 4º Festival de Palavras Pretas no SESC Poço.
Independente de qual seja a programação, é sempre bom alertar a sociedade sobre os impactos do racismo em todo o país, nas mais diversas esferas sócio-culturais e econômicas, e lutar por mudanças. Esperamos, sinceramente, que as discussões resultem em compromisso e no investimento de políticas públicas para fortalecer a consciência étnica, garantir que o crime de racismo seja realmente cumprido, e o respeito entre as pessoas de todas as cores, credos e diversidade sexual torne-se realidade. A luta continua, sempre! Axé!
Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente - nº149 (10.05.11)
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