domingo, 30 de setembro de 2012

AS DUAS TRISTEZAS




Há, sim, a tristeza construtiva - aquela que nos impulsiona para a Vida Superior, encaminhando-nos para o trabalho da melhoria íntima, perante a sede de ascensão espiritual.


Existe, porém, a outra - a tristeza destrutiva - que se traja de luto, por dentro do coração, todos os dias, espalhando desânimo e pessimismo onde passa.



Observa a ti mesmo, a fim de que te imunizes contra semelhante doença da alma.



Toda vez que comentamos nossos problemas, exagerando-lhes o tamanho ou dramatizando as dificuldades que nos chegam à existência; sempre que tomamos o tempo alheio, a fim de recordar sofrimentos passados que a Providência Divina já mandou apagar, em nosso benefício, com a esponja do tempo; em todas as situações nas quais nos pomos a exaltar os preconceitos próprios, desconsiderando a posição e a experiência dos semelhantes; e, na generalidade dos casos em que nos pusermos a lamentar dissidências e desacordos, contendas e mágoas, estamos afastando de nós mesmos os melhores amigos, através da amargura e do ressentimento que destilamos com as nossas palavras.



Naturalmente, cautelosos, esses companheiros preferem distância à partilha indébita de nossas aversões e frustrações, antagonismos e queixas, embora,sempre que generosos e leais, estejam claramente dispostos a apoiar-nos na restauração da própria harmonia.
*
Compreendamos que ninguém estima a permanência num espinheiro e nem escolhe vinagre para brindar os laços diletos, e saibamos fornecer bondade e paz, entusiasmo e otimismo aos que se aproximem de nós, porquanto não há quem não necessite de alguém para executar os deveres que a vida lhe preceitue.



Para isso, nós que sabemos rogar a Deus proteção e bênção, aprendamos igualmente a pedir à Divina Providência nos conceda a precisa coragem para silenciar desapontamentos e lágrimas, de maneira a doar paz e alegria, segurança e consolo aos outros, tanto quanto esperamos esses benefícios dos outros em auxílio a nós.




Fonte: Emmanuel / Chico Xavier / Livro: Coragem

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Juventude Viva


Nessa quinta-feira (27.09) às 11h, no Centro de Convenções de Maceió, terá o lançamento do Plano Juventude Viva em Alagoas, fruto de uma intensa articulação  entre Governo Federal, Estados, Municípios e Sociedade Civil  para enfrentar a violência contra a juventude brasileira, especialmente os jovens negros, principais vítimas de homicídio no Brasil. 

De acordo, com ofício-convite recebido por email, assinado por Gilberto Carvalho, Ministro de Estado-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o “Plano reúne ações de prevenção que visam reduzir a vulnerabilidade de jovens negros a situações de violência física, a partir da criação de oportunidades de inclusão social e autonomia para os jovens; oferta de equipamentos, serviços públicos e espaços de convivência nos territórios violentos; e aprimoramento da atuação do Estado por meio do enfrentamento ao racismo institucional e sensibilização de agentes públicos para o problema”. 

Na primeira fase, o Governo Federal, em parceria com o Estado de Alagoas e municípios,  fomentará ações  voltadas à juventude  nas áreas do  trabalho,  educação,  saúde, acesso à justiça, cultura e esporte nas cidades de Maceió, Arapiraca, União dos Palmares e Marechal Deodoro – cidades alagoanas que possuem os dados mais alarmantes. 

Trata-se de um projeto que complementará o Plano Brasil Mais Seguro, em implementação pelo Ministério da Justiça há três meses no Estado. Segundo dados apresentados pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), 83% dos homicídios que acontecem em Alagoas têm como vítimas os negros. “O negro aqui tem 1000% maior de chance de morrer quando comparado a um branco”, disse o ouvidor nacional da Seppir, Carlos Alberto de Souza. 

Bom, essa é mais uma oportunidade dos segmentos afros se unirem, exaltarem suas vozes e garantirem presença nesse importante momento sócio-político-cultural no combate da violência e preconceito. Vamos juntos, lutar em prol da paz e respeito. Axé!


Fonte: Coluna Axé - nº218 - jornal Tribuna Independente (25.09.12)

domingo, 23 de setembro de 2012

Como uma onda


A vida é igual ao mar, tem que ter cuidado com a próxima onda e continuar nadando



Texto e foto: Helciane Angélica



Por mais que a pessoa faça tudo certinho e se esforce.

Tem sempre alguém para dizer que aquilo não é suficiente e não estar bom. 

Então ... como não podemos agradar a todos em tudo.

Temos que ir fazendo e recriando um novo jeito de ser e, principalmente, em ser feliz!

Às vezes a gente acha que aquela ocasião é a melhor coisa do mundo, que o emprego é o ideal, que a pessoa que estamos é a mais incrível ... e que sem isso, não sobreviveria. 

Mas aí, levamos aquela rasteira da vida e vem algo melhor, enfim, sempre pode vir algo melhor.

É só continuar em frente e acreditar.


sábado, 22 de setembro de 2012

Fim de semana - Trilha sonora (22 e 23.09.12)

Uma das coisas mais legais nessa vida louca ... é ter a sensação de dever cumprido e poder dormir com a consciência tranquila. Vamos em frente e na fé!


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O Davi chegouuu

Olha que coisa mais fofa o meu sobrinho Davi, filha da minha amiga de infância Marcélia Santos. Minha irmãzinha, mais saúde e felicidades com esse pimpolho que veio cheio de luz a amor.


















terça-feira, 18 de setembro de 2012

A cara do preconceito


O velho ditado popular diz que “Rir é o melhor remédio”, mas, sinceramente fazer piada preconceituosa tá fora de moda! Ultimamente, a sociedade brasileira tem assistido todos os sábados um festival de histórias preconceituosas no programa Zorra Total veiculado pela Tv Globo. 

O Fórum Permanente de Igualdade Racial (FOPIR) tem colhido assinaturas de entidades da sociedade civil e do movimento negro para manifestar publicamente o total repúdio em relação ao quadro “A cara da riqueza” e a personagem “Adelaide”. Na carta de repúdio, afirma que “o programa tem exibido um conteúdo explicitamente racista, sexista, recheado de estereótipos e ofensivo à população negra, ferindo gravemente os direitos humanos de milhões de brasileiros”. A Adelaide é o estereótipo de uma mulher negra pobre, sem instrução formal, que pede esmolas no metrô. 

Na edição que foi ao ar no dia 1º de setembro, a personagem interpretada pelo ator Rodrigo Santanna chama ao palco sua filha, que é anunciada como “linda” e traz uma faixa atravessada sobre o peito com os dizeres “urubu branco”, e ainda, é retratada com as mesmas características da mãe: sem dentes, cabelos “despenteados”, erotizada e dissimulada. O coreógrafo Carlinhos de Jesus representou o padrinho da menina, que a presenteou com um pente de alisar o cabelo. 

A carta reforça ainda que: “é inadmissível que um país de maioria negra, conforme o último Censo divulgado pelo IBGE, mantenha um programa televisivo que, em nome de um pseudo-entretenimento, utiliza-se de um suposto humor para humilhar e desrespeitar a dignidade humana da sua própria população. Os veículos de comunicação têm de estar comprometidos com a produção e difusão de conteúdos não discriminatórios e não estereotipados sobre os negros e negras, conforme foi destacado nas propostas prioritárias da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Por isso, nós, do FOPIR, reforçamos a necessidade de os meios de comunicação dedicarem especial atenção a todo e qualquer conteúdo produzido e veiculado na mídia que possam reforçar a discriminação e o preconceito de quaisquer espécies". 

Já assinaram a carta: a Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras, Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do estado do Rio de Janeiro, Associação Nacional de Pesquisadores Negros/as, Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, Central Única de Favelas, Instituto de Estudos Socioeconômicos, Redes de Desenvolvimento da Maré, Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, Fundação Ford, Fundação Carlos Chagas, Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros, Baobá – Fundo para Equidade Racial, Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações  Raciais da UFRJ, Laboratório de Pesquisa em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento, Observatório de Favelas, Anistia Internacional Brasil, Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa da UERJ, Geledés Instituto das Mulheres Negras, ODARA – Instituto da Mulher Negra, Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) e a Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Conajira/Fenaj).

Não podemos perder a capacidade de se indignar e lutar por respeito! Axé.


Fonte: Coluna Axé - nº 217 - Jornal Tribuna Independente (18.09.12)

domingo, 16 de setembro de 2012

Almoço entre amigas

Curtindo almoço especial em comemoração ao niver da Lia, na Barra Nova (Marechal Deodoro).










sábado, 15 de setembro de 2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Simpósio Afro Alagoano

No dia de 21 de setembro, às 8h30, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, localizada no centro de Maceió, terá o Simpósio Afro Alagoano para discutir os altos índices da violência e mortalidade da juventude negra no Brasil, principalmente, no Estado de Alagoas.

Na programação, serão discutidos o Estatuto da Igualdade Racial, o Conselho Estadual da Igualdade Racial e o Plano Nacional de Enfrentamento à violência contra a juventude negra que será oficialmente lançado em novembro, mas, o projeto piloto será implantado em Alagoas no dia 27 desse mês, local e horário ainda a serem definidos.

Atualmente, de acordo com o Mapa da Violência no Brasil, o perfil das vítimas assassinadas são homens, negros e jovens (15 a 29 anos), com uma média de 4 a 7 anos de estudo, e o Estado de Alagoas é onde mais se morre. Dos 135 municípios mais violentos no país, quatro são alagoanos: Maceió, Arapiraca, Marechal Deodoro e União dos Palmares. E segundo Mônica Oliveira, Secretária de Políticas de Ações Afirmativas da Seppir, “os assassinatos dos jovens negros estão fazendo um verdadeiro ‘buraco’ nos dados da Densidade Demográfica do país”.

O Plano terá quatro eixos: Desconstrução da cultura da violência; Inclusão e Garanta de Direitos; Transformação de Territórios; e Aperfeiçoamento das instituições – prever ações diversas como: campanha de sensibilização; formação de jovens agentes da paz; ampliações no programa Escola Aberta; promoção de usinas culturais; formação de servidores públicos e agentes de segurança; enfrentamento do racismo em instituições; dentre outros. 

É chegado o momento de ampliarmos a discussão e, principalmente, garantir a efetivação de políticas públicas, e os segmentos afros precisam se envolver mais nesse processo. Precisamos dar um basta em tanta violência! Axé!

Fonte: Coluna Axé - nº216 - Jornal Tribuna Independente (11.09.12)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Comunicação afro


O universo afro-descendente é extremamente vasto, com expressões artísticas, gastronomia e acessórios para os mais diversos estilos. São heranças culturais transmitidas pelos nossos ancestrais oriundos da mãe áfrica, repassadas de geração em geração, e, defendidos pelos grupos sócio-políticos e religiosos do movimento negro, que a cada dia aperfeiçoam suas estratégias para manter viva a identidade étnica. 

Desde o tempo dos abolicionistas, com o surgimento de meios alternativos especializados em divulgar os assuntos ligados à negritude, e, mesmo com a formação de coletivos de jornalistas sindicalizados comprometidos com a igualdade racial (Cojiras), a população afro-descendente ainda almeja mais visibilidade e respeito nos veículos de comunicação. Porém, com a força da internet, multiplicam-se o número de blogs, redes sociais e sites especializados nas questões étnicorraciais, principalmente, das entidades dos segmentos afros que divulgam suas atividades e projetos desenvolvidos. A cada dia surge um novo comunicador/comunicadora ansioso(a) em mostrar seus ideais, de ser visto e ouvido, denunciando os atos preconceituosos e mostrando o orgulho pela sua história e cultura.

O Correio Nagô é um grande exemplo neste setor, de um simples blog idealizado por comunicadores do Instituto Mídia Étnica em 2007, tem se tornado uma referência nacional na produção de notícias sobre a diversidade racial e cultura negra brasileira. Na última quinta-feira (30.08), na praça Tereza Batista no Pelourinho, em Salvador (BA), ocorreu uma grande festa para celebrar a nova fase do site www.correionago.com.br, que também é comunidade on-line. Contou com a participação de líderes da comunidade negra, artistas e jornalistas, também, teve shows de músicos como Negro Davi, Denise Correia, Bemba Trio, além de participações especiais de Mariella Santiago, o rapper Afro Jhow e da cantora Márcia Short, uma das pioneiras da música Axé na Bahia. 

E para quem tem interesse em aprofundar seus conhecimentos e pesquisar mais sobre as questões étnicorraciais, além de ter acesso às notícias, informações sobre cursos, seminários e na área de entretenimento, pode conferir em portais e até em sites institucionais a exemplo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir (www.seppir.gov.br) e da Fundação Cultural Palmares (www.palmares.gov.br). 



Fonte: Coluna Axé - nº 215 - Jornal Tribuna Independente (05.09.12)