terça-feira, 12 de março de 2013

Basta!

O mês de março, é emblemático para o Movimento de Mulheres em todo o mundo, porque serve para refletirmos sobre a realidade das mulheres nos mais diversos setores; analisar impactos sociais; celebrar conquistas femininas e garantir a renovação dos ideais.
 
Atualmente, o grande índice de violência (física, psicológica, moral, sexual e patrimonial) e mortes de mulheres (femicídio) são dramas internacionais. No Brasil, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) tem feito um levantamento sobre riscos de morte, espancamentos e estupro. E ainda neste ano, terá a ampliação para mais dez países na América do Sul, América Central e Europa. De 2006 a 2012, alcançou 3.058.392 atendimentos à população.
 

No ano passado, foram 732.468 registros – 1.577% em relação aos 46.423, em 2006. Os relatos de violência cresceram 700%: 88.685, em 2012, e 12.664, em 2006. No ranking estadual, Alagoas encontra-se em quarto lugar, com a taxa de 871,86 registros para cada 100.000 mulheres.
 
A Comissão de Direitos Humanos, da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas (OAB-AL) também apresentou um relatório alarmante sobre a violência contra as mulheres no Estado referente ao ano de 2012 e os dois primeiros meses de 2013. Dos 164 crimes, 110 foram praticados com arma de fogo, seguido de 21 de arma branca e instrumentos contundentes, 12 crimes por espancamento, seis através de pauladas, pedradas, socos e pontapés, além de quatro por esganadura e estrangulamento.
 
E os locais onde existem mais chances de uma mulher ser assassinada em Maceió são: Bebedouro, Jacintinho, Chã de Bebedouro, Cidade Universitária e Tabuleiro do Martins. E em relação aos outros municípios alagoanos, foram registrados 13 assassinatos em Rio Largo, 11 em Arapiraca e seis em Santana do Ipanema.
 
Apesar de tanto trabalho de prevenção e conscientização sobre o combate da violência e a importância da Lei Maria da Penha (11.340/06), as medidas protetivas são deficientes, deveriam ser mais rápidas e existir uma rede interligada de acolhimento, acompanhamento psicológico e jurídico. Temos que continuar lutando contra a opressão, enfrentar o medo que é constante e denunciar o agressor.
 
Basta de violência e impunidade! Axé!!!



Fonte: Coluna Axé - nº241 - Jornal Tribuna Independente (12.03.13)
Edição: Helciane Angélica

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