Vereadoras por Maceió: Fátima Santiago e Tereza Nelma |
Na sessão ordinária dessa terça-feira (13.08), na Câmara Municipal de Maceió, foram aprovadas duas moções referentes à abordagem policial com ativistas negros no último domingo. As propositoras foram Tereza Nelma (PSDB) e Fátima Santiago (PP), teve o apoio de mais 15 parlamentares que subscreveram os documentos.
A vereadora Tereza Nelma (PSDB) utilizou a tribuna e defendeu a apresentação de uma Moção de Protesto, cobrou apuração imediata e citou o caso do sociólogo Carlos Martins, que no ano passado foi agredido por uma guarnição policial, tendo a casa invadida e móveis destruídos. Logo após, foi observado que tudo não passou de um engano. Ela está preparando um relatório com todos os documentos e reportagens do último caso, que será entregue ao Governador Teotônio Vilela Filho para que tome as devidas providências.
Já Fátima Santiago (PP), apresentou uma Moção de Repúdio à Polícia Militar de Alagoas e no documento afirma que as abordagens desastrosas e opressoras no Estado de Alagoas são recorrentes: “Infelizmente, casos de opressão são constantemente cometidos por policiais e as pessoas têm medo de denunciar, principalmente, moradores da periferia. É importante que se investigue e a punição dos policiais arbitrários. Também é preciso maior investimento quanto à capacitação e condições dignas de trabalho, para garantir uma segurança pública de qualidade e eficiente”, destacou.
Audiências
Os ativistas Franqueline Terto dos Santos e Benedito Jorge Silva Filho – professora universitária e administrador – são da Pastoral da Negritude da Igreja Batista do Pinheiro e participam da entidade nacional do movimento negro, os Agentes de Pastoral negros do Brasil (APNs). Ontem, eles dialogaram com o Comandante Geral da PM, Coronel Dimas Cavalcante, que não acredita na existência de racismo e sim no despreparo por parte de alguns membros. Também declarou que 60% da corporação é composta por policiais negros.
Nessa quarta-feira (14.08) será formalizada a denúncia na Corregedoria Geral da PM e no Ministério Público Estadual. O caso foi registrado na Central de Flagrantes da Polícia Civil, está sendo acompanhado pelo advogado Alberto Jorge Ferreira (Betinho), que durante muito tempo foi presidente da Comissão de Defesa das Minorias Étnicas e Sociais, na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL).
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