terça-feira, 29 de agosto de 2017

Feira das Margaridas

Pela primeira vez em Maceió, terá a Feira das Margaridas do Crédito Fundiário nos dias 30 e 31 de agosto e 1º de setembro, na Praça da Faculdade, das 6h às 22h. 

A atividade é uma realização do Governo de Alagoas por meio do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) com o apoio da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Alagoas (Fetag) e do Instituto de Capacitação, Extensão, Formação e ATER (ICEFA). 

Participarão agricultores familiares das unidades produtivas do crédito fundiário e assentados da reforma agrária (convidados), que comercializarão produtos como: frutas, tubérculos, hortaliças, verduras, legumes, artesanato, animais; além de doces caseiros, pimenta e ovos de capoeira. O público poderá conferir a casa de farinha, restaurante camponês, espaço para exposição e palestras. 

As feirantes e o público em geral poderão conferir a palestra “Quebrando o silêncio” no dia 30 às 15h30, ministrada por Hylza Torres, Promotora de Justiça e Coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher do Ministério Público Estadual (MPE/AL). 

Na programação cultural, terá o Espetáculo “Thallita canta Gonzaga” no dia 30 a partir das 18h; na quarta-feira(31) às 19h, o bingo seguido da apresentação de Lula Sabiá e Banda; e na sexta-feira (01.09), o show de Guga do Acordeon e Banda; e no encerramento Xameguinho e Banda. 

A ação integra o "Agosto Lilás" – campanha estadual de conscientização sobre a violência contra a mulher – e ainda é uma referência à Margarida Alves, sindicalista rural assassinada no dia 12 de agosto de 1983 em Alagoa Grande (PB), considerada um símbolo na luta pelos direitos dos trabalhadores rurais no Brasil e inspiração para a Marcha das Margaridas criada em 2000. 

Esse é mais um momento para o fortalecimento da agricultura familiar, e ainda, enaltece a mulher enquanto protagonista no processo produtivo do Programa Nacional do Crédito Fundiário (PNCF). Entrada franca! Prestigie!

Fonte: Coluna Axé – 456ª edição – Jornal Tribuna Independente (29/08 a 04/09/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato:cojira.al@gmail.com

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Agosto popular

Para enaltecer as manifestações culturais e sua diversidade no Estado de Alagoas, além da importância dos mestres populares na perpetuação do saber, a Articulação da Cultura Popular e Afroalagoana promove mais uma edição do projeto Agosto Popular.

A programação foi iniciada no sábado(19) sob a coordenação do grupo Cepa Quilombo no bairro do Jacintinho, com o debate sobre “A cultura popular e afro-brasileira como instrumento de inclusão social” e a apresentação de coco de roda, rap, capoeira e a banda Afro Zumbi. No domingo, foi a vez da Casa 31 no Santo Eduardo com o debate “Arte como ato político” seguido de várias apresentações e exposição. Nessa sexta-feira(25), no Quintal Cultural localizado no bairro do Bom Parto, terá a partir das 16h o debate sobre “Cultura e Direitos Humanos no combate à violência contra a mulher e juventude”; e as apresentações do grupo Afro Dendê, o grupo de capoeira Engenho Velho, o coletivo de hip hop ‘Noís q faiz’ e os grupos de dança ‘Oz Deuzes do Guetho’ e ‘Escoteiros da Cidadania’.

No dia 26, o Coletivo AfroCaeté coordena a atividade no bairro histórico do Jaraguá às 15h, com o debate “Folclore, Cultura Popular e Negritude” e apresentações do grupo de dança Àfojubá, a literatura de cordel do Mestre Jorge Calheiros e o batuque do coletivo. 

E no domingo, 27 de agosto, a programação acontecerá na Praça Santa Teresa no bairro da Ponta Grossa a partir das 16h com as apresentações artísticas: Grupo Erê, Grupo Ginga Brasil, Afoxé Ofáomin, Fanfarra da Escola Edson Bernardes, Coletivo AfroCaeté, Bumba Meu Boi, Rogério Dyaz e a Trincheira, Afro Afoxé, Bateria da Escola de samba Girassol, Afoxé Okê Arô e Roda de RAP (Sakura e convidados).

Todas as ações também fazem alusão ao Dia do Folclore, celebrado em todo o país no dia 22 de agosto, que foi instituído por meio do Decreto de Lei nº 56.747, de 17 de agosto de 1965, aprovado pelo Congresso Nacional. Prestigie!



Fonte: 455ª edição – Jornal Tribuna Independente (22 a 28/07/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Thallita canta Gonzaga

O Espetáculo “Thallita canta Gonzaga” é uma iniciativa do Projeto Thalita, que reúne no palco música, teatro e muita emoção. 

Com duração de aproximadamente 1h, o espetáculo possui aproximadamente 60 artistas, crianças do projeto e convidados, que despertam uma viagem à cultura nordestina e ainda homenageia o Rei do Baião Luiz Gonzaga.

Serão interpretadas nove canções: Vida de Viajante, Luar do Sertão, Xote das Meninas, Xote Ecológico, Que nem jiló, ABC do Sertão, Asa Branca, Rei Bantu e Ave Maria Sertaneja.

A primeira apresentação será nessa quinta-feira, 17 de agosto, no Teatro Deodoro em Maceió, a partir das 19hs e o ingresso é apenas 1kg de alimento não perecível. O ciclo de apresentações continuará no dia 22 de setembro no Sesc Centro; 06 de outubro, no Teatro Linda Mascarenhas; e 28 de outubro no Sesc Poço.

O projeto Thalita pertence à “Associação Esperança e Vida” é uma organização não governamental com finalidade jurídica o desenvolvimento de ações socioeducativas e culturais. Fundada no dia 9 de março de 1996 possui atualmente 150 famílias assistidas com várias ações, dentre elas: oficinas de canto, flauta doce, teatro, reforço educacional, informática, cursos profissionalizantes, formação e apoio psicológico à família e comunidade; além da realização de palestras a exemplo dos direitos da crianças e combate da exploração infantil, atividades de recreação, visita a museus e ao parque municipal ecológico.

A instituição está localizada na Av. Djalma Fragoso de Alencar, 15, Petropolis, Maceió. Contato: (82) 3328-9333 / projetothallita@ibest.com.br. Prestigie!


Fonte: Coluna Axé – 454ª edição – Jornal Tribuna Independente (15 a 21/07/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Quilombos ameaçados

Em agosto, o futuro de milhões de quilombolas será decidido no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Desde 2004, o Partido Democratas (DEM) entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF, questionando o decreto 4887/2003 que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”. 

Essas comunidades são grupos étnico-raciais, segundo critérios de auto-atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida. Lembrando que cabe ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a regulamentação dos procedimentos administrativos para identificação, medição e demarcação das terras. E a Fundação Cultural Palmares/Ministério da Cultura deverá instruir o processo para fins de registro ou tombamento e zelar pelo acautelamento e preservação do patrimônio cultural brasileiro. 

O julgamento será retomado no dia 16 de agosto e essa será a terceira vez que o direito constitucional quilombola estará em pauta; a primeira vez foi em 2012, com o voto do Ministro Cesar Peluso pela inconstitucionalidade do decreto; e a segunda, em 2015, com o voto pela constitucionalidade da Ministra Rosa Weber; e agora, retornará com o voto do Ministro Dias Tóffoli. Caso seja aprovado, os quilombos já titulados no país podem ser anulados e novas titulações não serão possíveis sem o decreto. Atualmente, mais de 6 mil comunidades ainda aguardam o reconhecimento e lutam pela efetivação de políticas públicas em seus territórios. 

Buscando conscientizar a população brasileira sobre esse retrocesso e desvalorização das comunidades quilombolas; além de combater o racismo e a concentração fundiária no país; a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) encontra-se com uma mobilização para arrecadar assinaturas na petição online: https://peticoes.socioambiental.org/nenhum-quilombo-a-menos. 

O Brasil é quilombola! Nenhum quilombo a menos!



Fonte: Coluna Axé – 452ª edição – Jornal Tribuna Independente (01 a 07/08/17) / Cojira-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com