terça-feira, 26 de maio de 2015

Afoxé Odô Iyá – 15 anos exaltando a cultura afro



O Afoxé Odô Iyá possui quinze anos de atuação e é uma das referências da cultura afroalagoana! Acompanhe as atividades no facebook: https://www.facebook.com/afoxe.odoiya
 (Crédito da foto: Divulgação)



O Quilombo dos Orixás/Casa de Iemanjá – localizado no bairro da Ponta da Terra em Maceió – busca resgatar a cultura afro em todas as suas dimensões, contribuindo para a valorização e a autoestima; conscientização e formação; além da promoção de oficinas de dança, percussão, confecção de instrumentos; realização do “Cine Axé” e a produção do Jornal Odô Iyá. 

O Afoxé Odô Iyá é uma das principais ações desenvolvidas pelo Ponto de Cultura e nesse ano celebra os seus quinze anos de fundação e divulgação da cultura afrobrasileira. Para comemorar em grande estilo, o primeiro afoxé de Alagoas, investiu na realização de um vídeo documentário, com registros únicos e emocionados dos integrantes do grupo e idealizadores. Dirigido pelo jornalista e produtor cultural Keyler Simões, será lançado no mês de junho, e exibido em rodas de diálogo com outros grupos culturais alagoanos e Pontos de Cultura. 

Também foi produzido o espetáculo IGBAXÉ - O SEGREDO DA NOSSA FORÇA que foi contemplado com o Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras, na categoria dança, em 2014. O Prêmio está em sua terceira edição e é promovido pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves (CADON), com patrocínio da Petrobras em parceria com a Fundação Palmares. Ao todo, foram 405 projetos inscritos que concorreram nas categorias Música, Teatro, Dança e Artes Visuais. 

O espetáculo busca desnudar as matrizes africanas a partir de um olhar poético sobre as suas fontes de força. Céu e terra se encontram nos elementos fogo, terra, água e ar, todos homenageados e cantados em canções autorais e reconfigurações de cantos típicos yorubás. Tem a participação do Pai Célio; o cantor Igbonan Rocha; e o nigeriano radicado em Porto Alegre, Ìdòwú Akínrúlí, o Akin, vencedor do Prêmio na categoria música. 

A estreia será hoje (26.05) às 19h, no Teatro Deodoro em Maceió, e é aberta para todos que admiram o trabalho desenvolvido em prol da cultura afroalagoana. A apresentação também conta com o apoio do Sesc Alagoas, da Fundação Municipal de Ação Cultura (FMAC) e da Diretoria de Teatros de Alagoas (Diteal). 

Vida longa ao grupo e mais sucesso! 



Fonte: Coluna Axé – 344ª edição – Jornal Tribuna Independente (26/05 a 01/06/15) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

domingo, 24 de maio de 2015

Trilha sonora - fim de semana (23 e 24.05.15)

"Quando o amor chega assim de repente
 Quando o amor toma conta da gente
Quando o amor é verdade
Quando o amor é total
Quando o amor dorme e acorda contigo
Quando é seu companheiro e amigo
É verdade..."


 

terça-feira, 19 de maio de 2015

Quilombolas alagoan@s

Os quilombolas são descendentes de africanos escravizados que mantêm tradições culturais, de subsistência e religiosas ao longo dos séculos. Essa é a definição apresentada no site Fundação Cultural Palmares – órgão vinculado ao Ministério da Cultura – que tem entre as suas funções: formalizar a existência destas comunidades, assessorá-las juridicamente e desenvolver projetos, programas e políticas públicas de acesso à cidadania.

Atualmente, existem 2.474 comunidades no Brasil certificadas pela Palmares, sendo 1543 da Região Nordeste. No Estado de Alagoas, já foram reconhecidas 67 comunidades com 4.366 famílias distribuídas em 34 municípios. Com o intuito de representar a população quilombola alagoana na luta pela efetivação das políticas públicas, existe a Coordenação das Comunidades Quilombolas do Estado de Alagoas – Ganga Zumba.

No último dia 13 de maio – Dia Nacional de Combate ao Racismo – foi realizada na Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), em Arapiraca, a eleição para definir a nova Direção Geral da instituição que é vinculada à Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas (CONAQ) e integra o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir-AL).

De acordo com a comissão eleitoral foram duas chapas interessadas, mas, uma delas foi impugnada porque não levou a documentação no tempo estabelecido. E conforme a última assembleia ordinária, que redefiniu o estatuto, o prazo da gestão passou de dois para quatro anos de atuação.

O líder quilombola Manoel Oliveira dos Santos (Bié), 43, nascido em Traipu(AL) foi reconduzido ao cargo de Coordenador Geral, onde comandará a gestão “Somos Quilombolas, somos resistência”. A diretoria é composta por José Elenildo de Almeida Santos (Vice Coordenador Geral); Joelma Bezerra de França (Coordenador de Articulação); Cristiana Viera de Souza (Coordenador Finanças); Josefa Santana da Silva (Vice coordenador de Finanças); Quitéria Vieira dos Santos (Secretária); Antonio do Espírito Santos (Coordenador de Projetos); Delsa Maria Cavalcante dos Santos (Coordenador de Promoção da Igualdade de Gênero); Maria Sandra da Paz (Coordenador de Juventude); Amaro Felix Filho  (Coordenador da melhor Idade - Idosos).

O Conselho Diretor é formado por três titulares (Cícera Vital da Silva, Girlene dos Santos e José Cícero Silvestre da Silva) e três suplentes (Valdirene Maria da Silva, José Gilson dos Santos, Nikacia Tavares Gomes). Também possui Coordenadores Regionais: Região do Alto Sertão, Região da Bacia Leiteira, Região do Agreste, Região do Baixo São Francisco, Região Zumbi, Região Norte, Região Central; além dos coordenadores por departamentos: Saúde; Educação; Emprego e Renda; Cultura; Meio Ambiente; Agricultura; Esporte e Lazer; e Mulheres.

Esperamos que a instituição continue defendendo a igualdade racial; cobrando das autoridades competentes a certificação e titulação das terras quilombolas; além da garantia dos direitos básicos para qualidade de vida, uma vez que muitas famílias estão esquecidas pelo Poder Público, cuja dignidade e autoestima são violadas diariamente. Enfim, desejamos força nos trabalhos e conquistas!


Fonte: Coluna Axé – 343ª edição – Jornal Tribuna Independente (18 a 25/05/15) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 12 de maio de 2015

Coluna Axé - 8 anos

O dia 13 de maio, é lembrado nos livros de História do Brasil como o dia a Abolição da Escravatura. Porém, para o Movimento Social Negro, trata-se do Dia Nacional de Combate ao Racismo. 

Um momento que não deve ser associado à festa, e sim, de reflexão e saudação aos nossos ancestrais, que lutaram bravamente por igualdade e justiça social. Em todo o Brasil, organizações sociopolíticas e culturais voltadas para as questões étnicorraciais realizam palestras, debates, atos públicos e manifestações para discutir a realidade da população negra. 

Para a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL), vinculada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal), a data também serve para celebrar a criação da COLUNA AXÉ. Desde o dia 13 de maio de 2008, é publicada semanalmente no Jornal Tribuna Independente/Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos do Estado de Alagoas (Jorgraf) com editorial, notas informativas, curtas e fotos. 

Busca promover a consciência étnica nos mais diversos setores, como: educação, cultura, religião, saúde, política, esporte, entretenimento, mercado de trabalho, estética, etc. O veículo representa um grande avanço na mídia alagoana, assim como, proporciona a divulgação das atividades dos segmentos afros, políticas públicas nas questões étnicorraciais, além de denunciar casos de racismo e intolerância religiosa. 

Também contribui diretamente para a autoestima da população afroalagoana e visa desconstruir os estereótipos destinados às pessoas de pele negra, assim como, sensibilizar os profissionais da comunicação sobre a não-utilização de termos racistas na mídia, a exemplo de: “lista negra”, “línguas negras”, “fase negra”, “magia negra”, “mercado negro”, “a coisa tá preta”, “buraco negro” (sem conotação científica), “samba do crioulo doido”, dentre outros. O trabalho da mídia étnica é árduo, tem contribuído para a democratização da comunicação e a valorização das heranças africanas. 

A saga por igualdade racial continua, em busca de respeito e dignidade para todos, independente, de classe social, cor, crença e gênero. Axé!


Fonte: Coluna Axé – 342ª edição – Jornal Tribuna Independente (12 a 18/05/15) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Heroína de futuro


Família reunida, presente divino! (10.05.2015)


Por: Helciane Angélica


"Ser mãe é padecer no paraíso" - quem nunca ouviu essa expressão popular? Mesmo sendo antiga, sua veracidade aumenta!

Ser mãe é ser Mulher Maravilha em tempo integral, ter várias funções ao mesmo tempo e ainda ser criticada. Não falo isso por experiência própria, mas por conviver com a minha super-pãe (mãe + pai + chefe de família + dona de casa = TUDO QUEM RESOLVE É ELA). Uma nova modalidade de mãe está despontando na atualidade.

Não é nenhuma novidade dizer que as mulheres estão buscando sua independência e adiando a maternidade. Porém, o índice de mulheres que carregam nas costas a responsabilidade de manter a casa e educar os filhos cresce significativamente, tarefa sempre empregada pela classe masculina como obrigação da mulher.

As tarefinhas só multiplicam! Solteiras, casadas ou divorciadas, não importa o estado civil, as mães da atualidade realizam 2,3,4... jornadas de trabalho. Verdadeiras multi-uso, elas (as mães) desempenham funções costumeiras e desenvolvem novas aptidões, ou seja, têm que ser amiga, babá, psicóloga, professora, enfermeira... tudo ao mesmo tempo.

Entretanto, nem tudo são flores e qualidades. Essas mesmas mulheres têm que superar e solucionar os conflitos familiares, seja a princesa da mamãe (às vezes, a filha amiga, e outras, a concorrente) ou ainda o campeão da casa (às vezes, o filho exemplar, e outras, o grande provocador de chateações).

E os filhos? Sejam independentes ou mimados, tentam se acostumar com a heroína que possuem dentro de casa, pois mesmo sendo super-dedicada pode passar muitas horas fora do lar, e quando retorna para lá, quer um simples carinho - muitas vezes não dado.

Ser mãe é, realmente, padecer no paraíso. De hoje em diante, tentarei ser uma filha melhor e quem sabe no futuro ser a SUPER-PÃE que hoje admiro!


Texto escrito em 23 de setembro de 2005.
Projeto de Comunicação Alternativa - Fanzine Universo Feminino.

sábado, 9 de maio de 2015

terça-feira, 5 de maio de 2015

Caravana da Igualdade Racial

A  pedagoga Nilma Lino Gomes – foi a primeira mulher negra do Brasil a ser reitora de uma universidade federal, em 2013, na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB); além de ser ex-presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) – encontra-se no comando da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). 

O início da sua gestão no Ministério tem sido marcada pelo diálogo com os diversos segmentos afros e gestores públicos, para a troca de experiências e análise das políticas públicas. 

Atualmente, tem investido na Caravana Pátria Educadora pela Promoção da Igualdade Racial e Superação do Racismo, com o objetivo de aproximar os Ministérios dos entes federados, discutir e construir a adesão dos Estados e municípios ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) que está em implantação pelo Ministério; além de estimular a criação e o desenvolvimento dos organismos de promoção da igualdade racial em âmbito municipal e estadual. 

Também dará visibilidade às cotas étnicas e sociais nas universidades; sobre a importância da implementação da Lei 10.639/2003, que insere no currículo escolar o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana; e as Diretrizes Curriculares Nacionais para as Comunidades Quilombolas. 

O projeto será realizado ao longo de 2015 e percorrerá todas as regiões do Brasil, prevê uma série de debates e encontros com autoridades locais, representantes de universidades e da sociedade civil para ampliar as parcerias na promoção da igualdade racial no país. Os primeiros locais visitados foram: a cidade de Belém (PA) nos dias 27 e 28 de abril; e São Luis (MA), nos dias 4 e 5 de maio. 

As próximas agendas não foram divulgadas, no entanto, esperamos que essas andanças contribuam para o fortalecimento das parcerias e a concretização do Estatuto da Igualdade Racial (Lei Nº 12.288, de 20 de Julho de 2010 – destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica)! 

Saiba mais sobre o SINAPIR, no site: http://www.seppir.gov.br/sinapir. Queremos mais avanços; dignidade e respeito à luta e resistência dos povos historicamente marginalizados.


Fonte: Coluna Axé - 341ª edição – Jornal Tribuna Independente (05 a 11/05/15)  – Editora: Helciane Angélica – cojira.al@gmail.com

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Um parque ecológico em Maceió

Foto: Jeann Marques


Por: Helciane Angélica


O Parque Municipal de Maceió foi inaugurado em 1978, está localizado entre os bairros de Bebedouro e Tabuleiro dos Martins em Maceió, e tem cerca de 82,4 hectares de área. 

Trata-se de uma área considerada de preservação permanente, onde exalta a beleza da flora e transmite segurança aos animais da Mata Atlântica. Tem espaço para piquenique, jardim sensorial e um museu demonstrativo sobre as espécies presentes no parque.

Essa é mais uma importante opção de lazer para famílias, casal de namorad@s e grupos de amig@s... que deveria ser mais valorizado e visitado. O contato com a natureza e o ar puro, nos teletransporta para um ambiente de paz e vitalidade, onde é possível esquecer que estar em plena capital alagoana constantemente divulgada pela diversidade de praias.

Ao todo, são cinco trilhas acessíveis ao público: Trilha Cidadã, Trilha da Aventura, Trilha da Paz, Trilha do Pau Brasil e Trilha do Jacaré. No momento não existe sinalização, mas, de acordo com a coordenação esse problema será resolvido logo, após a finalização do projeto gráfico. Tomara!

A reserva fica aberta ao público de terça-feira a domingo, das 08h às 17h.  Para realizar visitas monitoradas, é necessário o agendamento prévio pelo e-mail agendaparquemuncipal@gmail.com. Contatos: (82) 3315-4735 / 4736.



 



 



Dicas importantes: 
* Use roupas leves e calçados confortáveis; 
* Protetor solar;
* Repelente;
* Leve garrafas com água; 
* Lanche saudável;
* Não pode faltar a sacolinha para colocar o lixo produzido;
* Celular com câmera ou máquina digital para registrar cada momento.

A dificuldade de acesso é grande, mas as pouquíssimas opções de transporte coletivo não diminuem a beleza deste local. Vale a pena!


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