terça-feira, 26 de julho de 2016

Mulheres Negras

No dia 25 de julho, é celebrado o Dia Internacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher Negra e o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

Foi instituído em 1992, no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, e busca dar visibilidade e reconhecimento a presença e a luta das mulheres negras nesse continente; também é o Dia Nacional da Mulher Negra e da quilombola Tereza de Benguela (Projeto de Lei do Senado nº 23, de 2009, de autoria da Senadora Serys Slhessarenko). 

De acordo Ana Pereira – presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim) em Alagoas – o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, é um marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe.

Para marcar a data em Alagoas, foi realizada a discussão sobre “Empoderamento Feminino no século XXI” no dia 23 de julho, no SESC Centro em Maceió, uma ação promovida pelo Grupo Percussivo BATUQUE YÀ formado somente por mulheres, que tem o objetivo refletir sobre as lutas, como expressão maior, das mulheres, em busca da igualdade, direitos, identidade, de pertencimento e de respeito às diferenças, naturalmente, existentes entre homens e mulheres. Já nos dias 23 a 25, no Museu da Imagem e do Som (MISA) em Maceió, o evento “Fala Preta! #Tireavendadoracismo”, promovido por um coletivo de entidades que atuam na defesa dos direitos da Mulher, no combate ao racismo e na promoção da igualdade racial.

Essa é mais uma data para a reflexão e discutir o protagonismo político contra o racismo e o machismo. As mulheres negras são as maiores vítimas da violência doméstica e feminicídio, é o que demonstram os números do Mapa da Violência de 2015: em 10 anos o número de mulheres negras mortas subiu 54% enquanto o de mulheres brancas caiu 9,8%. Também é que possui menor escolaridade, são as maiores vítimas de mortalidade materna (60% dos casos) e encontram mais dificuldades no acesso aos serviços de saúde. Eis mais um dia de luta!


Fonte: Coluna Axé – 401ª edição – Jornal Tribuna Independente (26/07 a 01/08/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

domingo, 24 de julho de 2016

Nadamos no Velho Chico

O domingo (24.06) foi inesquecível! Participei de um evento esportivo na cidade de Penedo(AL), realizado pela Federação Aquática do Estado de Alagoas (FAEAL) e fui das representantes da Academia Nadart Fênix.

A missão foi cumprida, nadei 3.500m no Rio São Francisco! Pela primeira vez, competi no rio, e os obstáculos foram maiores... encarei o frio, os arbustos, as ondulações, correnteza, engoli água, o medo e completei a prova! Ainda bem que as piranhas ficaram bem longe. ;)

Infelizmente... não teve pódio, fiz no tempo de 0:42:25 e fiquei em 12º lugar geral no feminino. Mas a alegria foi a de sempre e a medalha de participação ficou garantida para a coleção.
 
Além dos amigos de pernadas e braçadas das aulas semanais de natação, contei com a participação do meu irmão Helquias. Estivemos lado a lado boa parte do percurso, um fortalecendo o outro, e depois ele me passou. (kkkk) Com certeza, o vício esportivo já foi injetado e será o meu companheiro de aventura nas próximas edições.

Até o próximo desafio!




 


terça-feira, 19 de julho de 2016

Convergência Negra

Diante da grave crise econômica, política, ambiental, humanitária e moral, cresce consequentemente as crises sociais manifestadas pelo racismo, a xenofobia, a violência, e várias formas de intolerância. O pensamento conservador e retrocesso das políticas públicas tornam-se mais evidentes. Porém, lideranças do Movimento Social Negro estão fortalecendo o diálogo sobre os desafios da conjuntura e o futuro da luta negra no Brasil e encontra-se em intensa articulação sócio-política.

Já foram realizados dois grandes momentos de discussões, em Salvador/BA (Novembro/2015) e no Fórum Social Mundial em Porto Alegre/RS (Janeiro/2016), que resultou na constituição da plataforma política e o plano de lutas – comum e unitário – contendo dez (10) pontos de referência, são eles: Contra a redução da maioridade penal; Combater o extermínio/genocídio da juventude negra; Aprofundar as políticas e ações afirmativas no país, com destaque nas mulheres negras; Autonomia das mulheres negras e participação nos espaços de poder público e privado; Lutar pela efetivação das leis 10.639/03 e 11.645/08; Avançar na pauta quilombola, nenhum quilombo sem suas terras regularizadas e tituladas e com políticas públicas para melhoria da qualidade de vida; Combater a intolerância e violência religiosa, garantir a laicidade do estado e proteger a liberdade de culto; Criminalizar a homofobia; Pela aprovação da PL 4471/12, que põe fim aos autos de resistência; Democratização dos meios de comunicação; A cultura afro brasileira como parte fundamental da cultura geral no Brasil, neste sentido luta-se pela ampliação da sua inclusão nas políticas públicas, bem como, em toda e qualquer discussão do movimento negro brasileiro, enquanto instrumento de transformação social.

Atualmente, integram a Convergência Negra, as organizações brasileiras: Agentes de Pastoral Negros (APNs); Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN); Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (CENARAB); Coletivo de Ativistas Anti-Racistas (QUILOMBAÇÃO); Coletivo de Entidades Negras (CEN); Coletivo Nacional de Juventude Negra (ENEGRECER); Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas (CONAQ); Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN); Fórum Nacional de Juventude Negra (FONAJUNE); Fórum Nacional de Mulheres Negras (FNMN); Movimento Negro Unificado (MNU); Rede Nacional de Negras e Negros, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AFRO LGBT); e União de Negros pela Igualdade Racial (UNEGRO). 

No último sábado(16.07), na cidade de Aracaju(SE), foi promovida mais uma importante reunião nacional e o Ato Público “Negr@s não Temer”; além de debater as próximas agendas de atuação: Mobilização nos Estados contra o Impeachment (12 de agosto); Plenária Nacional da Convergência em Salvador (10 de setembro); e a Marcha “Um milhão de Negros e Negras nas ruas por nenhum direito a menos para todos e todas nós” (20 de novembro).

Eis um grande momento de fortalecimento da luta por justiça social!

Fonte: Coluna Axé – 400ª edição – Jornal Tribuna Independente (19 a 25/07/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Ativistas discutem conjuntura política e igualdade racial


Projeto Tambor Falante integrará o cronograma da “Ocupação Fora Temer” na sede do IPHAN-AL


Por: Helciane Angélica (Jornalista)

Nesse sábado(16.07) às 15h, no hall do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no histórico bairro do Jaraguá em Maceió, o Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô realizará uma importante edição do Tambor Falante sobre o tema: “Os Impactos do Governo Interino de Michel Temer nas Políticas para a Igualdade Racial”

A instituição do movimento negro alagoano atendeu ao convite dos(as) manifestantes que estão na OCUPAÇÃO FORA TEMER há mais de 50 dias na sede do IPHAN/AL. O protesto foi iniciado após o anúncio da extinção do Ministério da Cultura e as intervenções do presidente em exercício – considerado golpista por grande parte da população brasileira – que tem contribuído para o retrocesso nas políticas públicas.

Em relação às políticas de igualdade racial, foi publicado um decreto que transferiu dotações orçamentárias constantes do Orçamento Fiscal da União (Lei nº 13.255, de 14 de janeiro de 2016), do extinto Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos para a Presidência da República, no valor de R$ 12.927.981,00 (doze milhões, novecentos e vinte e sete mil, novecentos e oitenta e um reais). Michel Temer também exonerou vários funcionários, excluiu órgãos e secretarias extremamente importantes para o desenvolvimento social, a exemplo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).

O evento é direcionado aos ativistas dos segmentos afros, integrantes de grupos artísticos, produtores culturais, lideranças de movimentos sociais, povos tradicionais, religiosos de matrizes africanas, pesquisadores e estudantes. No encerramento, terá a performance artística da Companhia de Teatro e Dança Afro Aiê Orum criada em 2009, com o objetivo de trabalhar a história e a cultura afro-brasileira por meio de oficinas de Danças Afro Brasileira para jovens de comunidades periféricas e de escolas públicas. 

Com esse projeto queremos proporcionar o debate, a troca de experiências e chegarmos onde a valorização, o respeito e a qualidade de vida ainda está a desejar. Com esse tema sobre análise de conjuntura política, vamos refletir sobre a política de igualdade racial e as ações desse presidente ilegítimo que não nos representa. Ultimamente, estamos vivendo um caos no país!”, exaltou Maria Madalena da Silva, presidente do Anajô.



Facilitadores
A atividade contará com as intervenções de dois ativistas alagoanos, que atuam efetivamente na luta pela valorização das questões étnicorraciais, combate do racismo e intolerância religiosa. Os facilitadores serão:

CLÉBIO ARAÚJO: Historiador; Vice Reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal); Coordenador do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros (NEAB-Uneal); Vice Presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir/AL); e Pesquisador da história e cultura afroalagoana.

VALDICE GOMES: Jornalista; Presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir/AL); Integrante da Comissão de Jornalistas pela Igualde Racial (Cojira-AL); Diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal); e Vice Presidenta do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô (APNs-AL).


Projeto
O projeto "TAMBOR FALANTE: Refletindo, Debatendo e Transformando Realidades" foi um dos selecionados no Prêmio Eris Maximiniano 2015, uma realização da Prefeitura de Maceió por intermédio da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC). Ao todo, serão cinco edições com temas diversos e busca contribuir para a troca de conhecimentos e a formação sociopolítica, que resultará na produção de um livro e DVD. 

O Anajô é uma organização não-governamental fundada em dezembro de 2005, vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs), instituição nacional do Movimento Negro que encontra-se presente em 14 estados brasileiros. Promove atividades de formação sobre a história do Quilombo dos Palmares; pertencimento étnico; conjuntura sociopolítica da população afro-brasileira; ações de combate ao racismo e preconceitos correlatos.


SERVIÇO:
TAMBOR FALANTE
Dia: 16/07/2016 (sábado)
Hora: 15h00
Local: IPHAN/AL - Rua Sá e Albuquerque, nº 157, Jaraguá, Maceió/AL – próximo à Praça Dois Leões
Contatos: onganajo@hotmail.com / https://anajoalagoas.wordpress.com/
ENTRADA FRANCA!

terça-feira, 12 de julho de 2016

Encontro afro no sertão alagoano

No período de 29 a 31 de julho, o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CONEPIR) realizará na cidade de Delmiro Gouveia – distante 304 km da capital alagoana – o 2º Encontro e 1ª Jornada Científica de Comunidades Quilombolas e Povos Tradicionais de Terreiro de Alagoas.

Na abertura, o público poderá conferir as exposições fotográficas: “Povos Tradicionais de Terreiro” (Larissa Fontes), “Quilombos” (Sandreana Melo) e “Espaço apropriado e espaço planejado no Muquém” (Pedro Simonard). 

Nas mesas de debate, serão explorados os seguintes temas: “Intolerância Religiosa no Brasil laico, desafios para a vida em sociedade na construção de direitos”; “Questões agrárias e fundiárias em Alagoas: sobre terra, território e poder”; “Estratégias para a preservação do bem imaterial das comunidades – Como garantir o acesso às políticas públicas?”.

Também será realizada a exibição de filmes/documentários “Sai do Sol Galego” (Sandreana Melo), “Jurema” (Clementino Júnior) e “Exú – Além do Bem e do Mal” (Werner Salles); grupos de trabalhos (GTs); além das rodas de conversa: “Retrospectiva histórica e sociocultural das comunidades quilombolas e povos tradicionais de terreiro” e “A juventude como difusora de políticas públicas nas comunidades”.

O evento é uma parceria com o Governo de Alagoas, Conexão Nordeste, Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-AL) e Fundação Cultural Palmares. E o apoio do Baobá Raízes e Tradições; Fórum dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana de Alagoas; Rio’s Rent a Car Maceió; Faculdade Maurício de Nassau e Universidade Tiradentes.

Os(as) interessados(as) devem fazer a inscrição pelo link https://docs.google.com/forms/d/1myftEHmORc_pR_94fFUsWKTyYpiizu41AaQ03HoMPvc/viewform. Mais informações: (82) 99999-1301 / 99922-7988.


Fonte: Coluna Axé – 399ª edição – Jornal Tribuna Independente (12 a 18/07/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

segunda-feira, 11 de julho de 2016

terça-feira, 5 de julho de 2016

Ocupe a praça

O projeto “Ocupe a Praça” conta com a produção do Coletivo Popfuzz. Trata-se de uma realização da Fundação Municipal de Ação Cultural em parceria com o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural e integra o Programa Ações Culturais para Maceió, fruto do convênio nº 798826/2013 (assinado entre FMAC e MinC), e emenda parlamentar do deputado federal Paulão (PT).

O objetivo é promover apresentações dos mais variados segmentos (música, cinema, teatro, dança, entre outros), atividades de formação, oficinas e shows em praças públicas e centros comunitários nas oito (8) regiões administrativas da capital alagoana, no período de maio a outubro de 2016. As primeiras edições contemplaram os bairros do Farol (Praça do Centenário) e Bom Parto (Quadra Escola Geraldo Bulhões), respectivamente, nos dias 08 de maio e 26 de junho.

Agora, chegou a vez da Região Administrativa 05 que contempla os bairros do Feitosa, Barro Duro, Jacintinho e São Jorge. De 04 a 08/07, na sede do Centro de Estudos e Pesquisas Afro Alagoano Quilombo (Cepa Quilombo) – Rua Santa Luzia, 42, próximo a rádio 96 FM, Jacintinho – serão realizadas três importantes oficinas: de 9h às 13h, “Bumba-Meu-Boi” com o oficineiro Lucival Salgueiro (Neno); das 14h às 18h, “Capoeira Como Construção de Identidade e Gênero” ministrada pela Professora de Capoeira Sirlene Gomes (Rasteirinha); e das 18h às 22h, “Museu e Comunidade” por Viviane Rodrigues, pesquisadora no Projeto de Extensão Comunidade e Museologia Social (COMUSA).

No domingo (10.07) a partir das 15hs, na Praça Mirante Vereador Audival Amélio da Silva localizado no bairro do Jacintinho, terão as apresentações artísticas: o coco de roda Xique Xique de Alagoas, Marcelinho do Forró, grupo infanto juvenil Gente que Brilha (CEPA Quilombo), o grupo de reggae Freedom Songs, dos punks da Ximbra e a banda de rock alternativo Eek. 

As próximas edições do “Ocupe a Praça” estão previstas para acontecerem na Praça Marcílio Dias, Jaraguá (31/07); Praça da Guarda Municipal, Ponta Grossa (21/08); Praça Padre Cícero, Benedito Bentes (11/09); Praça São Pedro, Garça Torta (25/09) e Praça Graciliano Ramos, Tabuleiro dos Martins (09/10).

Esse é um grande momento de integração com a comunidade, pertencimento e exaltação cultural, que contribui para a valorização do trabalho dos artistas locais e grupos da cultura popular. Todas as programações são gratuitas, saiba mais no página do Facebook: https://www.facebook.com/ocupeapracamaceio/

Fonte: Coluna Axé – 398ª edição – Jornal Tribuna Independente (05 a 11/07/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com