terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Xangô Rezado Alto 2017

O dia 02 de fevereiro, é uma data marcante no Estado de Alagoas e exalta a luta por respeito e o combate à intolerância religiosa. São 105 anos do episódio nefasto conhecido por “Quebra de Xangô”, quando no ano de 1912, casas de culto afrorreligiosos de Maceió foram invadidas e destruídas; e os adeptos das religiões de matrizes africanas foram perseguidos e até mesmo mortos.

Em contraponto a esse momento violento e que muitos preferem esquecer, foi criado o projeto Xangô Rezado Alto, que visa alertar a sociedade e celebrar o trabalho sociocultural de vários segmentos afros que mantém vivas as heranças afro-brasileiras e o pertencimento étnico.

Nessa quinta-feira, a concentração será às 14h, na Praça Dom Pedro II (em frente à Assembleia Legislativa de Alagoas) no Centro de Maceió. Estarão reunidos integrantes de casas de axé de vários municípios, ativistas professores, pesquisadores e estudantes.

Dentre grupos afroculturais que se apresentarão em tablados instalados no Centro de Maceió e participarão do cortejo estão: Banda Afro Mandela, Afoxé Odô Iyá, Coletivo Afro Caeté, Maracatod@s, Maracatu Baque Alagoano, Rogério Dias, Grupo Themba, Banda Afro Afoxé, Maracatu Raízes da Tradição, Afoxé Povo de Exu, Afoxé Ofá Omin, Yá Capoeira, Grupo Afojubá, Orquestra de Tambores, Aiê Orum e Banda Afro Zumbi.

O Xangô Rezado Alto é uma realização da Prefeitura de Maceió, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), em parceria com a Rede Alagoana de Comunidades Tradicionais de Terreiro; onde conta com o apoio da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CONEPIR-AL). Prestigie!


Fonte: Coluna Axé – 428ª edição – Jornal Tribuna Independente (31/01 a 06/02/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Prévias carnavalescas

A capital alagoana, Maceió, é conhecida por suas belezas naturais, diversidade cultural e a expressiva quantidade de eventos que antecedem a maior festa popular brasileira. 

As prévias carnavalescas foram iniciadas no último domingo com o Carnaval Edécio Lopes na orla da Ponta Verde. Trata-se de uma iniciativa da Liga Carnavalesca de Maceió e o Governo de Alagoas, uma homenagem às comemorações do bicentenário da emancipação política do Estado.

Ao todo serão 12 dias de festa e desfiles por toda Maceió. Os blocos receberam apoio do Governo do Estado e já têm dias e horários estabelecidos.

Confira a programação: 28 de janeiro – Baile Vermelho e Preto (Jaraguá Tênis Clube); 29 de janeiro – Vem Ver a Banda Tocar Frevo| Banda Vulcão (Ponta Verde); 04 de fevereiro – Panelada da Rolinha (Ponta Verde); 10 de fevereiro – Baile de máscaras/Seresteiros da Pitanguinha (Centro de Convenções); 11 de fevereiro – Baile Verde e Branco (Iate Clube Pajussara); 12 de fevereiro – Vem Ver a Banda Tocar Frevo / Banda Vulcão (Ponta Verde); 12 de fevereiro – Baile infantil/Seresteiros da Pitanguinha (Centro de Convenções); 17 de fevereiro – Jaraguá Folia (Jaraguá) com a presença de vários blocos temáticos, inclusive, o retorno do bloco “Filhos da Pauta” formado por profissionais da Comunicação Social; 17 de fevereiro – Bloco Filhinhos da Mamãe (Museu Théo Brandão); 18 de fevereiro – Carnaval Nota 10 (Pajuçara/Ponta Verde) com orquestras de frevo, Samba de Nêgo, Sururu da lama, Pecinhas de Maceió, Turma da Rolinha, dentre outros blocos; 19 de fevereiro – Matinê de Carnaval (Iate Clube Pajussara); 19 de fevereiro – Vem Ver a Banda Tocar Frevo|Banda Vulcão (Ponta Verde); 25 de fevereiro – Bloco Filhinhos da Mamãe (Pajuçara/Ponta Verde); 26 de fevereiro – Bloco Nêga Fulô (Pajuçara/Ponta Verde); e 28 de fevereiro – Blocos Afros (Pajuçara/Ponta Verde).

É programação para todos os gostos, idades e recursos financeiros. Prestigie!


Edital
Encerram no dia 6 de fevereiro as inscrições para o “Prêmio Carnaval Bicentenário de Emancipação Política de Alagoas 2017”. Ao todo serão investidos R$ 200 mil em premiações para projetos de agremiações carnavalescas, que buscam reconhecer e contemplar as propostas que tenham como objetivo o fortalecimento e a democratização do carnaval de rua, valorizando as tradições e a participação das comunidades locais. Os prêmios serão distribuídos em categorias: cinco festas carnavalescas municipais; seis Escola de Samba/Maracatus/Afoxés; dois Eventos pré-carnavalescos, dez Blocos Tradicionais (Acima de 1 mil participantes) e dois Blocos Especiais (acima de 5 mil participantes). Confira o edital, formulários e documentações exigidas no site: http://www.cultura.al.gov.br/.


Fonte: Coluna Axé – 427ª edição – Jornal Tribuna Independente (24 a 30/01/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Carnaval Bicentenário

O Governo de Alagoas, por intermédio da Secretaria de Estado da Cultura, lançou  o edital aberto para inscrições no “Prêmio Carnaval Bicentenário de Emancipação Política de Alagoas 2017” que investirá R$ 200 mil em premiações. Busca-se reconhecer e contemplar as propostas que tenham como objetivo o fortalecimento e a democratização do carnaval de rua, valorizando as tradições e a participação das comunidades locais.

Serão concedidos 25 prêmios, distribuídos em categorias: cinco festas carnavalescas municipais; seis Escola de Samba/Maracatus/Afoxés; dois Eventos pré-carnavalescos, dez Blocos Tradicionais (Acima de 1 mil participantes) e dois Blocos Especiais (acima de 5 mil participantes). 

Os recursos devem ser destinados ao pagamento de cachê de orquestra e músicos, estandartes, adereços, camisetas e figurinos, estrutura física (som, palco, banheiros químicos, trios elétricos, etc) e produção.

A prioridade no processo seletivo são as manifestações carnavalescas que não cobrem ingressos, taxas de participação, camisetas e não esteja protegida por cordões de isolamento. E obrigatoriamente, deverão ter temas e enredos que ressaltem as comemorações do Bicentenário de Emancipação Política de Alagoas.

Outra regra importante, é que serão automaticamente desclassificados os projetos cujos proponentes tiverem sua atuação cultural vinculada às práticas de desrespeito às leis ambientais, às mulheres, crianças, aos jovens, idosos, afro-descendentes, povos indígenas, povos ciganos ou a outros povos e comunidades tradicionais, à população de baixa renda, às pessoas com deficiência, às lésbicas, aos gays, bissexuais, travestis e transexuais ou que expresse qualquer outra forma de preconceito ou de incentivo ao uso abusivo de álcool e outras drogas.

As inscrições são gratuitas e seguem até o dia 6 de fevereiro, confira o edital, formulários e documentações exigidas no site: http://www.cultura.al.gov.br/.


Fonte: Coluna Axé – 426ª edição – Jornal Tribuna Independente (17 a 23/01/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

domingo, 15 de janeiro de 2017

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Lei 10.639, cadê?

Nessa segunda-feira, 9 de janeiro, a Lei Federal 10.639 completou quatorze anos de aprovação. Surgiu com o objetivo de alterar a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira" em estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares.

O conteúdo programático deveria incluir o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. E teria que ser ministrada especialmente nas áreas de Educação Artística, Literatura e História Brasileira. Porém, independente da sua importância e pressão das organizações do Movimento Social Negro em todo território nacional, as ações são executadas prioritariamente nas datas temáticas e em iniciativas isoladas de docentes.

Para a professora emérita da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva – integrante da comissão que elaborou o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) para as diretrizes curriculares da proposta – é preciso que a Lei seja uma política das escolas, e que esta disciplina conste no plano político-pedagógico das instituições. “O que temos que fazer é a avaliação da formação dos professores e também dos princípios que cada professor leva para sua docência: que tipo de projeto de sociedade cada professor está construindo. Os professores que lutam por uma sociedade democrática e igualitária evidentemente estão empenhados em trabalhar a educação das relações étnico-raciais por meio da cultura e história dos afro-brasileiros e africanos, bem como dos povos indígenas durante todo o ano”, declarou em entrevista ao Brasil de Fato.

Também é importante destacar ações louváveis que devem ser multiplicadas: concurso de redação e poesias, exposições, feira de conhecimentos, festivais, desfile afro, apresentações culturais, visitas em museus e centros afros, dentre outros. 

Trata-se de um instrumento importante para a formação sociocultural; combate da discriminação e o preconceito racial; reflexão sobre a intolerância religiosa; além de contribuir para o pertencimento étnico e autoestima de crianças e jovens negros(as).


Fonte:  Coluna Axé – 425ª edição – Jornal Tribuna Independente (10 a 16/01/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

XVI Lavagem do Bomfim

Nesse domingo, 8 de janeiro, as representações das comunidades tradicionais de matriz afro brasileira, ativistas e admiradores estão convidados(as) a participar da Lavagem do Bomfim em Alagoas.

A cerimônia ancestral é realizada anualmente e existe há 16 anos em Maceió, trata-se de um momento de purificação e que exalta Oxalá – associado à criação do mundo e da espécie humana, simboliza a paz, sendo cultuado como o maior e mais respeitado de todos os orixás do panteão africano – onde utiliza-se a água como elemento transformador para a renovação das energias.

Na ocasião, os adeptos utilizam diversos elementos: água da chuva, folhas de diversas ervas e perfume para confeccionar as águas de cheiro e saem em cortejo pelas ruas da cidade para limpar os ambientes e pedir proteção no ano que se inicia.

A concentração será às 15h, no Largo São João (1ª entrada à esquerda no início da ladeira do bairro do Jacintinho), com destino à Igreja Senhor do Bomfim no bairro do Poço, onde acontecerá a lavagem do pátio; posteriormente todos seguirão até à Casa de Iemanjá/O Templo dos Orixás localizada no bairro da Ponta da Terra. Neste ano será produzido um vídeo documentário, com recursos conquistados no Prêmio do Ministério da Cultura – Fundação Cultural Palmares (Minc/FCP).

O cortejo terá a participação efetiva de diversas casas de axé com caravanas oriundas de Maceió, Atalaia, Cajueiro, Marechal Deodoro e Coruripe. Na batida do Ijexá e na cadência dos atabaques, estarão diversos grupos culturais: Afoxé Oju Omin Omorewá, Afoxé Ofá Omin, Grupo Ara Funfun Omangerê, Banda Afro Afoxé, Banda Afro Zumbi, Maracatu Raízes da Tradição, Coletivo Afro Caeté e o Afoxé Odô Iyá (o pioneiro nessa atividade).

Participe, vista-se de branco para clamar a paz e o respeito, além de exaltar a luta contra a intolerância religiosa.


Fonte: Coluna Axé – 424ª edição – Jornal Tribuna Independente (03 a 09/01/17) / COJIRAL-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com