terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Direitos Humanos

 A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) completou 69 anos de implantação no último dia 10 de dezembro. Trata-se do documento marco que determina os direitos humanos básicos, adotado e proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A III) no ano de 1948, sendo esboçado principalmente pelo canadense John Peters Humphrey, com a ajuda de representantes de diferentes origens jurídicas e culturais de todas as regiões do mundo.

Embora não tenha uma obrigatoriedade legal, foi traduzido em mais de 500 idiomas e inspirou as constituições de muitos Estados e democracias recentes. Visa definir “como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição”.

De acordo com o chefe de direitos humanos da ONU, Zeid Ra’ad Al Hussein, a universalidade de direitos está sendo contestada em boa parte do mundo e tem enfrentado intenso ataque por parte de terroristas, líderes autoritários e populistas que parecem querer sacrificar os direitos dos outros em benefício do poder. “A Declaração Universal foi elaborada por um mundo ferido pela guerra, o remédio prescrito pelos Estados para inocular suas populações contra seus piores instintos e omissões. “Essa consciência parece estar se evaporando em ritmo alarmante, e o enorme progresso alcançado através da promulgação progressiva dos princípios de direitos humanos, (…) está sendo cada vez mais esquecido ou deliberadamente ignorado”, disse Zeid.

No Estado de Alagoas, a data foi lembrada com a realização de uma audiência pública na Câmara Municipal de Maceió nesta segunda-feira com a participação do Juiz Marcelo Tadeu Lemos e do Dr. Ricardo Soares Moraes, que respectivamente, discutiram os temas “Direitos Humanos, uma questão além da ideologia” e “Direitos Humanos e segurança pública: uma parceria indissociável”. Já na quinta-feira(14) às 14h, no antigo auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – Praça Monte Pio, no Centro em Maceió – terá o Encontro Estadual de Direitos Humanos. A atividade é uma realização da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh), o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos e a Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL.

A Declaração foi elaborada para proteger não apenas os direitos civis e políticos, mas também sociais, econômicos e culturais; e o desafio é difundir que não há desenvolvimento sem direitos humanos. A luta por um futuro melhor, com respeito à dignidade humana sempre continua!



Fonte: Coluna Axé – 471ª edição – Jornal Tribuna Independente (12 a 18/12/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Mulheres negras e igualdade

As organizações da sociedade civil de mulheres negras brasileiras realizarão rodas de diálogos “Mulheres Negras Para um Planeta 50-50: O que queremos em 2030?”, de 5 a 16 de dezembro, em cinco capitais brasileiras (Salvador/BA; Maceió/AL, Recife/PE, Porto Alegre/RS e Rio de Janeiro/RJ).

Em Maceió, a atividade será realizada nessa quarta-feira, 06 de dezembro, das 14hs às 17hs, no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), situada na Rua Dr. José Porciúncula, 121, bairro Farol, e contará com representações de entidades da sociedade civil que defendem os direitos das mulheres negras. A organização local é da Rede Alagoana de Mulheres Negras e acontecerá em parceria com a ONU Mulheres, em cumprimento da Agenda de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, como uma condição para o alcance de um Planeta 50-50 em 2030.

As atividades serão realizadas no âmbito dos 16 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e Dia Internacional dos Direitos Humanos; e o objetivo é garantir que as organizações do movimento de mulheres negras possam discutir entre si estratégias e identificar ações, a serem realizadas numa parceria com o Sistema ONU no Brasil, para o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

De acordo com o “Mapa da Violência 2015: Homicídios de Mulheres no Brasil”, realizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FlACSO), o assassinato de mulheres negras aumentou 54% nos últimos dez anos, de 1.864 (2003) para 2.875 (2013). Neste mesmo período o número de homicídios que vitimou mulheres brancas reduziu 10%, de 1.747 para 1.576. O Brasil ocupa a incômoda 5ª posição em ranking global de homicídios de mulheres, entre 83 países elencados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2013, a taxa de mortes por assassinato de mulheres no Brasil, para cada 100 mil habitantes foi de 4,8 casos; uma média mundial de dois casos; e foram 4.762 mulheres mortas violentamente no país naquele ano: 13 vítimas fatais por dia.

Nos cinco estados que serão realizados, estão sendo organizados pelo Odara em parceria com a Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), a Rede de Mulheres Negras do Nordeste, e organizações locais, com apoio institucional da ONU Mulheres Brasil e deverá produzir um documento que vai revelar novas metas para a Localização dos ODS no Manifesto da Marcha das Mulheres Negras Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver 2014, elaborado pela ONU Mulheres Brasil, compreendendo necessidades das mulheres negras que ainda não foram identificadas nos ODS.

Além de servir para que as ativistas possam realizar uma análise da conjuntura política e social do Brasil em 2018, constituindo também um espaço para que discutam nos seus estados quais resultados esperam para o empoderamento econômico, social e político e garantia do bem viver das mulheres negras brasileiras até 2030.



Fonte: Coluna Axé – 470ª edição – Jornal Tribuna Independente (05 a 11/12/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Cojira-AL: 10 anos

No próximo dia 24 de novembro, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-AL) completa dez anos de fundação e atuação no Estado de Alagoas. É vinculada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal) e foi o primeiro núcleo do Nordeste a trabalhar as questões étnicorraciais no movimento sindical da categoria.

Também existem cojiras nos estados da Bahia, Distrito Federal, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo e o Núcleo de Comunicadores Afro-Brasileiros do Rio Grande do Sul – juntos, formam a Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Étnicorracial (Conajira) que é um órgão consultor da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj).

Porém, Alagoas destaca-se na interlocução entre o movimento social negro e a mídia alagoana, facilitando o repasse das informações e na indicação de entrevistados e entrevistadas sobre as questões étnicorraciais; contribui para a reflexão sobre a realidade da população afrodescendente durante todo ano; divulga as ações político-culturais e eventos dos segmentos afros; além de promover debates e participar de palestras sobre o papel da mídia no combate do racismo, o discurso de ódio, à intolerância e outras formas de intolerância.

Dentre as ferramentas de trabalho, estão: o blog www.cojira-al.blogspot.com.br e a Coluna Axé publicada semanalmente no jornal Tribuna Independente desde 2008. Também exerce um papel importante no controle social e defesa das políticas públicas, com atuação marcante por duas gestões, no Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir-AL).

É motivo para se orgulhar e festejar, mas, ainda há muito o que fazer! Os desafios continuam... que venham mais dez anos. Axé!


Fonte: Coluna Axé – 468ª edição – Jornal Tribuna Independente (22 a 27/11/17) / Cojira-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Vamos subir a Serra

A programação do mês da consciência negra começou com força em Alagoas, repleta de atividades que promovem a reflexão sobre o episódio histórico da luta por liberdade e dignidade no Quilombo dos Palmares; além da valorização da cultura e história afro-brasileira, o combate ao racismo. De 15 a 19 de novembro de 2017, a orla da Pajuçara em Maceió, será palco de um encontro educativo, cultural, político-econômico-social e histórico, com o projeto/evento Vamos Subir a Serra!

Trata-se de uma realização do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, entidade vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs), em parceria com a Núcleo Zero e gestão de Simone Benchimol; e conta com o patrocínio do Sebrae, da Braskem e da Federação das Indústrias de Alagoas (FIEA), além da parceria da Prefeitura de Maceió, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural e do governo federal, através da Fundação Cultural Palmares.

A finalidade é fomentar e evidenciar as potencialidades do povo negro através de eventos simultâneos com a temática étnico-racial, tais como: feira de produtos afros-quilombolas, ciclo de palestras com nomes de referência local e nacional, tendo como foco o empreendedorismo afro, pertencimento étnico, turismo étnico, empoderamento da mulher negra e a Serra da Barriga como marco fundante.

As oficinas possuem inscrições gratuitas (uma hora antes) com 40 vagas: a primeira acontecerá nessa quarta-feira(15) das 8h às 10hs com o tema: Empoderando, embelezando, glorificando as mulheres com o uso de turbantes – “Seu turbante, sua coroa”, ministrada por Lucélia Tayná; em seguida, das 10h30 às 12h30, será a vez da Oficina Bate cachos – corte a seco ao vivo e tudo sobre cuidados em casa, com Tamires Melo; no dia 16 de novembro, quinta-feira, das 8h às 12h30. Neste dia, a primeira abordará o tema Marketing pessoal – “Você é o seu melhor produto”, com o jornalista e psicólogo Carlos Gonçalves e a participação de Yalla Barros, profissional de estética negra. Das 10h30 às 12h30, será a vez da oficina Empreendedorismo e Produção Cultural, tendo como oficineiro Jonathan Santos Silva, administrador de empresas e coordenador do Cenafro.

Também terá cine-fórum, performances artísticas culturais; o Fala Preta #tireavendadoracismo no dia 15 a partir das 14hs, seguido do desfile Afro-in com a apresentação da cantora Mel Nascimento; e uma viagem pela história do Quilombo dos Palmares, em visitação no dia 18 à Serra da Barriga, em União dos Palmares. Todos os participantes terão direito a certificado online.

A entrada é gratuita, das 8h às 22h, prestigie! Mais informações: (82) 99999-1301 / 98878-7484 / anajo.vamossubiraserra@gmail.com. Acompanhe a página: https://www.facebook.com/vamosSubiraSerra/


Formação
No evento Vamos Subir a Serra! terá uma edição especial do projeto Tambor Falante na quinta-feira(16) às 16h com o tema Pertencimento Étnico, com a participação de Lepê Correia (foto): Psicólogo, Educador e Pesquisador de culturas e tradições afros e brasileiras; Mestre em Literatura e Interculturalidade; Doutorando em Literatura e Interculturalidade. Também foram convidados como palestrantes nacionais: Érico Brás (ator, cantor e humorista) que falará sobre “Mídia e Racismo” no dia 16 às 19h; e Kênia Maria (atriz, escritora e roteirista, nomeada Defensora dos Direitos das Mulheres Negras pela ONU Mulheres) que abordará no dia 17 às 16h, o tema “Empoderamento da mulher negra”. (Crédito da foto: Divulgação)


Fonte: Coluna Axé – 467ª edição – Jornal Tribuna Independente (14 a 20/11/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Relatório sobre violência religiosa

No último dia 26 de outubro ocorreu o 2º Seminário Estadual Consciência Negra e Diversidades, no Espaço Linda Mascarenhas em Maceió, com o tema “Intolerância e Violência Religiosa”. Uma iniciativa da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos em parceria com o Conselho Estadual de Promoção de Igualdade Racial (Conepir/AL).

A atividade contou com a presença de Andréa Guimarães – Consultora da Unesco – representante do projeto de fortalecimento das instâncias de participação social para a promoção do respeito à diversidade religiosa, nos estados e Distrito Federal. 

Na ocasião, foram apresentados os dados do Relatório Nacional de Intolerância e Violência Religiosa no Brasil (2011-2015), que possui 975 casos identificados, sendo 45% registrados em jornais, 41% em ouvidorias e 17% em processos judiciais; equivalente a dois casos por dia no período de cinco anos. Atualmente, a principal ferramenta de controle e registro de dados oficiais é pelo Disk 100, que de forma gratuita e sem expor a vítima, é disponível para todo o território nacional. 

Segundo a palestrante essa foi a décima visita oficial para o repasse das informações para alertar sobre os casos de intolerância religiosa, que ao serem denunciados normalmente são enquadradas como injúria ou são arquivadas. “A intolerância religiosa no Brasil é democrática, existe em todos os estados e atinge todas as religiões. É uma questão de calamidade pública, e também se enquadra como terrorismo. As pessoas normalmente não denunciam os casos de violência religiosa, primeiro porque não conhecem seus direitos; segundo, porque têm medo; e terceiro, porque não reconhecem esse sistema de justiça como legítimo”, exaltou Andréa.

O evento contou com a participação da Secretária de Estado da Mulher e Direitos Humanos, Claudia Simões; estudantes, professores, sindicalistas; conselheiros estaduais (mulher, LGBT direitos humanos); além de vários religiosos (matriz africana, católicos, evangélicos, mórmons espíritas e adeptos do Ayuascha) e agnósticos.

Na sexta-feira (27.10), no auditório do Iteral, foi a vez do “Diálogos com o CONEPIR” junto aos demais segmentos da sociedade civil e foi discutida a necessidade da inclusão dos relatos dos casos existentes em Alagoas e defendeu-se a realização de mais um encontro, com data prevista para o dia 11 de dezembro, para discutir a criação de um Fórum Interreligioso pela Cultura de Paz.


Fonte: Coluna Axé – 465ª edição – Jornal Tribuna Independente (31/10 a 06/11/17) / COJIRA/AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Espetáculo Saravá

O Grupo Trajes, Comédia e Cia encontra-se com o espetáculo de dança Saravá, que homenageia as tradições da religiosidade afro-brasileira. O circuito de apresentações começou no início deste mês, percorrendo vários espaços a exemplo do Ponto de Cultura Ponto de Luz em Arapiraca e o campus do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) no município de Palmeira dos Índios. 

Os dançarinos representam a arte encontrada a partir dos movimentos do orixá Oxumaré, a montagem é baseada na religião matriz africana e apresenta também elementos da cultura indígena, fazendo uma fusão de simbologias a partir da dramaturgia corporal. É encenado pelos intérpretes criadores Denis Angola (que também faz a direção artística), Alexandrëa Constantino e Jailton Oliveira, e ainda, conta com a participação do músico Izaias Chico. 

O Saravá foi contemplado no Edital das Artes Eris Maximiano, promovido pela Prefeitura de Maceió, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac); a estreia e circulação são a terceira e última etapa do projeto, que surgiu da necessidade de falar da temática afro, apresentando uma dança mais contemporânea. 

O produtor Denis Angola revela que a montagem do espetáculo foi finalizada após um longo período de pesquisa, oficinas de dança e ensaios: “É uma composição feita a partir de estudos de campo, experimentos de movimentação, cor e musicalidade”, declarou. 

Nesta quarta-feira(25.10), a partir das 19h30, será a vez de apresentar as belezas e riquezas da cultura negra no palco do Teatro Deodoro durante a programação do projeto Teatro Deodoro é o Maior Barato. O ingresso custa R$20 (inteira) e R$ 10 (meia entrada), e pode ser comprado na bilheteria do teatro, que abre às 14h, e pelo internet sem cobrança de taxa extra pelo link http://www.compreingressos.com/…/8760-sarava-trajes-comedia…. 

Lembrando que a classificação etária é de 14 anos. Prestigie!


Fonte: Coluna Axé – 464ª edição – Jornal Tribuna Independente (24 a 30/10/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Empreendedorismo

De 18 a 20 de outubro, no Centro de Convenções de Maceió localizado no bairro histórico do Jaraguá, terá a 8ª Feira do Empreendedor de Alagoas. 

Esse é um dos maiores eventos de empreendedorismo do Sistema Sebrae, que busca promover os produtos e serviços, dos patrocinadores, parceiros e expositores de várias franquias, ajudando a promover e a ampliar a carteira de clientes de todas as partes interessadas. 

A programação é composta por oficinas, palestras, mesa redonda, workshop, exposição, sessão de negócios; orientações sobre o Acesso a Crédito com o Banco do Brasil e Banco do Nordeste; Rodada de negócios multissetoriais; Momento do Empresário; Talk Show Troco Likes – Redes Sociais para Alavancar seu Negócio; além de apresentações musicais. 

Dentre as palestras destaques estão: “Os Impactos da Reforma Trabalhista para as Micro e Pequenas Empresas” com o palestrante Nélio de Souza (AB & DF ADVOCACIA)”, amanhã (18) às 16h30 na sala 3; e no dia 19, o tema “Cenário Econômico do Brasil: Impactos para as Empresas do Nordeste” às 19h30, no Espaço Criatividade em Ação, com o palestrante Luiz Barreto (Ex Presidente do Sebrae). Também serão discutidos: Vantagens da Formalização para o Micro Empreendedor Individual (MEI), Líder Coach, Educação Financeira, Marketing Digital para Pequenos Negócios, Posicionamento da marca nas Redes Sociais, Economia Sustentável, Registro de Marcas e Patentes, dentre outros. 

É um grande momento para aprofundar conhecimentos, despertar ideias, fortalecer os negócios e ampliar a geração de renda. Todas as atividades são gratuita, mas é importante fazer a inscrição antecipada no site: http://feiradoempreendedor.al.sebrae.com.br/. Participe!


Fonte: Coluna Axé – 463ª edição – Jornal Tribuna Independente (17 a 16/10/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Mestrado sobre quilombolas

O Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) recebeu a visita do Prof. Dr. Edmundo Accioly, orientador do acadêmico Jonathan Silva, que buscou o apoio institucional para a tese de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (PROFNIT) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

O diretor-presidente do Órgão de Terras, Jaime Silva, e a Assessora Técnica dos Núcleos Quilombolas e Indígenas, Leone Silva, ouviram atentamente a proposta, e destacaram que todas as ações voltadas à autoestima e desenvolvimento socioeconômico são bem vindas. Também foram convocados para dar suporte nas informações: Edenilsa Lima Chagas, Gerente de Articulação Social do Gabinete Civil e Francis Hurst, supervisor de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas (Sedetur).

O objetivo é mapear as oportunidades de negócios através de produtos e serviços porventura existentes em comunidades remanescentes de quilombo do Estado de Alagoas; e também serão ministradas palestras sobre empreendedorismo afro para as lideranças quilombolas e juventude. 

De acordo com Jonathan Silva: “O grande diferencial deste trabalho é poder trazer a questão da inovação para dentro dos quilombos. Quando trabalhamos na perspectiva de indicações geográficas estamos trabalhando com conceitos de desenvolvimento sustentável, tecnologias sociais, além da propriedade intelectual. Eu vejo que as comunidades têm muito a ganhar, pois estaremos reconhecendo os produtos com notoriedade e tradição. Para o Iteral, permitirá que as ações sejam articuladas e mais planejadas. Se outros órgãos do Governo puderem estar presentes, darão maior proporção, e será algo muito rico para o Estado de Alagoas”, exaltou.

Dentre as propostas para a produção final, encontram-se: criação de um catálogo, publicação do documento técnico para novas pesquisas, identificação das comunidades aptas a participarem das feiras agrárias e a criação de um selo de reconhecimento quilombola. Atualmente, existem 69 comunidades certificadas no Estado de Alagoas e espalhadas em 36 municípios.

Esperamos que o conteúdo científico contribua para a mudança de realidades, de forma positiva, e traga mais valorização para esse povo tão sofrido. Axé!


Fonte: Coluna Axé – 462ª edição – Jornal Tribuna Independente (10 a 16/10/17) / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Bienal do livro - 2017

Começou o maior evento literário no Estado de Alagoas, a Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que encontra-se na oitava edição. O evento segue até o dia 8 de outubro, com livros e programações para todas as idades: oficinas, contação de histórias, lançamentos de livro, apresentações culturais, roda de conversas, sessão de autógrafos com escritores, palestras, encontro de cordelistas, mostra audiovisual, exposições em estandes variados e até espaço para a troca de livros.

Em relação às atividades com foco nas questões étnicorraciais, destacam-se o Fórum Mestre Zumba, Cine Axé e apresentação de dança de rua. Nessa quarta-feira(4) na Sala Tamarindo das 10h30 às 12h, terá o Espetáculo teatral A saga de Zumbi dos Palmares - Grupo Teatro Cyro Accioly; e às 19h no auditório A, terá a Roda de conversa: Fala Preta! Promovido pelo Instituto Feminista Jarede Viana, que contará com as palestrantes: Ana Pereira, Regina Lopes e Vilma Reis.

Na quinta(5), a partir das 10h no auditório A, acontecerá a 1ª (Des)conferência Zumbi e Maninha Xukuru-Kariri: os rumos das relações étnico-raciais; às 19h na Sala Ipioca, o Fórum Reinventando Alagoas: Mostra Sururu de Cinema Alagoano (O Juremeiro de Xangô; Exu - Além do Bem e do Mal; Jangada de Pau; Ponto das Ervas; Barro do Muquém; Mwnay); na Sala Umbu, das 19h às 22h, terá a palestra “Invisibilidade Negra” com Éric Pascoal. No dia 7 de outubro, das 10h às 12h, na sala Siriguela, as oficinas de Dança: Break (Nego Love), Hip Hop Dance (Fagner Rosendo), House dance (Djamerson – Dja), Street Dance (Bruno e Ataíde - Taíde).

No Brasil, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) é a única universidade que planeja, promove e realiza uma Bienal do Livro – evento cultural, literário e social – que é coordenada pela Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal) e foi incorporada ao calendário nacional deste segmento.

Nesse ano, a Bienal do livro tem como tema o Bicentenário da Emancipação Política de Alagoas (1817-2017), e o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, promoverá o lançamento do livro “Bicentenário em prosa”, com textos de escritores alagoanos e a apresentação do Governador Renan Filho – no estante da Secult, às 16h, no dia 6 de outubro.

Para mais informações, acesse o site oficial: http://bienaldolivroal.com.br/. Entrada gratuita!


Fonte: Coluna Axé – 461ª edição – Jornal Tribuna Independente (03 a 09/10/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Alagoas: 200 anos

O Estado de Alagoas celebrou no último sábado, 16 de setembro, 200 anos de Emancipação Política, histórias e conquistas.

Constantemente lembrado pelas paisagens paradisíacas do litoral ao sertão; riqueza gastronômica; cidades tombadas e territórios reconhecidos como patrimônios mundiais a exemplo da Serra da Barriga onde se articulou o maior quilombo de resistência e luta por liberdade tendo como grande líder negro Zumbi dos Palmares.

Infelizmente, também, é muitas vezes hostilizado na grande mídia diante dos casos de corrupção e atuação dos representantes políticos; o analfabetismo; o caos nos serviços públicos e os índices alarmantes de violência, especialmente, contra a juventude. Porém, o grande potencial deste Estado encontra-se no seu próprio povo, que é trabalhador, alegre e acolhedor.

E não podemos esquecer da diversidade cultural, sendo detentor do maior número de manifestações folclóricas com vários folguedos e danças; além dos ícones nacionais na música, literatura, artes, esportes e nas áreas do conhecimento, como: Graciliano Ramos, Aurélio Buarque de Holanda, Lêdo Ivo, Théo Brandão, Djavan, Hermeto Pascoal, Nise da Silveira, Kaká Diegues, Linda Mascarenhas, Marta Vieira da Silva, entre outros.

Desejamos uma nova Alagoas, com mais oportunidades, economia forte e justiça social. Para isso, é necessário conhecer mais a nossa terra, valorizar as raízes e continuar lutando por políticas públicas! Axé!


Fonte: Coluna Axé – 459ª edição – Jornal Tribuna Independente (19 a 25/09/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Cabelos enrolados...

Meu cabelo enrolado, todos querem imitar, eles estão baratinados, também querem enrolar... A canção foi escrita por Macau na década de 1970, consagrada na voz da cantora Sandra de Sá é considerada um símbolo do orgulho negro e uma das mais conhecidas na música popular brasileira.

Já foi o tempo que os cabelos cacheados, crespos e ondulados eram considerados feios, sujos, bagunçados e outros inúmeros estereótipos negativos. Os conceitos se inverteram, virou tendência, e ampliou-se o interesse por esse tipo de beleza natural.

Atualmente, a busca por informações sobre os cabelos cacheados no Google ultrapassou a pesquisa por cabelos lisos. De acordo com o levantamento realizado pelo Google BrandLab, indica que a procura por dicas relacionadas aos cachos cresceu 232%; outro número animador são as buscas sobre transição capilar - procedimento em que a mulher retira a química dos cabelos com um grande corte para assumir seus cachos - subiu 55%, em dois anos.

Esse tipo de cabelo é volumoso, bastante frágil e assimétrico, porém, os/as especialistas de plantão afirmam que existem pelo menos dez versões para a estrutura dos fios: Tipo 2 - Cabelo ondulado: não é realmente cacheado, mas ondulações variam de leves a intensas e os fios nascem em "S"; 2A: é o cabelo levemente ondulado, fácil de mexer, inclusive de alisar ou enrolar; 2B: Nesse tipo de cabelo, as ondas se formam em todo o cabelo como se fossem uma letra S, é um poucos mais difícil de modelar; 2C: As ondas são bem definidas e apresentam mais volume; Tipo 3 – Cabelo Cacheado: cachos bem definidos; 3A: os cachos são grandes e abertos; 3B: Cachos menores e mais bem definidos, os fios são mais ásperos ao toque; 3C: O fio é mais grosso, praticamente crespo, e os cachos são bem apertados (têm a circunferência aproximada de um lápis), ressecados e armam com facilidade; Tipo 4 – Cabelo Crespo: os fios são mais rijos e ásperos e crescem paralelamente à raiz; 4A: O diâmetro desse cacho é próximo à uma agulha de crochê e retém melhor a umidade; 4B: tem características parecidas com o 4A, mas a mecha esticada é angulosa e fica em forma de "Z", e ainda, pode encolher em até 75% do tamanho natural; 4C: os fios parecem crescer para cima e ele também pode encolher em até 75% do tamanho natural. 

Para atender toda essa diversidade, as indústrias de cosméticos estão investindo em linhas específicas de shampoo, condicionador, cremes e óleos de hidratação, cremes de pentear para modelar os cachos, ampliar ou controlar o volume, reduz o frizz, proporcionar o efeito molhado, etc e tal. 

Nas redes sociais, são cada vez mais frequentes os grupos de amizade para pessoas que possuam esse tipo de cabelo ou simplesmente querem compartilhar receitas caseiras de tratamento, tutoriais de penteados, dicas no combate do ressecamento e informações sobre os maiores erros nos cuidados como pentear os cabelos quando estão secos danifica a estrutura dos fios e o fato de mantê-los presos o dia todo favorece a quebra.

O que pode parecer modismo ou futilidade, na verdade, transformou-se em sinônimo de pertencimento étnico, autoestima e empoderamento feminino.


Fonte: Coluna Axé – 458ª edição – Jornal Tribuna Independente (12 a 18/09/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Grito dos Excluíd@s 2017

No dia 7 de setembro, em contraponto ao Dia da Independência do Brasil, terá mais a 23ª edição do Grito dos/as Excluídos/as em Maceió. A concentração está marcada para às 9 horas, na Praça Sinimbu. 

A ação busca chamar a atenção da sociedade e do Poder Público sobre as injustiças e a exclusão social, sendo organizada por lideranças de vários movimentos sociais e as pastorais sociais da Igreja Católica.

Neste ano, os trabalhadores do campo e da cidade refletem sobre o tema “Vida em Primeiro Lugar” e o lema “Por direitos e democracia, a luta é todo dia”; a marcha ocorrerá na Avenida da Paz, perfazendo o mesmo trajeto do desfile militar, e retornará à Praça Sinimbu. A expectativa é que a atividade reúna de 1500 a 2 mil pessoas, agregando diversos movimentos que lutam contra as injustiças.

Com este chamado, os movimentos pretendem denunciar a exclusão provocada pelas reformas do governo Temer, a privatização do patrimônio nacional e a consolidação do golpe contra a classe trabalhadora. Em Alagoas, também denunciarão a privatização do Governo Renan e os assassinatos da população de rua, negra, pobre e periférica.

O Grito dos Excluídos/as surgiu no Brasil, em 1994, e se consolidou como um espaço sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. E o objetivo é valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor, construindo ações a fim de fortalecer e mobilizar pessoas para atuar nas lutas populares e denunciar as injustiças e os males causados por este modelo econômico liberal e excludente, ocupando ruas e praças por liberdade e direitos.


Fonte: Coluna Axé – 457ª edição – Jornal Tribuna Independente (05 a 11/09/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Feira das Margaridas

Pela primeira vez em Maceió, terá a Feira das Margaridas do Crédito Fundiário nos dias 30 e 31 de agosto e 1º de setembro, na Praça da Faculdade, das 6h às 22h. 

A atividade é uma realização do Governo de Alagoas por meio do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) com o apoio da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Alagoas (Fetag) e do Instituto de Capacitação, Extensão, Formação e ATER (ICEFA). 

Participarão agricultores familiares das unidades produtivas do crédito fundiário e assentados da reforma agrária (convidados), que comercializarão produtos como: frutas, tubérculos, hortaliças, verduras, legumes, artesanato, animais; além de doces caseiros, pimenta e ovos de capoeira. O público poderá conferir a casa de farinha, restaurante camponês, espaço para exposição e palestras. 

As feirantes e o público em geral poderão conferir a palestra “Quebrando o silêncio” no dia 30 às 15h30, ministrada por Hylza Torres, Promotora de Justiça e Coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher do Ministério Público Estadual (MPE/AL). 

Na programação cultural, terá o Espetáculo “Thallita canta Gonzaga” no dia 30 a partir das 18h; na quarta-feira(31) às 19h, o bingo seguido da apresentação de Lula Sabiá e Banda; e na sexta-feira (01.09), o show de Guga do Acordeon e Banda; e no encerramento Xameguinho e Banda. 

A ação integra o "Agosto Lilás" – campanha estadual de conscientização sobre a violência contra a mulher – e ainda é uma referência à Margarida Alves, sindicalista rural assassinada no dia 12 de agosto de 1983 em Alagoa Grande (PB), considerada um símbolo na luta pelos direitos dos trabalhadores rurais no Brasil e inspiração para a Marcha das Margaridas criada em 2000. 

Esse é mais um momento para o fortalecimento da agricultura familiar, e ainda, enaltece a mulher enquanto protagonista no processo produtivo do Programa Nacional do Crédito Fundiário (PNCF). Entrada franca! Prestigie!

Fonte: Coluna Axé – 456ª edição – Jornal Tribuna Independente (29/08 a 04/09/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato:cojira.al@gmail.com

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Agosto popular

Para enaltecer as manifestações culturais e sua diversidade no Estado de Alagoas, além da importância dos mestres populares na perpetuação do saber, a Articulação da Cultura Popular e Afroalagoana promove mais uma edição do projeto Agosto Popular.

A programação foi iniciada no sábado(19) sob a coordenação do grupo Cepa Quilombo no bairro do Jacintinho, com o debate sobre “A cultura popular e afro-brasileira como instrumento de inclusão social” e a apresentação de coco de roda, rap, capoeira e a banda Afro Zumbi. No domingo, foi a vez da Casa 31 no Santo Eduardo com o debate “Arte como ato político” seguido de várias apresentações e exposição. Nessa sexta-feira(25), no Quintal Cultural localizado no bairro do Bom Parto, terá a partir das 16h o debate sobre “Cultura e Direitos Humanos no combate à violência contra a mulher e juventude”; e as apresentações do grupo Afro Dendê, o grupo de capoeira Engenho Velho, o coletivo de hip hop ‘Noís q faiz’ e os grupos de dança ‘Oz Deuzes do Guetho’ e ‘Escoteiros da Cidadania’.

No dia 26, o Coletivo AfroCaeté coordena a atividade no bairro histórico do Jaraguá às 15h, com o debate “Folclore, Cultura Popular e Negritude” e apresentações do grupo de dança Àfojubá, a literatura de cordel do Mestre Jorge Calheiros e o batuque do coletivo. 

E no domingo, 27 de agosto, a programação acontecerá na Praça Santa Teresa no bairro da Ponta Grossa a partir das 16h com as apresentações artísticas: Grupo Erê, Grupo Ginga Brasil, Afoxé Ofáomin, Fanfarra da Escola Edson Bernardes, Coletivo AfroCaeté, Bumba Meu Boi, Rogério Dyaz e a Trincheira, Afro Afoxé, Bateria da Escola de samba Girassol, Afoxé Okê Arô e Roda de RAP (Sakura e convidados).

Todas as ações também fazem alusão ao Dia do Folclore, celebrado em todo o país no dia 22 de agosto, que foi instituído por meio do Decreto de Lei nº 56.747, de 17 de agosto de 1965, aprovado pelo Congresso Nacional. Prestigie!



Fonte: 455ª edição – Jornal Tribuna Independente (22 a 28/07/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Thallita canta Gonzaga

O Espetáculo “Thallita canta Gonzaga” é uma iniciativa do Projeto Thalita, que reúne no palco música, teatro e muita emoção. 

Com duração de aproximadamente 1h, o espetáculo possui aproximadamente 60 artistas, crianças do projeto e convidados, que despertam uma viagem à cultura nordestina e ainda homenageia o Rei do Baião Luiz Gonzaga.

Serão interpretadas nove canções: Vida de Viajante, Luar do Sertão, Xote das Meninas, Xote Ecológico, Que nem jiló, ABC do Sertão, Asa Branca, Rei Bantu e Ave Maria Sertaneja.

A primeira apresentação será nessa quinta-feira, 17 de agosto, no Teatro Deodoro em Maceió, a partir das 19hs e o ingresso é apenas 1kg de alimento não perecível. O ciclo de apresentações continuará no dia 22 de setembro no Sesc Centro; 06 de outubro, no Teatro Linda Mascarenhas; e 28 de outubro no Sesc Poço.

O projeto Thalita pertence à “Associação Esperança e Vida” é uma organização não governamental com finalidade jurídica o desenvolvimento de ações socioeducativas e culturais. Fundada no dia 9 de março de 1996 possui atualmente 150 famílias assistidas com várias ações, dentre elas: oficinas de canto, flauta doce, teatro, reforço educacional, informática, cursos profissionalizantes, formação e apoio psicológico à família e comunidade; além da realização de palestras a exemplo dos direitos da crianças e combate da exploração infantil, atividades de recreação, visita a museus e ao parque municipal ecológico.

A instituição está localizada na Av. Djalma Fragoso de Alencar, 15, Petropolis, Maceió. Contato: (82) 3328-9333 / projetothallita@ibest.com.br. Prestigie!


Fonte: Coluna Axé – 454ª edição – Jornal Tribuna Independente (15 a 21/07/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Quilombos ameaçados

Em agosto, o futuro de milhões de quilombolas será decidido no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Desde 2004, o Partido Democratas (DEM) entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF, questionando o decreto 4887/2003 que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”. 

Essas comunidades são grupos étnico-raciais, segundo critérios de auto-atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida. Lembrando que cabe ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a regulamentação dos procedimentos administrativos para identificação, medição e demarcação das terras. E a Fundação Cultural Palmares/Ministério da Cultura deverá instruir o processo para fins de registro ou tombamento e zelar pelo acautelamento e preservação do patrimônio cultural brasileiro. 

O julgamento será retomado no dia 16 de agosto e essa será a terceira vez que o direito constitucional quilombola estará em pauta; a primeira vez foi em 2012, com o voto do Ministro Cesar Peluso pela inconstitucionalidade do decreto; e a segunda, em 2015, com o voto pela constitucionalidade da Ministra Rosa Weber; e agora, retornará com o voto do Ministro Dias Tóffoli. Caso seja aprovado, os quilombos já titulados no país podem ser anulados e novas titulações não serão possíveis sem o decreto. Atualmente, mais de 6 mil comunidades ainda aguardam o reconhecimento e lutam pela efetivação de políticas públicas em seus territórios. 

Buscando conscientizar a população brasileira sobre esse retrocesso e desvalorização das comunidades quilombolas; além de combater o racismo e a concentração fundiária no país; a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) encontra-se com uma mobilização para arrecadar assinaturas na petição online: https://peticoes.socioambiental.org/nenhum-quilombo-a-menos. 

O Brasil é quilombola! Nenhum quilombo a menos!



Fonte: Coluna Axé – 452ª edição – Jornal Tribuna Independente (01 a 07/08/17) / Cojira-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Julho das pretas - 2017


No dia 25 de Julho é celebrado o Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha. Trata-se de um marco internacional, instituído em 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, para dar visibilidade e reconhecimento a presença e a luta das mulheres negras nesse continente.

O mês de julho é um mês de mobilização, também conhecido como o Julho das Pretas, porque no dia 25 de julho, também celebra-se o Dia Nacional da Mulher Negra e da quilombola Tereza de Benguela (Projeto de Lei do Senado nº 23, de 2009, de autoria da Senadora Serys Slhessarenko). Em todo o Brasil, entidades do Movimento de Mulheres e segmentos afros realizam debates, seminários, lançamento de livros, desfiles afros e homenagens.

Em Alagoas, o Conselho Estadual da Defesa dos Direitos da Mulher (Cedim) e o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir-AL) em conjunto com a Rede de Mulheres Negras do Nordeste e várias instituições alagoanas realizarão uma ampla programação em alusão à data. Nos dias 12 a 19 no Museu da Imagem e do Som (MISA), no histórico bairro do Jaraguá, terão vários debates.

Nessa quarta-feira (12) a partir das 14h terá a oficina Fala Preta: discursos e estética enquanto práticas de poder, que será ministrada por Ana Pereira, Presidenta do Cedim e Regina Lopes, integrante do Instituto Feminista Jarede Viana. E a cerimônia de abertura oficial será às 18h30 com o debate sobre “Escritas Negras em Alagoas: poderes e resistência!”, seguida da apresentação artística da sambista Mel Nascimento. No dia 13 às 14h, será a vez de discutir sobre a “Saúde da Mulher Negra: uma dívida histórica”; no dia 14 – Mulheres Pretas: intolerância religiosa e resistências com a presença do Coletivo AfroCaeté e o Centro de Formação e Inclusão Social Inaê; e no dia 18 – “Mulheres Negras na mira do tráfico para fins de exploração sexual”.

O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô – entidade vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) – realizarão no dia 17, o Cine-Fórum em escolas públicas sobre gênero e racismo. A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) UFAL – Campus A C Simões em Maceió também será palco do empoderamento feminino, o Núcleo Temático Mulher&Cidadania discutirá no dia 19 de julho, sobre “Ativismo de Lélia Gonzalez: percurso do feminismo da mulher negra”. Todas essas ações buscam mobilizar e refletir sobre a luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero e racismo. Entrada franca. Prestigie!


Mulher negra

A brasileira Taís Araújo (foto), 38 anos, foi nomeada no último dia 3 de julho ao posto de “Defensora dos Direitos das Mulheres Negras” pela ONU Mulheres Brasil. Antes dela, já recebeu esse título a atriz e escritora carioca Kenia Maria. Taís é atriz, apresentadora, mãe de dois e diva; e é conhecida por levantar a bandeira de luta contra o racismo. Agora, terá a missão de apoiar iniciativas da organização no combate à desigualdade de gênero e ao preconceito racial, apoiando na visibilidade das mulheres negras como um dos grupos prioritários do Plano de Trabalho da ONU Brasil para a Década Internacional de Afrodescendentes. (Crédito da foto: Divulgação/TV Globo)


Fonte: Coluna Axé – 449ª edição – Jornal Tribuna Independente (11 a 17/07/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 4 de julho de 2017

Retorno do Tambor Falante

O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô – instituição vinculada aos Agentes de Pastoral Negro do Brasil (APNs) – desenvolve desde a sua fundação em dezembro de 2005, atividades de formação e que promovam a reflexão sobre racismo, várias formas de preconceito e intolerância; pertencimento étnico; além da vulnerabilidade social em Alagoas.

Nesse segundo semestre, a instituição retomará o projeto "TAMBOR FALANTE: Refletindo, Debatendo e Transformando Realidades" que foi um dos selecionados no Prêmio Eris Maximiniano 2015, desenvolvido pela Prefeitura de Maceió, por intermédio da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC).

A próxima etapa acontecerá no sábado (08/07), a partir das 15h, no auditório do Estádio Rei Pelé localizado no bairro Trapiche da Barra em Maceió, com o tema: “Os desafios na atual conjuntura dos povos tradicionais”. O encontro contará com as intervenções dos facilitadores Zezito Araújo (Mestre em História do Brasil e Professor de História da Secretaria de Educação de Alagoas) e Edenilsa Lima (Gerente de Articulação Social do Gabinete Civil e Coordenadora do Comitê Institucional de Políticas para as Comunidades Tradicionais de Alagoas).

Segundo o Decreto Nº 6.040, de 7 e Fevereiro de 2007  que criou a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, define os povos tradicionais como: “são grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.

São exemplos de povos ou comunidades tradicionais: Povos Indígenas, Quilombolas, Seringueiros, Castanheiros, Quebradeiras de coco-de-babaçu, Comunidades de Fundo de Pasto, Catadoras de mangaba, Faxinalenses, Pescadores Artesanais, Marisqueiras, Ribeirinhos, Varjeiros, Caiçaras, Povos de terreiro, Praieiros, Sertanejos, Jangadeiros, Ciganos, Pomeranos, Açorianos, Campeiros, Varzanteiros, Pantaneiros, Geraizeiros, Veredeiros, Caatingueiros, Retireiros do Araguaia, dentre outros.

No Estado de Alagoas, foi instituído no ano de 2016 um comitê para tratar de políticas de desenvolvimento para povos tradicionais, os quilombolas, ciganos e índios; além de ficar responsável por articular e integrar as políticas públicas intersetoriais, elaborar e desenvolver projetos para o fortalecimento de suas culturas, além de implementar e monitorar o Plano Estadual de Desenvolvimento dos Povos Tradicionais e de Matriz Africana. O Tambor Falante é aberto ao público, sendo destinado aos ativistas dos segmentos afros, lideranças de movimentos sociais, além de pesquisadores e estudantes; e no encerramento terá a apresentação artística da banda Afro Afoxé.

Essa é a oportunidade de aprofundar e compartilhar conhecimentos sobre as ações desenvolvidas em Alagoas. Participe!


Fonte: Coluna Axé – 448ª edição – Jornal Tribuna Independente (04 a 10/07/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Conferências de igualdade racial

O Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir-AL) iniciou os trabalhos de articulação e mobilização para a IV Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (IV Conapir), que discutirá o tema “O Brasil na Década dos Afrodescendentes: reconhecimento, justiça, desenvolvimento e igualdade de direitos”.

A etapa nacional está prevista para ocorrer no terceiro trimestre de 2018 em Brasília. Porém, é preciso intensificar os debates, organizar as propostas e cobrar a efetivação das políticas públicas.

Os prazos para as Conferências Livres, Intermunicipais e Estaduais foram redefinidos e as organizações que lutam pelo desenvolvimento das questões étnicorraciais, nos mais diversos setores, devem ficar atentas. As Conferências Livres devem ser promovidas até o dia 30 de junho; trata-se de uma iniciativa da sociedade civil ou fomentada pelo Conselho, direcionadas a públicos específicos ou comunidade de povos tradicionais. É importante destacar que os organizadores precisam fazer uma lista de presença, o registro fotográfico e elaborar um Relatório com as propostas aprovadas.

Já as Conferências Intermunicipais serão realizadas nove edições, ou seja, uma em cada região seguindo a divisão mais recente feita pela Secretaria de Planejamento do Estado, nas seguintes datas: 29 de julho, 05 de agosto, 19 de agosto, 26 de agosto, 02 de setembro, 09 de setembro, 16 de setembro, 23 de setembro e 30 de setembro.

E a Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial (IV Coepir) será no mês da Consciência Negra, nos dias 24 e 25 de novembro, cujo local ainda será confirmado. Para que todas essas decisões sejam executadas, o Conepir realizará na sua primeira Reunião Ordinária da nova gestão (Biênio 2017/2019) no dia 04 de julho, nos dois horários, a partir das 9h no Centro de Formação dos Profissionais da Educação (Cenfor/Cepa) em Maceió. 

Mais informações: (82) 99999-1301 / 99809-1015.



Fonte: Coluna Axé – 447ª edição – Jornal Tribuna Independente (27/06 a 03/07/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Festejos juninos em Alagoas

No ano do bicentenário do Estado de Alagoas, a programação do São João foi intitulada Arraiá da Solidariedade, e contará com pontos de coletas de mantimentos e agasalhos para as famílias que sofreram com a chuva. Em Maceió, a festa será realizada nos entornos do Museu da Imagem e do Som de Alagoas (MISA), nas praças Dezoito de Copacabana e Dois Leões, no bairro histórico do Jaraguá.

O Governo de Alagoas garantirá a instalação de dois palcos, um para apresentação dos grupos de cocos de rodas e outro para atrações alagoanas: 17 bandas e 36 trios autênticos de forró.

Confira a programação completa a partir das 20h no palco central: 23/06 – Betinho Marcolino, Claudio Rios e Eliezer Seton; 24/06 – Naldo do Baião, Joelson dos Oito Baixos e Tião Marcolino; 25/06 – Edgar dos Oito Baixos, Trio Gogó da Ema (Ivanildo do Forró) e Messias Lima. 26/06 – Zé de Princesa, Anderson Fidélis, Irineu e Banda; 27/06 – Zé do Brejo, Mila do Acordeon, Zé Mocó e Banda; 28/06 – Gil Neves, Sandoval e Banda Fogo no Forró, Lula Sabiá e Banda; 29/06 – Tutinha do Acordeon, Chau do Pife e Banda, Xameguinho e Banda.

Também terá a exposição ‘O Forró dos 200 Anos’ no Misa, que homenageia os grandes nomes do forró de Alagoas; e em frente ao museu será instalada uma casa de farinha, que estará em pleno funcionamento para os/as visitantes se deliciar com comidas típicas.

Outra importante iniciativa será o I Festival de Coco de Roda de Alagoas de 24 a 29 de junho, na Praça Dezoito de Copacabana. Trata-se de uma parceria entre o Governo do Estado e a Liga dos Cocos Alagoanos (Licoal) que proporcionará a competição de 20 grupos de coco de roda e apresentação de convidados, somando mais de mil dançarinos, são eles: Ganga Zumba (Cruz Das Almas), Xique Xique (Jacintinho), Mandacaru (Clima Bom), Paixão Nordestina (São Jorge), Los Coquitos (Chã Da Jaqueira), Raízes Nordestinas (Pescaria), Flôr da Mata (Boca da Mata), Pisa na Fulô (Farol), Leões de Fogo (Jacintinho), Reviver (Bebedouro), Águia de Fogo (Reginaldo), Raro Xodó (São Jorge), Rosa Vermelha (Boca da Mata), Catolé (Benedito Bentes), Sensashow (Jacintinho), Estrela de Alagoas (Bebedouro), Pau de Arara (Tabuleiro), Reis do Cangaço (Jacintinho), Coco de Roda Balança Mas Não Cai (Arapiraca), Coco de Roda Arcoiris (Benedito Bentes), Coco de Roda Xodó Mirin (Jacintinho) e Coco de Roda Pisa Miudinho (Melhor Idade). A grande final ocorrerá no dia 29 a partir das 19h.


Fonte: Coluna Axé – 446ª edição – Jornal Tribuna Independente (20 a 26/06/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 13 de junho de 2017

Cotas no serviço público federal

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu no dia 8 de junho, o julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 41 e reconheceu a validade da Lei 12.990/2014, que reserva 20% das vagas oferecidas em concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal direta e indireta, no âmbito dos Três Poderes.

Desde 2014 a legislação vinha sendo questionada em vários tribunais do país, e agora, a decisão foi unânime para torna-la válida. O julgamento foi iniciado em maio, quando o relator, ministro Luís Roberto Barroso, votou pela constitucionalidade da norma. Ele considerou, entre outros fundamentos, que a lei é motivada por um dever de reparação histórica decorrente da escravidão e de um racismo estrutural existente na sociedade brasileira. Acompanharam o relator, naquela sessão, os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber e Luiz Fux.

Já o ministro Dias Toffoli destacou que seu voto restringe os efeitos da decisão para os casos de provimento por concurso público, em todos os órgãos dos Três Poderes da União, não se estendendo para os Estados, Distrito Federal e municípios, uma vez que a lei se destina a concursos públicos na administração direta e indireta da União, e deve ser respeitada a autonomia dos entes federados. Porém, caso queiram fazer o mesmo, não é considerado ilegítimo.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, afirmou que a decisão do STF reforça ações que combatem a desigualdade: “A posição do Judiciário não vinha sendo uniforme, o que tem gerado situações de insegurança jurídica em concursos públicos federais (...) Hoje foi dado mais um passo em direção à igualdade de oportunidades num país que ainda sofre com a desigualdade”, mencionou.

Enquanto isso, as polêmicas e críticas continuam em relação a essa conquista histórica!


Fonte: Coluna Axé – 445ª edição – Jornal Tribuna Independente (13 a 19/06/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 6 de junho de 2017

Cultura e direitos humanos

Até o dia 9 de junho a partir das 14h, no Museu da Imagem e do Som de Alagoas (MISA) localizado na Rua Sá e Albuquerque, no bairro histórico do Jaraguá em Maceió, acontecerá a 11º Mostra Cinema e Direitos Humanos.

O evento voltado à promoção da educação e da cultura em Direitos Humanos é uma realização do Governo Federal, Ministério dos Direitos Humanos, em parceira com o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh); conta com a produção nacional ICEM e produção local Marola Produções.

Serão exibidos 29 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens, tendo como tema central as questões de Gênero, contando com a exibição de 7 títulos que abordam temas relacionados às mulheres, orientação sexual e diversidade de gênero, empoderamento feminino, violência contra a mulher, estereótipos de gênero, LGBTfobia, conquistas sociais, políticas e econômicas. A novidade para esta edição é a Mostrinha, com oito curtas metragens direcionados ao público infanto-juvenil.

A programação é dividida em três momentos: Mostra Panorama apresenta filmes selecionados a partir da convocatória pública aberta pela equipe da curadoria; Mostra Temática sobre questões de gênero; e a Mostra Homenagem que visa homenagear cineastas cuja filmografia explora a temática Direitos Humanos, trazendo-a para o foco de debates, e nesta edição, a homenageada é a cineasta Laís Bodansky.

A Mostra Cinema e Direitos Humanos acontecerá nas 26 capitais e no Distrito Federal. A expectativa é receber um público de 30 mil pessoas em todo o país e ainda promover um espaço de reflexão, inspiração e promoção do respeito à dignidade da pessoa humana por meio da linguagem cinematográfica.

Para mais informações e programação detalhada, acesse a página: https://www.facebook.com/11mostracinemadireitoshumanosmczal. Entrada gratuita!


(Com informações da Ascom)


Fonte: Coluna Axé – 444ª edição – Jornal Tribuna Independente (06 a 12/06/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 30 de maio de 2017

Chuva e solidariedade

O Estado de Alagoas passou por uma semana de chuva intensa, representando uma média de 370 mm, do total de 380 mm previstos para o mês de maio; 1/4 do esperando para o ano inteiro e mais do que na cheia de 2010.

Foram registrados vários casos de deslizamentos de barreiras, queda de árvores e o aumento no volume dos rios e das lagoas Mundaú e Manguaba. De acordo com a Defesa Civil Estadual são mais de 3 mil famílias afetadas diretamente e boa parte precisou ser retirada de casa por causa da inundação ou do risco de deslizamento de encostas ou desabamento do imóvel.

Ao todo, são 22 municípios afetados, com 553 famílias desabrigadas, 1778 desalojadas e 750 relocadas de moradia (em Marechal Deodoro). Na capital, quatro pessoas morreram e outras quatro permanecem desaparecidas depois de um soterramento. O Governo de Alagoas firmou o compromisso com a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) para executar um plano de ação na recomposição das cidades, com limpeza das ruas e assistência às famílias; além de monitoramento 24h dos desastres.

O Governador Renan Filho pediu ao Presidente Michel Temer recursos financeiros para executar o programa de contenção contra enchentes. Já o Governo Federal garantiu que todos municípios que anunciaram situação de emergência e/ou de calamidade pública serão atendidas independente de bandeira partidária.

Nesse momento delicado e de desesperança, a solidariedade é fundamental para amenizar o sofrimento das famílias. Faça a doação de roupas, cobertores, colchonetes, material de higiene pessoal, alimentos e até de água potável. Em Maceió, existem vários pontos de arrecadação: Cruz Vermelha, Igreja dos Capuchinhos, Igreja Batista do Pinheiro, Supermercado Extra e Maceió Shopping. E também, na Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades) localizada na Rua Comendador Calaça, nº 1399 – Poço, no horário de 8h às 18h, mais informações pelo telefone (82) 3315-1030.


Fonte: Coluna Axé – 443ª edição – Jornal Tribuna Independente (30/05 a 05/06/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 16 de maio de 2017

Encontro Nacional de Quilombolas

A quinta edição do Encontro Nacional das Comunidades Quilombolas acontecerá nos dias 22 a 26 de maio, no Hotel Gold Mar, em Belém (PA). Esse é o espaço máximo para deliberações da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), que contribui para a reflexão das políticas públicas, manutenção de direitos já conquistados e na luta por novos reconhecimentos.

Estarão presentes lideranças de comunidades remanescentes de quilombo de vários estados brasileiros que discutirão o tema “Terra Titulada: Liberdade Conquistada e Nenhum Direito a Menos”.

Na programação, terá debates sobre direitos territoriais, agricultura familiar, meio ambiente e ensino superior com pesquisadores e especialistas convidados; grupos de trabalho (GTs) sobre o protagonismo das mulheres, empoderamento da juventude, saúde da população negra; além da programação cultural com apresentação de grupos de música e dança, exposição fotográfica, e feira com produtos feitos nas comunidades quilombolas.

De acordo com os organizadores, eles não se responsabilizam pelo fornecimento da alimentação, transporte ou hospedagem para os/as participantes na condição de ouvinte, já que essa é uma prioridade para as representações das comunidades quilombolas. O evento tem a capacidade máxima para 200 pessoas, assim, caso o número de ouvintes seja elevado, haverá uma seleção de acordo com o interesse no evento. Para preencher o formulário, deve-se acessar o link: https://goo.gl/forms/oOxLGOxhFXPOVOfX2. Também existe um credenciamento para os/as interessados/as em expor/vender produtos na feira: https://goo.gl/forms/diJp9Jo4YdC9PRZv1.

A Conaq possui 21 anos de atuação, já realizou os encontros nacionais em Brasília-DF (1995), Salvador-BA (2002), Recife-PE (2003) e Rio de Janeiro-RJ (2011).

Para outras informações, visite o site: http://conaq.org.br/


Fonte: Coluna Axé – 441ª edição – Jornal Tribuna Independente (16 a 22/05/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 9 de maio de 2017

O Topo da Montanha

O casal de atores e ativistas negros, Taís Araújo e Lázaro Ramos, estão em turnê pelo Nordeste brasileiro com o espetáculo "O Topo da Montanha".

Após uma temporada de quase um ano na capital do estado de São Paulo, a montagem passou por diversas cidades, sempre com sessões lotadas. Agora chegou a vez de Maceió, nos dias 19 e 20 de maio (sexta e sábado) às 21hs e 21 de maio às 20h, no centenário Teatro Deodoro localizado no bairro do Centro da capital alagoana.

O Topo da Montanha faz alusão ao último grande discurso de Martin Luther King  (I’ve Been to the Mountaintop). Em Memphis, na Igreja de Mason, no dia 3 de abril de 1968, Luther King acabara de realizar seu último sermão. É exatamente neste cenário, um dia antes de seu assassinato, cometido na sacada do Hotel Lorraine, do quarto 306 – e na sequência de suas derradeiras palavras públicas –, que Martin Luther King, interpretado por Lázaro Ramos, conhece Camae, encenada por Taís Araújo, a misteriosa e bela camareira em seu primeiro dia de trabalho no estabelecimento. Repleta de segredos, ela confronta o líder em clima de suspense e simultaneamente debochado. Deste modo, em perfeito jogo de provocações, faz o reverendo se lembrar que, como todos, é humano. Por meio do humor e da emoção, faz rir e pensar com retórica atual, seja para americanos ou brasileiros.

A montagem teatral que estreou em Londres, em 2009, ganhou versão na Broadway em 2011 e começou sua trajetória de sucesso em São Paulo, no dia 9 de outubro de 2015, protagonizada e também produzida por Lázaro Ramos e Taís Araújo, com direção de Lázaro Ramos e codireção de Fernando Philbert. A comédia dramática tem duração de 1h30min, com classificação etária de 12 anos.

Os ingressos custam R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia) e podem ser adquiridas no Viva Alagoas (Maceió Shopping), Loja Mrs. Cat (Maceió Shopping), na bilheteria do teatro, e ainda, pelo site www.lojadeingresso.com. Mais informações: (82) 3032-5210 ou 996012828.

 

O espetáculo “Topo da Montanha” já foi visto por mais de 70 mil espectadores no Brasil. (Crédito da foto: Juliana Hilal)




Fonte: Coluna Axé – 440ª edição – Jornal Tribuna Independente (09 a 15/05/17) / Cojira-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 25 de abril de 2017

Padrinho?!

A atual Ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, durante um evento no Palácio do Planalto no último dia 12 de abril, intitulou o presidente Michel Temer como “Padrinho das Mulheres Negras Brasileiras”. 

O pronunciamento foi registrado em vídeo e rapidamente se espalhou via WhatsApp. A afirmação causou revolta nas mídias digitais, blogs e a publicação de notas oficiais de repúdio emitidas por diversas organizações dos movimentos sociais – Negro e de Mulheres – inclusive, do Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem). 

A crítica é sobre o desrespeito quanto ao protagonismo das mulheres negras e a titulação da política do apadrinhamento que remete-se aos tempos coronelistas. “Fale pela Senhora. Tenha ele como o SEU PADRINHO, não use a luta das mulheres negras em benefício próprio, para se legitimar perante um governo que não nos respeita e nem de longe reconhece a nossa luta ancestral”, desabafam as lideranças.

A Coordenação Nacional de Gênero do Coletivo de Entidades Negras (CEN) afirma: “Nós, mulheres negras, não entendemos que um homem branco, machista, patriarcal, misógino, sexista, golpista, usurpador de direitos possa nos representar”. 

Já o Núcleo Impulsor da Marcha de Mulheres Negras de São Paulo disparou: “Os ataques que Michel Temer tem feito desde que assumiu a presidência nos atingem diretamente. Luislinda deveria ter lembrado disso ao colocar em nossas bocas e em nossos nomes posição que não reivindicamos. Houve corte de 61% do orçamento federal para o combate à violência contra mulher e nós mulheres negras morremos mais por causa de feminicídio e a ação deste governo golpista é nos relegar ainda mais à morte. O desmonte da educação e saúde através do congelamento de investimentos por 20 anos é mais uma demonstração do quanto Temer não se importa com as nossas vidas e dos nossos. Temos o fechamento de programas como a Farmácia Popular e o aumento do valor da inscrição para o PROUNI. São as mulheres negras que mais recorrem aos serviços públicos e que terão sua saúde e educação negligenciadas por 20 anos”.

O Coletivo de Mulheres da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) exigiu uma retratação pública imediata e informou que a Ministra não as representava. “Um governo ilegítimo que destrói todas as políticas destinadas às mulheres e que, de forma deliberada acaba com o Ministério das Mulheres Igualdade Racial e Direitos Humanos e todas as políticas, desmantela todos os espaços governamentais de elaboração e execução de políticas para as mulheres e para os trabalhadores/as rurais de todo o Brasil. Lamentamos que a única mulher negra em um cargo ministerial seja considerada ‘afilhada’ de um governo golpista, assim reproduzindo o velho estereótipo do(a) negro(a) da Casa Grande que precisa ser apadrinhada para ser respeitada ou ‘não ser esquecida’”.

Enfim, chega de ironia e retrocesso!



Fonte: Coluna Axé – 439ª edição – Jornal Tribuna Independente (25/04 a 01/05/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Consciência Indígena

De 17 e 20 de abril, a cidade alagoana de Arapiraca sediará a primeira edição da Semana da Consciência Indígena de Alagoas, que ocorrerá na Casa da Cultura, situada na Praça Luiz Pereira Lima no bairro do Centro. Trata-se de uma parceria entre a Prefeitura de Arapiraca, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Juventude (SMCLJ) e a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal).

A programação iniciará às 19h com performance de dança Toré e poética, também, contará com mostras de artes plásticas e de artefatos indígenas, exposição fotográfica; exibição dos documentários “Visadas do Pajé Miguel Celestino” e “José do Chalé”; e a explanação de alguns representantes de comunidades indígenas locais. As oficinas sobre “O Índio no Livro Didático” e “Fontes para a História Indígena” a partir das 14hs.

Já as mesas-redondas, abordarão os temas: “Povos do Sertão: Resistência”, “O Que É Ser Índio na Atualidade: Reflexões sobre Identidade Étnica” e “Rompendo o Preconceito: a Contribuição do Trabalho Indígena à Economia Local”.

O evento é gratuito e faz alusão ao Dia do Índio que é comemorado no dia 19 de abril, e busca ampliar a reflexão sobre a valorização sociocultural dos povos indígenas em nosso país. O Estado de Alagoas possui 12 etnias e 22 aldeias indígenas.


Fonte: Coluna Axé – 438ª edição – Jornal Tribuna Independente (18 a 24/04/17) / COJIRAL-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com  (Com informações da Ascom)

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Valorização dos indígenas

O Dia do Índio é comemorado no dia 19 de abril, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto-lei 5540 de 1943. O principal objetivo é a reflexão sobre os valores culturais dos povos indígenas e a importância do respeito e preservação das tradições.

Em Alagoas existem as nações indígenas: Tingui-Botó (Feira Grande), Kariri-Xocó (Porto Real do Colégio), Geripancó (Pariconha), Xucuru-Kariri (Palmeira dos Índios), Wassu Cocal (Joaquim Gomes), Xucuru Kariri (Palmeira dos Índios), Karapotó (São Sebastião), Karuazú (Pariconha), Kalancó (Água Branca), Xucuru-Kariri (Palmeira dos Índios) e Dzubucuá (Porto Real do Colégio). Para celebrar a data¸ a Secretaria de Estado da Cultura realizará ações especiais.

Nos dias 17 e 18, das 09h às 11h, o Centro de Belas Artes de Alagoas (Cenarte) acontecerá a oficina de artesanato indígena – com vagas limitadas – ministrada pelo cacique do grupo Dzubucuá, Evenildo Ferreira, da tribo Kariri Xocó. Os interessados devem se inscrever na Superintendência de Identidade e Diversidade Cultura, na sede da Secult, ou pelo telefone 3315-7894. 

No dia 18, a partir das 14h, também será lançada a exposição fotográfica “Jerinpankô” no Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa), no bairro do Centro em Maceió. O grupo indígena Dzubucua, da cidade de Porto Real do Colégio, irá dançar o Toré, mostrando sua cultura e tradições.

Outra boa notícia, é que foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta segunda-feira (10) o edital do Processo Seletivo Simplificado (PSS) para a contratação de professores temporários para as escolas indígenas da rede pública estadual. Ao todo, são 241 vagas disponibilizadas entre as 17 unidades escolares pertencentes às comunidades indígenas de Alagoas. São oferecidas vagas nas disciplinas de Português, Inglês, História, Arte, Química, além de professor auxiliar de sala de aula e dos anos iniciais. As inscrições são online entre os dias 11 e 19 de abril; enquanto a entrega de títulos, documentos pessoais, carta de anuência e comprovante de experiência ocorre entre 2 e 5 de maio. Saiba mais no site da Secretaria de Estado da Educação (Seduc): www.educacao.al.gov.br.


Fonte: Coluna Axé – 437ª edição – Jornal Tribuna Independente (11 a 17/04/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 4 de abril de 2017

Teatro do Oprimido

O Teatro do Oprimido (TO) foi criado pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal. Possui uma metodologia lúdica, atraente e de fácil aplicação para atores e não-atores, visa a democratização dos meios de produção teatral, o acesso das camadas sociais menos favorecidas e a transformação da realidade.

Praticada em mais de 70 países é um instrumento fundamental para o desenvolvimento de programas socioculturais, fomenta o diálogo plural e democrático, sobre situações de conflito, desigualdade e injustiça verdadeiramente vivenciadas pelos participantes, em busca de superá-las coletivamente.

Em 2008, o TO chegou ao Estado de Alagoas com a realização de várias oficinas para a formação de agentes multiplicadores e a implantação de um núcleo estadual com representantes de pontos de cultura, grupos culturais e movimentos sociais (sem terra, LGBT, estudantil, feminista e sindical). Agora, será a vez de aprofundar os debates e capacitar outras pessoas!

Nos dias 12, 19, 26 de abril e 3 de maio acontecerá o minicurso de Introdução ao Teatro do Oprimido para alunos e docentes da Ufal, além de professores da rede pública municipal e estadual. A ação é uma iniciativa do projeto de extensão Teatro do Oprimido na Saúde Mental em Maceió, coordenado por Deise Juliana Francisco, aprovado pelo edital do Programa Círculos Comunitários de Atividades Extensionistas (Proccaext 2016) da Universidade Federal de Alagoas. As inscrições estão abertas e podem ser feitas on-line, ao todo são 40 vagas.

Os encontros terão a duração de quatro horas e acontecerão das 8h às 12h, na sala 4 do Centro de Educação, no Campus A.C. Simões na Cidade Universitária em Maceió. As atividades serão ministradas pelos estudantes Udson Pinheiro, multiplicador de Teatro do Oprimido, formado pelo Centro de Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro; Diego Januário, do curso de Dança da Ufal; Williane da Silva Santos, de Pedagogia; e por Claudete do Amaral Lins, terapeuta ocupacional e mestranda em Educação.

Mais informações: (82) 99635-6946 / 99954-6419.


Fonte: Coluna Axé – 436ª edição – Jornal Tribuna Independente (04 a 10/04/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 28 de março de 2017

Quilombolas do sertão

Trinta famílias quilombolas do Alto do Tamanduá no município de Poço das Trincheiras, que estão credenciadas no Programa Nacional de Crédito Fundiário conseguiram quitar a dívida do crédito rural junto ao Banco do Nordeste e terão a titulação dos lotes agrícolas. 

O Programa foi criado em 2003 é um instrumento de democratização ao acesso à terra, combate à pobreza rural e consolidação da agricultura familiar; e em Alagoas, é coordenado pelo Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral).

O presidente da associação dos quilombolas, José Maria Vieira da Silva, tinha medo de não conseguir quitar a dívida e todas as famílias serem prejudicadas. "As pessoas diziam que a gente não ia conseguir, que a gente ia perder tudo, eu tenho 11 filhos e vi a hora de perder o juízo. Se a gente perdesse esse pedaço de chão, a gente não teria onde morar, ia viver na beira da pista. A gente estava no fundo do poço, mas conseguimos pagar e resolver a nossa situação, e agora, vai mudar muita coisa nas nossas vidas".

Já o diretor-presidente do Iteral, Jaime Silva, parabenizou o grupo pela união e a nova conquista. "Vocês provaram que são homens e mulheres de bem, com muita determinação conseguiram cumprir com esse compromisso. Foi um grande avanço, ou vocês quitavam ou poderiam perder a terra. E agora, todos precisam ter as condições de trabalhar e podem continuar contando com o Governador Renan Filho e com o Iteral, porque o nosso dever é apoiar o pequeno agricultor e esperamos muito em breve levar a produção de vocês para as feiras agrárias", enalteceu o gestor durante a visita especial no local.

O próximo passo do Governo de Alagoas será a articulação de um convênio entre o Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater) e o Iteral para ampliar a assistência técnica no Estado, atendendo prioritariamente aos pequenos agricultores, quilombolas e indígenas, além de contribuir para o escoamento da produção agrícola nos municípios.

A comunidade quilombola foi certificada pela Fundação Cultural Palmares/Ministério da Cultura em 19 de abril de 2005.


Fonte: Coluna Axé – 435ª edição – Jornal Tribuna Independente (28/03 a 03/04/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
(Com informações da Ascom Iteral)   

terça-feira, 21 de março de 2017

Águas de Oxalá

No dia 21 de março, celebra-se o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. 

E em Maceió, a data será celebrada em grande estilo com os lançamentos do documentário “Águas de Oxalá Caminhos de Transformação” e a exposição fotográfica “Didára Omi Oxalá – A Beleza das Águas de Oxalá”. O evento é uma realização do Núcleo de Cultura Afro Brasileira Iyá Ogun-té (Casa de Iemanjá Templo dos Orixás) e acontece hoje(21), no Centro Cultural Arte Pajuçara a partir das 20 horas.

A produção do documentário surgiu com o desejo de reverenciar a tradição e registrar as ações imateriais das Comunidades Tradicionais de Matriz Africana em Alagoas, em destaque a celebração “As Águas de Oxalá” também conhecida como Lavagem do Bonfim, onde utiliza a água como elemento transformador para a renovação das energias, sendo realizada sempre no segundo domingo de janeiro com uma caminhada contra a intolerância religiosa. A ação consolidada há 17 anos, conta com a participação efetiva das casas de axé da capital e do interior, com caravanas de diversos municípios do Estado, além da participação de ativistas do Movimento Negro, pesquisadores e integrantes de grupos afroculturais.

O roteiro segue três eixos: as ações tradicionais dos saberes e fazeres; as ações políticas e de articulação; e as ações sociais – apresentando os envolvidos como agentes ativos, que atuam de forma protagonista nas construção de uma sociedade igualitária. O DVD é o resultado do edital nacional prêmio Culturas Afro Brasileira realizado pela Fundação Cultural Palmares/Ministério da Cultura em 2014, e a distribuição será gratuita.

Keyler Simões, jornalista e produtor cultural divide a direção com o gestor cultural Amaurício de Jesus e Célio Rodrigues, historiador e Babalorixá. A realização é do Núcleo de Cultura Afro Brasileira Iyá Ogun-té (Casa de Iemanjá Templo dos Orixás), com apoio cultural da Rede Alagoana de Comunidades Tradicionais, Prefeitura de Maceió através da Fundação Municipal de Ação Cultural – FMAC, Centro Cultural Arte Pajuçara e Assessoria de Comunicação de Keka Rabelo. O evento é gratuito e de classificação livre.
    

Exposição
A Exposição “Didára Omi Oxalá” A Beleza das Águas de Oxalá é o resultado da parceria constituída entre as comunidades tradicionais e fotógrafos da cidade de Maceió. Em destaque a temática étnicorracial, momentos únicos vivenciados durante o cortejo cultural da Lavagem do Bonfim. Ao todo, são 27 imagens capturadas pelos fotógrafos: Jorge Vieira, Alberto Lima, Alexandre Carvalho, Arthur Celso, Cláudia Leite, Luna Gavazza, Thiago Sobral, Wagner Mendes e Cristiano Kriko. Prestigie!


Fonte: Coluna Axé – 434ª edição – Jornal Tribuna Independente (21 a 27/03/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
Crédito da foto: Amaurício de Jesus

terça-feira, 14 de março de 2017

Conepir/AL - representações

Nessa segunda-feira(13), na Casa dos Conselhos em Maceió ocorreu a escolha das instituições da sociedade civil inscritas, que apresentaram a documentação exigida e ficaram aptas paras a eleição do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir), conforme publicação no Diário Oficial nos dias 31/01 (pag. 34) e 02/02 (páginas 23 e 24).

Para garantir a lisura do processo eleitoral, a urna foi devidamente lacrada; ocorreu a exigência de ofício com os dados do representante-votante e assinatura da lista de presença, com o acompanhamento de integrantes do Gabiente Civil, e a fiscalização do Ministério Público Estadual, sendo representado pelo sociólogo e Assessor de Feitos Jurídicos, Leandro Rosa.

O Conepir é um órgão colegiado paritário, com 13 representantes da sociedade civil e 13 de órgãos governamentais, de caráter deliberativo, que integra a estrutura básica da Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos. Os membros titulares e respectivos suplentes têm a missão de propor, em âmbito estadual, políticas públicas para a promoção da igualdade racial, combate do racismo e fortalecimento dos segmentos étnicos-raciais.

As representações da sociedade civil, eleitas para o período 2017-2019, são: Capoeira: Federação de Capoeira do Estado de Alagoas (FECEAL); Indígenas: Associação Indígena da Aldeia Wassu Cocal (Joaquim Gomes/AL) e Comitê Inter-Tribal de Mulheres (Palmeira dos Índios/AL); Quilombolas: Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas Ganga-Zumba e Associação de Desenvolvimento da Comunidade Remanescente de Quilombo Carrasco (Arapiraca/AL); Ciganos: Comunidade Cigana Vila Matias (Penedo/AL); Comunidades Religiosas de Matriz Africana: Entidade Religiosa Ilê Nifé Omi Omo Posú Betá e a Federação Zeladora das Religiões Tradicionais Afro Brasileiras de Alagoas (Fretab).

Dentre as entidades que trabalham a promoção da igualdade racial e Direitos Humanos, foram eleitas: Central Única dos Trabalhadores (CUT), Centro de Cultura e Estudos Énicos Anajô (APNs/AL), Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (COJIRA/Sindjornal), Grupo União Espírita Santa Barbara (GUESB) e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (SINTEAL).


Fonte: Coluna Axé – 433ª edição – Jornal Tribuna Independente (14 a 20/03/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 7 de março de 2017

Semana da mulher

No dia 08 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher, uma data emblemática para a reflexão sobre a luta por igualdade de direitos, respeito e combate a todo tipo de violência.

Nessa quarta-feira a partir das 8h na Praça Sinimbu em Maceió, terá a concentração para o ato público “Por Todas Elas - Nenhum Direito a Menos!”, com caminhada até o calçadão do comércio e reflexão sobre a Reforma de Previdência, que ameaça à saúde pública, a política de assistência social, valida as diversas formas de opressão e a desigualdade de gênero, tudo isso, associado ao risco de perder o direito à aposentadoria. Diante disso, foram convocadas as mulheres do campo, da cidade, trabalhadoras rurais, negras, jovens, lésbicas, transexuais, professoras, domésticas, movimentos feministas, sociais, sindicais, universidades, estudantes e outras organizações de Alagoas para esse movimento.

No dia 13 a partir de 9h, terá a audiência pública na Assembleia Legislativa com o tema “Rede de Atenção à Mulher, Negritude e Invisibilidade”. E às 9h30, no plenário da Câmara Municipal de Maceió, a sessão solene para a entrega da Comenda Deputada Selma Bandeira, que é conferida a personalidades, entidades e instituições nacionais que se dedicam ao fim da violência e na defesa dos direitos humanos. 

No dia 16, o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher (CEDIM) e a Comissão de Justiça e Inclusão Social farão uma visita na Casa de Detenção Feminina Santa Luzia para desenvolver ações na área da saúde, reestruturação da biblioteca com livros doados e discussão de casos que ainda não foram julgados. No dia 30, terá o evento Fala Preta sobre o enfrentamento do racismo; além da homenagem para dez mulheres com a Comenda Nise da Silveira no Centro de Convenções.

Já a Secretaria Estadual da Mulher e Direitos Humanos fará uma ampla programação na capital alagoana e em 60 municípios alagoanos com palestras, caminhadas, encontros, blitz, audiências públicas, seminário com a participação da Secretaria Nacional de Políticas para a Mulher e assinaturas de termos de parcerias com municípios alagoanos, tendo como foco o combate à violência contra a mulher e o empoderamento feminino. 

Outras atividades importantes são: a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL) encontra-se com a campanha "Fapeal com Elas" para destacar o trabalho de mulheres pesquisadoras. A Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) está lançando a Comissão Nacional de Mulheres Jornalistas, com representação de 17 sindicatos filiados, para ampliar a discussão sobre a diversidade de gênero e atuação no movimento sindical. As ações são variadas, ocorrem em todo o território nacional e contribuem para o empoderamento e autoestima!


Fonte: Coluna Axé – 432ª edição – Jornal Tribuna Independente (07 a 13/03/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com


Versão digital da Coluna Axé: https://issuu.com/tribunahoje/docs/ed070317

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Patrimônio histórico, cultural e social

A Serra da Barriga localizada no município de União dos Palmares, zona da mata alagoana, foi a sede administrativa do Quilombo dos Palmares – “república negra” que possuiu uma organização sócio-política-militar, com mais de 10 mocambos (esconderijos) estratégicos distribuídos na zona da mata, entre os estados de Alagoas e Pernambuco, ocupou uma área de aproximadamente 200km² e resistiu por aproximadamente 100 anos, chegou a ter uma população superior a 20.000 habitantes formada por escravos fugidos, indígenas e brancos empobrecidos.

Atualmente, a Serra da Barriga é considerada um templo sagrado, símbolo da liberdade e da resistência negra, além de ser o palco de grandes homenagens à luta por igualdade racial e contra o racismo. Desde novembro de 1986 foi inscrita no Livro de Tombamento Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, e ainda, foi reconhecida como Monumento Nacional no ano 1988, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

E agora, pode se tornar Patrimônio Cultural do Mercosul, já que, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) estar sendo produzido um dossiê, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Fundação Cultural Palmares, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), instituições públicas e sociedade civil. 

O documento será entregue em março para avaliação da Comissão de Patrimônio Cultural do bloco econômico, e a candidatura será inserida na proposta “La Geografía del Cimarronaje: Cumbes, Quilombos y Palenques del MERCOSUR”, concorrendo com outros juntamente com Colômbia, Equador e Venezuela, que também apresentaram sítios de interesse para a valoração da contribuição africana no continente sul-americano.

Outra notícia positiva, mencionada no início desse mês, foi a pavimentação do acesso à Serra da Barriga que foi confirmada pela Secretaria de Transporte e Desenvolvimento Urbano e a expectativa é que a obra seja finalmente concluída e inaugurada no dia 20 de novembro, durante as comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra e Zumbi dos Palmares.

Já passou da hora desse local ter o devido reconhecimento do Poder Público e sociedade. Trata-se de um marco para o Estado de Alagoas e também fortalecerá o turismo étnico na região dos quilombos, além de ser mais um mecanismo na América Latina para a valorização do pertencimento étnico.


Fonte: Coluna Axé – 431ª edição – Jornal Tribuna Independente (21 a 27/02/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Visita oficial

Em visita oficial ao Estado de Alagoas, a Ministra de Direitos Humanos e Igualdade Racial,  Luislinda Valois, cumpriu uma extensa agenda sociopolítica.

No domingo, ela esteve pela primeira vez na Serra da Barriga – solo sagrado, palco da resistência negra e sede administrativa do Quilombo dos Palmares – na ocasião, ela conheceu os espaços temáticos do Parque Memorial e obteve mais informações sobre a organização dos guerreiros e guerreiras quilombolas. Ela destacou que foi um momento ímpar em sua vida, de grande valor cultural e histórico. “Ali, naquele espaço tem muita coisa envolvida, é muito profundo, e não devemos explorar aquele espaço somente no campo do turismo”.

A ministra também esteve no Tribunal de Justiça (TJ-AL) e na Secretaria Estadual de Segurança Pública, onde defendeu a inclusão de Alagoas no Plano Nacional de Segurança que visa a mediação entre a Polícia Militar e as comunidades, e ainda, a implantação de uma delegacia especializada na repressão ao racismo, xenofobia, homofobia, lesbofobia e outros crimes de ódio.

No encontro com representantes dos segmentos afros, reafirmou o seu compromisso para a implantação de políticas públicas para combater a desigualdade social e étnicorracial.

Ministra
A ministra Luislinda Valois (foto) reuniu-se nessa segunda-feira(13), no auditório Aqualtune do Palácio República dos Palmares, com gestores, gabinete civil, assessores técnicos das secretarias de Cultura e Educação, e Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral); representantes dos segmentos afros, a exemplo, da Federação Alagoana de Capoeira (Falc) e Federação dos Cultos Afros Umbandista do Estado de Alagoas; liderança da aldeia Wassu Cocal; membros da comissão de direitos humanos na OAB/AL; além dos presidentes dos conselhos estaduais da Mulher, LGBT, Direitos Humanos e Conepir.



Fonte: Coluna Axé – 430ª edição – Jornal Tribuna Independente (14 a 20/02/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Os vários quebras

O Quebra de Xangô, infelizmente, deixou marcas intensas e continuam latejando até os dias atuais com diferentes formas de perseguição e opressão. Em 1912 existia uma milícia conhecida por Liga dos Republicanos Combatentes – agremiação política que fazia oposição ao governador da época, Euclides Malta – realizava as invasões, espancamentos e prisões dos adeptos das religiões de matrizes africanas.

Para manter viva a crença, precisava silenciar os tambores, disfarçar ou fugir para outros Estados. Porém, de acordo com o historiador e babalorixá Célio Rodrigues (Pai Célio) o culto ao orixá foi proibido em todo o Brasil no ano de 1957, durante o governo do Presidente Getúlio Vargas, e cada governador adotou a sua metodologia para cumprir a determinação. 

Em Alagoas, era necessário que cada terreiro solicitasse um alvará de funcionamento e comunicar à Polícia (DOPS); os toques aos orixás só podiam ser realizados aos domingos das 16h às 19h, e caso o horário fosse burlado, podia ocorrer a invasão a qualquer momento, os instrumentos eram recolhidos e a casa suspensa; nas vistorias, o juizado de menores também acompanhava a polícia para impedir a participação das crianças, e caso fosse comprovada a iniciação à religião, ou estivesse dançando ou cantando, o terreiro também era multado.

O tempo passou e apesar dos inúmeros mecanismos para combater essas formas de violência, a hostilidade permanece forte! A advogada do Movimento da Articulação de Matriz Africana de Alagoas, Kandysse Melo, destacou que é preciso denunciar os crimes de intolerância e ódio, e reivindicar o comprometimento do Judiciário e o Poder Público para o cumprimento da lei. Ela denunciou que no ano de 2016 ocorreram vários atentados aos terreiros, inclusive, uma ekede foi atingida por arma de fogo durante uma festividade na casa de axé; um ogan foi demitido de uma escola particular por cultuar os orixás; além dos insultos por usar suas guias, turbantes e roupas brancas às sextas-feiras (dia em homenagem ao orixá).

A nossa religião representa fé e axé, e se não fosse assim a gente hoje não estaria ocupando os espaços do Governo e as secretaria para falar da nossa religião e usar nossas vestes. Nós temos que lutar para a nossa religião esteja no mesmo nível de igualdade com as outras religiões. Vamos nos unir para alcançar dias melhores”, exaltou Mãe Mirian, a sacerdotisa da religião de matriz africana de Alagoas mais respeitada da atualidade.

Atualmente, as casas de axé seguem três vertentes de atuação: religiosa, cultural e social. Também estão investindo na formação, valorização do pertencimento étnico e participando dos espaços de controle social para a reivindicação de políticas públicas. O terreiro merece respeito e a luta contra a intolerância religiosa continua! Os tambores ainda ecoam e a esperança para a perpetuação do axé continua viva, bem viva! Axé!


Fonte: Coluna Axé – 429ª edição – Jornal Tribuna Independente (07 a 13/02/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com