terça-feira, 28 de outubro de 2014

Prêmio Afro

No dia 06 de novembro encerram as inscrições para o Prêmio de Culturas Afro-Brasileiras. Trata-se de umaparceria entre a Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural e a Fundação Cultural Palmares (FCP), ambos do Ministério da Cultura. 

Ao todo serão R$2,5 milhões, distribuídos para os 60 projetos selecionados divididos em três categorias: Iniciativa Cultural Quilombola; Iniciativa Cultural de Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Iniciativa Cultural de Coletivos Culturais Negros. 

O concurso visa reconhecer e premiar iniciativas culturais, que contribuam para o fortalecimento dos processos de transmissões de conhecimentos, práticas e tradições orais, artesanato, culinária, dança, música, dentre outras manifestações e saberes dos segmentos. 

Essa oportunidade dar visibilidade e contribui para a garantia dos direitos de acesso e promoção às fontes de cultura, além de cumprir as diretrizes formuladas pelo Plano Plurianual do Governo Federal e pelo Plano Nacional de Cultura. 

Podem participar pessoas físicas e jurídicas, e as inscrições podem ser realizadas via postal ou internet. Confira o edital completo e formulário no site: http://www.palmares.gov.br/


Fonte: Coluna Axé – 316ª edição – Jornal Tribuna Independente (28/10 a 03/11/2014) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica – cojira.al@gmail.com

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Negritude e saúde

A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) foi aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em 2006, e oficializada pelo Ministério da Saúde no ano de 2009, por meio da Portaria nº992. 

Porém, ativistas e especialistas da área continuam lutado para que a implementação aconteça, já que, estima-se que 70% dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) são pessoas negras (pretas e pardas). O objetivo é combater a discriminação étnicorracial nos serviços de saúde e atendimentos oferecidos, e ainda, promover a equidade em saúde deste segmento populacional. 

Dentre os males que mais acometem essa a população afro-descendente são: deficiência de glicose, diabetes, hipertensão, insuficiência renal crônica, câncer de próstata, parto por eclampsia, miomas, doenças de pele e a doença falciforme. 

Todos os anos, a Rede de Universidades Pró-Saúde da População Negra promove no mês de outubro, em várias partes do Brasil, as rodas de conversa com o tema: “País rico é país com igualdade racial – Ações Afirmativas”; além da reflexão sobre o “Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doenças Falciformes” (27 de outubro). 

Em Alagoas, a roda de conversa acontecerá no dia 24 de outubro, das 8h30 às 12h e das 13h às 16h30, no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Essa é a oportunidade de fortalecer os grupos de extensão e pesquisadores sobre a saúde da população negra, e ainda, ampliar os conhecimentos sobre: populações tradicionais e ações afirmativas; racismo institucional; ensino e práticas em saúde. Terá certificado e para se inscrever, é preciso encaminhar seus dados para laudemi@gmail.com ou jorgeluisriscado@hotmail.com. 

É importante investir na divulgação dessas doenças, e principalmente, na atenção básica de saúde!


Fonte: Coluna Axé – 315ª edição – Jornal Tribuna Independente (21 a 27/10/2014) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Teatro Experimental do Negro

O Teatro Experimental do Negro(TEN) fundado no Rio de Janeiro em 1944, representou uma revolução no cenário cultural brasileiro. Idealizado e dirigido por Abdias do Nascimento – um dos maiores ativistas pelos direitos humanos no Brasil, que deixou um legado de luta no desenvolvimento sociocultural, político e econômico do povo afrodescendente brasileiro – tinha como objetivo a valorização da herança cultural, a identidade, autoestima e a criação de uma nova dramaturgia. 

Também foram promovidas atividades nas artes plásticas; organização de eventos para estimular a conscientização política; concursos de beleza que enalteceram a mulher negra; além de cursos de alfabetização e cultura geral. 

A participação de várias pessoas foi essencial para o seu desenvolvimento, negros e brancos lado a lado, que eram funcionários públicos, artistas, datilógradas, professores, empregadas domésticas e operários ajudaram nos trabalhos. 

Foi um movimento que lutou contra as diversas nuances do racismo, mostrando o potencial de artistas negros nos mais diversos setores (atores, atrizes, autores/as, diretores/as) e provocou o interesse da imprensa. 

Os sinais da crise apareceram na década de 1950, com a precariedade financeira, ausência de local para ensaios e a montagem irregular de espetáculos, dificuldades frequentemente vivenciadas por vários grupos culturais. Porém, diante do apogeu da ditadura militar o grupo foi extinto, já que qualquer movimento em defesa da negritude e outras classes tidas como inferiores passaram a ser vistos com desconfiança e eram perseguidos. 

Foram vários espetáculos em quinze anos de atuação, trata-se de um marco histórico e não pode ser esquecido!


T.E.N
O Teatro Experimental do Negro(foto) foi um protesto em forma de arte, que inspirou vários grupos e tornou-se referência para ativistas do Movimento Social Negro. A exclusão de artistas negros nos palcos era massacrante, condicionando-os para papéis subalternos ou decorativos; e quando existia uma personagem de destaque, era geralmente interpretado por um ator branco cujo rosto pintava-se de preto. O grupo mudou paradigmas e mostrou o talento de Ruth de Souza, Grande Othelo, Léa Garcia, Santa Rosa, Aguinaldo Camargo, José Maria Monteiro, Marina Gonçalves, Arinda Serafim e tantos outros. 


Fonte: Coluna Axé – 314ª edição – Jornal Tribuna Indepdente (14 a 20/10/2014) / COJIRA-al / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Gandhi – o mensageiro da paz

No dia 2 de outubro, foi comemorado o 145º aniversário de nascimento do líder pacifista indiano Mohandas Karamchand Gandhi. Mahatma Gandhi inspira pessoas de várias gerações e países, devido aos ensinamentos que ressaltam a paz e não-violência, com o intuito de melhorar a sociedade. 

Foi trabalhando como representante de uma empresa indiana na África do Sul por 20 anos, que teve contato com o preconceito racial e despertou sua consciência social, além de defender os direitos da minoria hindu. Na luta pela independência da Índia, foi preso várias vezes, usou o jejum como forma de protesto e desobediência civil. 

A data do seu nascimento foi aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas, como o Dia Internacional da Não Violência – o termo não-violência representa uma série de conceitos sobre moralidade, poder e conflitos que rejeitam completamente o uso da violência nos esforços para a conquista de objetivos sociais e políticos. 

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, defendeu que o mundo adote ações baseadas Gandhi: “Os princípios consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em 1948, o ano da morte de Gandhi, devem muito a suas crenças”. Também defendeu a promoção de uma cultura de paz, construída por meio do diálogo e do entendimento, respeitando e celebrando a rica diversidade da humanidade. “Neste dia, eu convoco todas as pessoas para combater as forças da intolerância, avançar a cidadania global e forjar a solidariedade humana com base na filosofia de Mahatma Gandhi da não violência”, disse. 

O pacifista apesar de ser indicado para receber o prêmio Nobel da Paz durante cinco vezes entre 1937 e 1948, nunca foi agraciado e décadas depois, o erro foi reconhecido pelo comitê organizador. A simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu, até hoje impressiona a todos e esperamos que continue conquistando discípulos(as).

Inspiração
Gandhi conquistou admiradores no cenário mundial e influenciou personalidades como Nelson Mandela, Martin Luther King e Albert Einstein, com suas frases marcantes e filosofia de vida: “A não-violência e a covardia não combinam. Posso imaginar um homem armado até os dentes que no fundo é um covarde. A posse de armas insinua um elemento de medo, se não mesmo de covardia. Mas a verdadeira não-violência é uma impossibilidade sem a posse de um destemor inflexível”; “Seja a mudança que você gostaria de ver no mundo”, dentre outras.

Fonte: Coluna Axé – 313ª edição – Jornal Tribuna Independente (07 a 13/10/2014) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica – cojira.al@gmail.com