sábado, 23 de fevereiro de 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Negros na política

Finalmente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou a iniciativa de adotar providências no sentido de garantir estatísticas sobre o número de negros na política brasileira. De acordo com reportagem da Agência Brasil, publicada em 20 de janeiro deste ano, o TSE informou que a sugestão de agregar ao sistema de registro de candidaturas a opção para o candidato declarar a sua cor foi encaminhada ao grupo de estatística, que está analisando a viabilidade e o formato da produção desses dados para as Eleições de 2014.
 
 
Atualmente, a autodeclaração de raça/cor, já incluída pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo e na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio não entra na ficha de registro das candidaturas, o que dificulta o levantamento dos dados, mas, segundo a assessoria de imprensa do tribunal, o grupo responsável pela avaliação das últimas eleições passou a considerar a inclusão do item raça/cor no processo eleitoral.

Para o coordenador do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Sociais (Laeser) do Instituto de Economia (IE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcelo Paixão, conhecer a atual situação dos negros na política é fundamental para aumentar a participação deles nas esferas decisórias do país. “É necessário mapear não apenas quem são os eleitos, mas quem não foi eleito, quem está disputando, desde o partido nanico até o partido grandão”, enfatizou. Paixão acredita que seria necessário cruzar a cor das pessoas com a sua condição econômica, para saber de que forma isso tem peso na possibilidade de eleger-se. Paixão é um dos organizadores do Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil, que fez um levantamento em 2007 sobre o número de negros no Congresso Nacional, com base no registro fotográfico.

Apesar da pretensão do tribunal, a inclusão do item raça/cor no registro das candidaturas pode enfrentar resistência. Segundo a reportagem, a assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Eliana Graça, diz que a entidade tentou implantar a medida por meio de articulação no Congresso Nacional, mas não obteve sucesso. A intenção era convencer os parlamentares de que a autodeclaração étnicorracial tinha que entrar na minirreforma política de 2009. No entanto, os parlamentares não aceitaram. Para a assessora, a negativa demonstra o preconceito existente no parlamento brasileiro.

Diante de fatos como este, esperamos do TSE firmeza na decisão de incluir o item raça/cor no registro de candidatos às eleições de 2014.


Fonte: Coluna Axé no jornal Tribuna Independente - 238ª edição – 19 a 25/02/2013.
Editora interina: Valdice Gomes

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Bastidores: Aniversário da minha vozinha

Momento especial e emocionante!

São 90 anos de experiência, muita história para contar, várias formas de provações ... que resultaram em uma mulher sábia, carinhosa, conselheira e de coração generoso.

Admiro muito a minha vó Josefa, ela é um exemplo para todos da família, amigos e vizinhança.

Foi uma festa simples e linda, e, valeu a pena participar da organização.

Obrigada grande força divina, por ter vivenciado esse momento e visto a felicidade da minha vó diante de tanto carinho.

:D

 



 














 

 














 
 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Minha vozinha... 90 anos!


Hoje (15.02) é o aniversário da Dona Joseja, minha vozinha, grande guerreira. Ela completa 90 anos, de muita sabedoria e amor, e é um presente diário para toda a família!!!
 

‎90 ANOS
Por: Helcias Pereira


Ela fez 90 anos!
Enfrentando lutas, com experiências fortíssimas.
90 anos seguidos de batalhas infindáveis.
90 Anos de resistência e esperanças protagonizadas.
De quem tem sangue quilombola,
Trazendo na lúcida mente a oralidade de seus ancestrais,
Ela viveu na casa grande do engenho,
Dormindo em esteiras quase ao relento,
Ouvido histórias da Avó reminiscente
lembrando dos seus que habitaram a Serra,
A Serra de Barriga como normalmente falam.
Ela viveu semi escrava fadada a própria sorte,
Não tinha medo da morte,
Nem do filho do senhor do engenho
Ela fugiu para a liberdade...
Trazendo consigo as infinitas dores,
Tanto físicas quanto morais,
Ela fugiu para a liberdade...
Para fomentar amor vital,
Sendo eternamente terna
Formosa e carinhosa
Vendendo com o bem todo mal.

ESSA GUERREIRA DE NOVENTA ANOS
CHAMA-SE JOSEFA MARIA PEREIRA
ANTES ERA DA CONCEIÇÃO
VEIO LÁ DE CORRENTES – PE
LUGAR QUE HABITOU O MOCAMBO DE OSENGA
NA ÉPOCA DO QUILOMBO DOS PALMARES.
MOROU NO BARRO BRANCO E DEPOIS TIMBÓ
PRÓXIMO A SERRA DA BARRIGA.

ESSA GUERREIRA DE UM CORAÇÃO GENEROSO
É A MINHA MÃE!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Bastidores: Cortejo afro - De volta à Angola Janga

No encerramento do 1º Seminário Estadual de Povos Tradicionais de Matrizes Africanas, teve na madrugada do dia 06 de feverero, a segunda edição da celebração denominada "De volta à Angola-Janga", na Serra da Barriga em União dos Palmares.
 
A atividade realizada pela Fundação Cultural Palmares e Secretaria Municipal de Cultura de União dos Palmares, contou com a presença de representantes da religião de matriz africana, estudantes, ativistas do movimento negro e curiosos. O cortejo também prestou uma homenagem a todos os guerreiros e guerreiras quilombolas que lutaram contra a opressão e a destruição do Quilombo dos Palmares.
 
Confira algumas imagens: