terça-feira, 19 de setembro de 2017

Alagoas: 200 anos

O Estado de Alagoas celebrou no último sábado, 16 de setembro, 200 anos de Emancipação Política, histórias e conquistas.

Constantemente lembrado pelas paisagens paradisíacas do litoral ao sertão; riqueza gastronômica; cidades tombadas e territórios reconhecidos como patrimônios mundiais a exemplo da Serra da Barriga onde se articulou o maior quilombo de resistência e luta por liberdade tendo como grande líder negro Zumbi dos Palmares.

Infelizmente, também, é muitas vezes hostilizado na grande mídia diante dos casos de corrupção e atuação dos representantes políticos; o analfabetismo; o caos nos serviços públicos e os índices alarmantes de violência, especialmente, contra a juventude. Porém, o grande potencial deste Estado encontra-se no seu próprio povo, que é trabalhador, alegre e acolhedor.

E não podemos esquecer da diversidade cultural, sendo detentor do maior número de manifestações folclóricas com vários folguedos e danças; além dos ícones nacionais na música, literatura, artes, esportes e nas áreas do conhecimento, como: Graciliano Ramos, Aurélio Buarque de Holanda, Lêdo Ivo, Théo Brandão, Djavan, Hermeto Pascoal, Nise da Silveira, Kaká Diegues, Linda Mascarenhas, Marta Vieira da Silva, entre outros.

Desejamos uma nova Alagoas, com mais oportunidades, economia forte e justiça social. Para isso, é necessário conhecer mais a nossa terra, valorizar as raízes e continuar lutando por políticas públicas! Axé!


Fonte: Coluna Axé – 459ª edição – Jornal Tribuna Independente (19 a 25/09/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Cabelos enrolados...

Meu cabelo enrolado, todos querem imitar, eles estão baratinados, também querem enrolar... A canção foi escrita por Macau na década de 1970, consagrada na voz da cantora Sandra de Sá é considerada um símbolo do orgulho negro e uma das mais conhecidas na música popular brasileira.

Já foi o tempo que os cabelos cacheados, crespos e ondulados eram considerados feios, sujos, bagunçados e outros inúmeros estereótipos negativos. Os conceitos se inverteram, virou tendência, e ampliou-se o interesse por esse tipo de beleza natural.

Atualmente, a busca por informações sobre os cabelos cacheados no Google ultrapassou a pesquisa por cabelos lisos. De acordo com o levantamento realizado pelo Google BrandLab, indica que a procura por dicas relacionadas aos cachos cresceu 232%; outro número animador são as buscas sobre transição capilar - procedimento em que a mulher retira a química dos cabelos com um grande corte para assumir seus cachos - subiu 55%, em dois anos.

Esse tipo de cabelo é volumoso, bastante frágil e assimétrico, porém, os/as especialistas de plantão afirmam que existem pelo menos dez versões para a estrutura dos fios: Tipo 2 - Cabelo ondulado: não é realmente cacheado, mas ondulações variam de leves a intensas e os fios nascem em "S"; 2A: é o cabelo levemente ondulado, fácil de mexer, inclusive de alisar ou enrolar; 2B: Nesse tipo de cabelo, as ondas se formam em todo o cabelo como se fossem uma letra S, é um poucos mais difícil de modelar; 2C: As ondas são bem definidas e apresentam mais volume; Tipo 3 – Cabelo Cacheado: cachos bem definidos; 3A: os cachos são grandes e abertos; 3B: Cachos menores e mais bem definidos, os fios são mais ásperos ao toque; 3C: O fio é mais grosso, praticamente crespo, e os cachos são bem apertados (têm a circunferência aproximada de um lápis), ressecados e armam com facilidade; Tipo 4 – Cabelo Crespo: os fios são mais rijos e ásperos e crescem paralelamente à raiz; 4A: O diâmetro desse cacho é próximo à uma agulha de crochê e retém melhor a umidade; 4B: tem características parecidas com o 4A, mas a mecha esticada é angulosa e fica em forma de "Z", e ainda, pode encolher em até 75% do tamanho natural; 4C: os fios parecem crescer para cima e ele também pode encolher em até 75% do tamanho natural. 

Para atender toda essa diversidade, as indústrias de cosméticos estão investindo em linhas específicas de shampoo, condicionador, cremes e óleos de hidratação, cremes de pentear para modelar os cachos, ampliar ou controlar o volume, reduz o frizz, proporcionar o efeito molhado, etc e tal. 

Nas redes sociais, são cada vez mais frequentes os grupos de amizade para pessoas que possuam esse tipo de cabelo ou simplesmente querem compartilhar receitas caseiras de tratamento, tutoriais de penteados, dicas no combate do ressecamento e informações sobre os maiores erros nos cuidados como pentear os cabelos quando estão secos danifica a estrutura dos fios e o fato de mantê-los presos o dia todo favorece a quebra.

O que pode parecer modismo ou futilidade, na verdade, transformou-se em sinônimo de pertencimento étnico, autoestima e empoderamento feminino.


Fonte: Coluna Axé – 458ª edição – Jornal Tribuna Independente (12 a 18/09/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Grito dos Excluíd@s 2017

No dia 7 de setembro, em contraponto ao Dia da Independência do Brasil, terá mais a 23ª edição do Grito dos/as Excluídos/as em Maceió. A concentração está marcada para às 9 horas, na Praça Sinimbu. 

A ação busca chamar a atenção da sociedade e do Poder Público sobre as injustiças e a exclusão social, sendo organizada por lideranças de vários movimentos sociais e as pastorais sociais da Igreja Católica.

Neste ano, os trabalhadores do campo e da cidade refletem sobre o tema “Vida em Primeiro Lugar” e o lema “Por direitos e democracia, a luta é todo dia”; a marcha ocorrerá na Avenida da Paz, perfazendo o mesmo trajeto do desfile militar, e retornará à Praça Sinimbu. A expectativa é que a atividade reúna de 1500 a 2 mil pessoas, agregando diversos movimentos que lutam contra as injustiças.

Com este chamado, os movimentos pretendem denunciar a exclusão provocada pelas reformas do governo Temer, a privatização do patrimônio nacional e a consolidação do golpe contra a classe trabalhadora. Em Alagoas, também denunciarão a privatização do Governo Renan e os assassinatos da população de rua, negra, pobre e periférica.

O Grito dos Excluídos/as surgiu no Brasil, em 1994, e se consolidou como um espaço sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. E o objetivo é valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor, construindo ações a fim de fortalecer e mobilizar pessoas para atuar nas lutas populares e denunciar as injustiças e os males causados por este modelo econômico liberal e excludente, ocupando ruas e praças por liberdade e direitos.


Fonte: Coluna Axé – 457ª edição – Jornal Tribuna Independente (05 a 11/09/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com