terça-feira, 10 de outubro de 2017

Mestrado sobre quilombolas

O Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) recebeu a visita do Prof. Dr. Edmundo Accioly, orientador do acadêmico Jonathan Silva, que buscou o apoio institucional para a tese de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (PROFNIT) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

O diretor-presidente do Órgão de Terras, Jaime Silva, e a Assessora Técnica dos Núcleos Quilombolas e Indígenas, Leone Silva, ouviram atentamente a proposta, e destacaram que todas as ações voltadas à autoestima e desenvolvimento socioeconômico são bem vindas. Também foram convocados para dar suporte nas informações: Edenilsa Lima Chagas, Gerente de Articulação Social do Gabinete Civil e Francis Hurst, supervisor de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas (Sedetur).

O objetivo é mapear as oportunidades de negócios através de produtos e serviços porventura existentes em comunidades remanescentes de quilombo do Estado de Alagoas; e também serão ministradas palestras sobre empreendedorismo afro para as lideranças quilombolas e juventude. 

De acordo com Jonathan Silva: “O grande diferencial deste trabalho é poder trazer a questão da inovação para dentro dos quilombos. Quando trabalhamos na perspectiva de indicações geográficas estamos trabalhando com conceitos de desenvolvimento sustentável, tecnologias sociais, além da propriedade intelectual. Eu vejo que as comunidades têm muito a ganhar, pois estaremos reconhecendo os produtos com notoriedade e tradição. Para o Iteral, permitirá que as ações sejam articuladas e mais planejadas. Se outros órgãos do Governo puderem estar presentes, darão maior proporção, e será algo muito rico para o Estado de Alagoas”, exaltou.

Dentre as propostas para a produção final, encontram-se: criação de um catálogo, publicação do documento técnico para novas pesquisas, identificação das comunidades aptas a participarem das feiras agrárias e a criação de um selo de reconhecimento quilombola. Atualmente, existem 69 comunidades certificadas no Estado de Alagoas e espalhadas em 36 municípios.

Esperamos que o conteúdo científico contribua para a mudança de realidades, de forma positiva, e traga mais valorização para esse povo tão sofrido. Axé!


Fonte: Coluna Axé – 462ª edição – Jornal Tribuna Independente (10 a 16/10/17) / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

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