domingo, 5 de junho de 2011

Quase acreditei


Vista da orla de Maceió/AL (foto: Helciane Angélica)

Quase acreditei
Que não era nada,
Ao me tratarem como nada.
Quase acreditei
Que não seria capaz,
Quando não me chamavam,
Por acharem que eu não era capaz.

Quase acreditei
Ser diferente entre tantos iguais,
Entre tantos capazes e sabidos,
Entre tantos que eram
Chamados e escolhidos.

E de quase acreditar adoeci;
Busquei ajuda com doutores,
Mestres, magos e querubins.
Procurei a cura em toda parte
E ela estava tão perto de mim.

Ensinaram-me a olhar
Para dentro de mim mesmo
E perceber que sou exatamente,
Como os iguais que me faziam diferente.
E acreditei profundamente em mim.

Foi assim que cresci: acreditando
Sou exatamente do tamanho de
Cada ser humano.
E por acreditar, perdi o medo de dizer,
De falar, participar e até de cometer
Enganos.

E se errar?
Paciência continuo vivendo, e por isso
Apredendo
Porque errar é humano!


Desconheço a autoria do texto.
Fonte: Gazeta de Alagoas / Caderno Digital / Página A10 / 11.05.11

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