quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Intolerância Religiosa

Por: Helciane Angélica

O dia 21 de janeiro, é a data utilizada como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. As ações de conscientização e denúncias acontecem em várias partes do país, inclusive, foi implantada a Campanha Nacional Contra a Intolerância Religiosa e de Combate ao Extermínio da Juventude, estar sendo encabeçada pela Rede Ecumênica da Juventude (REJU). 

Esse dia foi criado depois de um caso de intolerância religiosa que teve grande repercussão nacional: o caso da mãe de santo Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, que adoeceu e morreu após ter sua foto publicada em uma matéria no jornal Folha Universal, da Igreja Universal do Reino de Deus, com o título Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes". Os filhos e marido de Mãe Gilda entraram com ação na justiça, que condenou a Igreja Universal, em agosto de 2009, a pagar R$145,2 mil de indenização. 

Em Alagoas, o 02 de fevereiro é uma data de luta e reflexão para os adeptos das religiões de matrizes africanas e uma referência ao Quebra de Xangô de 1912, quando centenas de casas de axé foram destruídas e religiosos perseguidos. 

Também é comemorado o Dia Municipal e Estadual de Combate à Intolerância Religiosa. As situações preconceituosas são constantes e nos mais diversos locais, muitos religiosos são discriminados por causa dos seus trajes, acessórios, instrumentos, e muitas pessoas tem visão distorcida e discriminatória em relação à religião, associando à feitiçaria e bruxaria. No entanto, ela é representada pelos orixás que são as forças da natureza. 

O fato é que precisamos, cotidianamente, aprender a respeitar as diferenças, crenças, opiniões e principalmente as pessoas. Só assim, viveremos em harmonia. Axé!



Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (01/02/2011)

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